Edição de Sábado: O Pix no futuro do dinheiro

Há um lugar comum jornalístico sobre a cobertura de tecnologia na China: é a surpresa ao descobrir que, nas ruas, pedintes carregam códigos QR para esmolas. Aceitam dinheiro via transações digitais. Tem motivo para a curiosidade se repetir em tantas narrativas. É um atalho para mostrar como a China se digitalizou. Mas igualmente mexe com a imaginação: aponta para um futuro próximo em que o dinheiro se torna de vez digital, no qual cédulas e moedas desaparecem, substituídas por números numa tela. O Pix, novo sistema de pagamento que começa a funcionar em novembro, vai permitir estas transferências via código QR no Brasil. É inevitável que torne o país mais digital. A mexida na imaginação, porém, é na verdade uma ilusão. Porque o dinheiro físico já é exceção faz muito tempo.

Estima-se que circulam, no mundo, US$ 51,5 trilhões. Destes, apenas US$ 4,3 tri existem em notas ou moedas. Ou: 8,3%. E a tendência histórica é de que este percentual diminua cada vez mais. O dinheiro físico limita muitas possibilidades. Dá trabalho carregar grandes volumes, é inseguro e por isso torna lentas quaisquer transações. Para não dizer que facilita corrupção. O que o dinheiro físico ainda tem é credibilidade.

Dinheiro, o conceito dinheiro, serve a três propósitos. É a unidade usada na contabilidade. É meio de pagamento. E a forma de armazenar valor.

Entre numa loja — os preços estão dados em reais. Portanto, na planilha em que vê representados todos os produtos que tem à venda, o lojista usa esta unidade. O real. Daí que o cliente, ao abrir a carteira para sacar umas notas, saberá quantas são necessárias para adquirir aquele algo físico. O valor contábil da coisa pode ser substituído pelo equivalente em cédulas. Pagamento. Quando o lojista joga na gaveta da registradora o dinheiro que recebeu, completa o ciclo. Dinheiro é guardável e lá na frente será novamente trocado por outro produto.

Mas já utilizamos, e faz tempo, outras formas de dinheiro que são úteis à economia, pois geram crescimento, embora não tenhamos o hábito de pensar nelas como dinheiro. Milhas aéreas é um exemplo. Aquele número de milhagem que vai crescendo conforme usamos o cartão de crédito ou compramos passagens não é uma unidade contábil. Ninguém faz controle de estoque com valor correspondente em milhas. Mas alguns produtos podem ser adquiridos em troca. Assim como milhas representam um valor que podemos armazenar — ao menos por um tempo. Quando o primeiro programa de milhagem surgiu, na virada dos anos 1970 para os 80, era uma novidade. A digitalização da economia, porém, permite que estes dinheiros alternativos se proliferem. Da farmácia ao supermercado, cada vez mais negócios oferecem sistemas de pontos que geram fidelidade, fazem circular capital, e movimentam a economia.

O que as grandes companhias aéreas tinham no final dos anos 1970, e que lhes permitiu criar este sistema monetário paralelo, eram grandes computadores. Hoje, o café da esquina pode criar sua moeda para atrair clientes. Pois o que o digital traz para o dinheiro é isso. Novas possibilidades. Mas, para que funcione, é preciso pular três obstáculos.

O primeiro é desmaterializar a moeda. A percepção geral é de que este é o processo mais lento. Na verdade, é o mais simples, o mais avançado, já praticamente aconteceu e estamos assistindo aos últimos suspiros do dinheiro vivo. Nas lojas dos EUA, por exemplo, apenas 2% das transações envolvem cédulas ou moedas.

O segundo obstáculo é o da eficiência nas transações, que é o passo ao qual o mundo está mais dedicado, neste momento. Fazer com que o dinheiro digital troque de mãos precisa ser mais barato, mais rápido, mais prático. Curiosamente, para que seja factível, dois movimentos simultâneos e de alguma forma antagônicos são necessários: centralizar e descentralizar. Os grandes sistemas de compensação, em geral coordenados por Bancos Centrais, precisam de melhor tecnologia. O Pix brasileiro é exatamente isso. A interligação centralizada entre bancos e outras instituições financeiras ficou melhor. É um problema de software. Haver um Banco Central ajuda. Ao mesmo tempo, os vários PayPals e PagSeguros que surgem eliminam intermediários e descentralizam as facilidades de transferência.

Com muita frequência, quando pensamos em dinheiro digital, é a este aspecto que nossa imaginação leva. A facilidade de mover moeda. Os pedintes chineses com seus códigos QR usam um de dois sistemas — ou o Alipay ou o WeChat Wallet. São intermediários privados como PayPal, PagSeguro, PicPay ou Mercado Pago. Todos exemplos de empresas de tecnologia. Não de bancos.

Com muita frequência, o Pix vem sendo descrito como um substituto de TEDs e DOCs. Uma forma mais barata e mais rápida de fazer transferências entre contas. Mas se o Pix colar, e tem tudo para funcionar, vai oferecer a mesma funcionalidade de pagamentos por um código QR. Muitos falam de perdas que o setor financeiro terá com o Pix — bilhões em tarifas que deixarão de ser cobradas. Mas, na verdade, ele é um grande negócio para os bancos.

Quem quiser usar o Pix terá de criar uma chave. É o número do telefone, o CPF ou CNPJ, o email, ou mesmo um código aleatório. Esta chave será atrelada a uma conta corrente em banco. E é esta chave que precisará ser ditada para indicar de onde sai e para onde vai uma transferência.

Por conta do auxílio emergencial distribuído durante a pandemia, estima-se que algo como 30 milhões de brasileiros abriram contas correntes em 2020.

Então, em dando certo, uma das consequências do Pix será a do fortalecimento dos bancos brasileiros em relação às empresas de tecnologia. No fim das contas, este é um jogo que ganha quem controla o movimentar do dinheiro. Diferentemente do que ocorreu na China, a tendência no Brasil é de que o setor bancário controle este futuro.

Mas que futuro é este? Quando se mira mais longe, o obstáculo mais importante e complexo para o dinheiro digital é um terceiro. Porque, bem ou mal, milhagens são ‘moeda’ mas estão atreladas a moedas controladas por Estados nacionais. Estes novos sistemas para transações mais eficientes também fazem circular moedas como o real, o dólar, o yuan, o peso ou o euro.

Há muitos motivos que nos levam a confiar nestas moedas. Estão ancoradas em países que têm economias reais que podemos mensurar. Sabemos o número de pessoas empregadas, quanto valem suas empresas, que infraestrutura construíram, os índices de inflação e crescimento do PIB. São de certa forma garantias de que, se batermos à porta de alguém no Brasil, uma nota de cem reais valerá algo. E este é um jogo com regras. Há um Banco Central que define como estas moedas flutuam.

Mas moedas assim, ancoradas em Estados nacionais, têm também desvantagens. Não são globais. E o digital nos empurra para economias globais. O Facebook tem planos de lançar uma criptomoeda — a Libra. (Se escreve Libra mesmo em inglês.) Bitcoin, Ethereum e outras também já circulam no ambiente da internet. São tentativas de criar estas moedas sem Banco Central ou Estado por trás.

Hoje, servem a especulação. Seu valor flutua barbaramente. Mas conforme o dinheiro físico desaparece e a infraestrutura de transações se digitaliza, o passo seguinte será ver estas novas moedas talvez até substituindo as tradicionais.

Ninguém arrisca um prazo.

Por Pedro Doria

Alguns números do dinheiro digital brasileiro

O PayPal é, junto com o cartão de crédito à vista, citado por 43% dos brasileiros como método favorito de pagamentos online. Um estudo realizado pela Capterra descobriu, em julho, que houve no país um aumento de 32% no volume de pagamentos smartphones ou relógios inteligentes pelo modo sem contato. Em setembro, quase 20% dos brasileiros já dizia ter códigos QR como uma de suas formas preferidas de pagamento.

Por Pedro Doria

Diversidade no Nobel

A semana foi agitada para as mulheres no Nobel. Diferente do ano passado, quando todos os prêmios da área de ciência foram dados a homens, este ano elas se destacaram: Jennifer Doudna e Emmanuelle Charpentier se tornaram a primeira equipe completamente feminina a ganhar o Nobel de Química por seu trabalho em edição de genes. O Nobel de Física ficou para a astrônoma Andrea Ghez. E a poeta Louise Glück levou o de Literatura.

Mas a igualdade de gênero está longe de ser alcançada entre os premiados. Nos seus 119 anos, as mulheres só foram premiadas 57 vezes, o que representa apenas 5%. E nenhum dos 622 laureados em ciências é negro. Até agora, quatro mulheres ganharam em Física, sete em Química, 12 em Medicina, 15 em Literatura, 17 ganharam o Prêmio Nobel da Paz e duas o de Economia. Apenas uma mulher, Marie Curie, foi homenageada duas vezes, com o Prêmio Nobel de Física de 1903 e o Prêmio Nobel de Química de 1911.

Fora as injustiças. As pesquisas da química Rosalind Franklin, por exemplo, foram cruciais para a descoberta da estrutura da dupla hélice do DNA. Mas ela nem sequer assinou o artigo e ficou de fora quando, em 1962, James Watson e Francis Crick levaram o prêmio.

Essa falta de diversidade se associa com os comitês responsáveis pela seleção dos vencedores. As mulheres representam apenas um quarto dos membros. E com exceção do comitê para o prêmio de Paz, todos são liderados por homens neste ano. O problema não tem passado desapercebido: a Real Academia Sueca de Ciências e a Assembleia do Nobel no Instituto Karolinska, responsáveis pela seleção dos ganhadores do Nobel de Química, Física e de Medicina, pediram, em 2019, aos nomeadores que considerassem a diversidade de gênero, geografia e tópico. Mas os ganhadores continuam concentrados em grupos específicos: cientistas que trabalham em instituições de elite de pesquisa, que são bons em autopromoção e reconhecidos entre seus pares. E, claro que, eles tendem a ser homens, brancos e mais velhos.

Os EUA, que concentram a lista de ganhadores, exemplificam bem esse problema. As minorias, que são 30% da população americana, só representam 14% dos alunos de mestrado e apenas 6% de todos os candidatos a PhD. O cenário global não é diferente: apenas 35% dos estudantes matriculados no ensino superior em carreiras nas áreas de STEM (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) são mulheres.

O Brasil, no entanto, se destaca positivamente. 44% dos artigos científicos brasileiros são assinados por mulheres, segundo a revista Pesquisa Fapesp. Só perde para Portugal (48,32%), e para Argentina, única nação que tem mais mulheres cientistas assinando artigos do que homens (51%). Em doutorado, elas são maioria por aqui — um índice similar a países desenvolvidos. Mas, como no restante do mundo, sua participação varia por área. São 60% em ciências da vida e da saúde, por exemplo, enquanto em matemática e ciências da computação representam menos de 25%.

O problema é que elas não conseguem avançar no meio acadêmico e científico. No Brasil, representam só 24% daqueles que ganham bolsa do governo. E são apenas 14% da Academia Brasileira de Ciências. A pesquisa científica pode exigir anos de dedicação. O que para as mulheres se torna mais difícil, já que ainda são normalmente responsáveis pelos cuidados familiares e domésticos. Várias pesquisas já provaram que o corpo docente feminino de universidades luta para equilibrar trabalho e família, e muitas vezes o resultado é o abandono da academia. A pandemia complicou ainda mais esse cenário. Trabalhando de casa, as mulheres têm produzido menos pesquisas e artigos, em comparação aos homens. Isso pode atrasar o avanço delas na academia e, consequentemente, alargar ainda mais a disparidade de gênero.

Outros fatores também contribuem para esse desequilíbrio histórico. Trabalhar em locais dominados por homens pode fazer as mulheres se sentirem isoladas, dificultar o networking e sua confiança, por exemplo. Os homens citam seus próprios estudos 56% mais do que as mulheres. Elas ainda estão mal representadas nas editorias de revistas acadêmicas e revisoras de seus pares. E pesquisas de autoria individual feminina levam o dobro do tempo para passar pela revisão.

Mas a conquista de espaço das mulheres na sociedade no últimos anos, tem gerado resultados. Mesmo que lentamente. Desde 2001, 24 ganharam o Nobel. Nas duas décadas anteriores foram apenas 11.

As 56 mulheres que ganharam o Nobel desde 1901.

E cientistas brasileiras que têm pesquisado sobre temas incluindo Covid-19, câncer e formação de estrelas.

Por Érica Carnevalli

As cenas que contam a história dos filmes animados

Curadoria é uma arte. E na maioria das vezes trabalhosa e criteriosa. A turma da Vulture encarou o desafio de selecionar as 100 cenas mais influentes da história dos filmes animados. Como estruturar um projeto como esse? Os editores contam que decidiram escolher sequências, pois em geral são aqueles curtos momentos inspirados que fazem o formato daquele meio progredir. Pra selecionar a lista, foram meses de discussão com um painel composto por animadores, historiadores e outros especialistas que partiram da análise de 600 cenas diferentes. A lista conta a história de como inovações culturais e novos processos foram transformando a animação através das décadas. É uma daquelas páginas com um longo scroll, em que você vai rolando o dedo e acompanhando a história. De vez em quando, dá um play e assiste uma cena. Merece ser curtida com calma. Mas também se presta a uma passada rápida de olho.

A lista começa em 1892, três anos antes dos irmãos Lumiere, com uma das animações que o inventor francês Charles-Émile Reynaud apresentava em seu Théâtre Optique, no Museu Grévin, em Paris. A história do Pobre Pierrot, com sua Colombina e o Arlequim, um curta de cinco minutos. (YouTube). A virada para o século 20 trouxe uma injeção de modernidade graças ao trabalho experimental do mágico e cineasta francês George Méliès, que inovou no uso de efeitos especiais para promover suas ilusões. Méliès é reconhecido, entre outras coisas, por ter usado pela primeira vez uma dupla exposição em filmes. Depois, em 1914, aparece um dinossauro. Gertie, uma simpática brontossaura, que estranhamente engole pedras e árvores inteiras. (YouTube). O Gato Felix chega na década de 20, indo para Hollywood, encontra Charles Chaplin, e termina ganhando um contrato para trabalhar com Cecil B. DeMille. Também na década de 20 está uma cena das Aventuras do Príncipe Ahmed, o mais antigo longa metragem de animação que ainda existe completo.

Walt Disney chegou na cena em 1928, com seu clássico Steamboat Willie, que apresentou Mickey para o mundo. (YouTube). Os anos seguintes são recheadas com suas criações: Em 1933, Os Três Porquinhos. Em 1935 Mickey apareceu colorido pela primeira vez, acompanhado do Pato Donald, Pateta, Clarabela e Horácio. Em 1937, com o realismo do Velho Moinho e com seu primeiro longa de animação, Branca de Neve e os Sete Anões. Cuja cena escolhida é aquela em que Branca de Neve canta, os anões e todos os animais da floresta assistem com admiração. Mostra todos os elementos que vieram a definir o que é um filme da Disney. Mas foi também na década de 30 que Betty Boop apareceu pela primeira veze em que Poppeye ganhou sua versão colorida. A década de 40 começa de novo dominada pela Disney: Pinóquio e Gepeto em uma jangada no mar revolto mostra bem a evolução da técnica dos animadores. Fantasia e sua cena final apoteótica. E a trágica morte da mãe de Bambi. Aí aparecem o Super Homem, Tom e Jerry, e o Pernalonga.

A primeira animação japonesa pinçada é de 1952. Kujira, de Noburo Ofuji, que foi a primeira animação asiática a ser exibida no Festival de Cannes. Mas quem domina a década são os desenhos da Warner Bros. Quem não se lembra de Patolino vestido de mosqueteiro ou Pernalonga e o seu bordão – ‘O que é que há, velhinho?’ Nos anos 60 Hanna Barbera marca presença usando a técnica de animar apenas os pés de Fred Flinstone enquanto ele movia o carro e repetiam fundos de cenário. Criaram um processo que reduzia em muito o trabalho de produzir novas histórias. Em 1969 um dos clássicos do circuito de filmes trash, o curtíssimo Bambi vs Godzilla (YouTube).

A década de 70 trás a contra-cultura para a animação, com Ralph Bakshi levando Fritz the Cat de Robert Crumb para as telas. Um gato que participava de orgias, usava drogas e acabou rendendo ao filme o selo de X-Rated. Mas que abriu as portas para um desenho como South Park poder existir anos depois. É também uma década de forte presença de animações japonesas na lista, entre elas Space Battleship Yamato, que aqui no Brasil passou com o nome de Patrulha Estelar, com suas naves espaciais inspiradas em navios de guerra. Hanna Barbera continuava imbatível e seu grande sucesso eram os Super Amigos. Pois é... Franquias de super-herói sempre venderam bem. Em 1984, a banda norueguesa A-Ha lançou o single Take on Me sem grande repercussão. Resolveram então criar um clipe animado para a música. (YouTube). Foi um sucesso tão grande que fez com que a MTV criasse um bloco inteiro dedicado à animação em sua grade. Liquid Television foi onde surgiram animações como Æon Flux e Beavis e Butthead. O Studio Ghibli aparece em 1988 com a clássica cena em que as duas meninas esperam o ônibus na chuva, junto de seu amigo Totoro. (Netflix). Do mesmo ano, Roger Rabbit e outro clássico da animação japonesa: Akira (Netflix), representado pela cena de perseguição de motos. Em 1989 surge o famoso sofá dos Simpsons. Em 1992 Tim Burton com a música do Halloween em seu Estranho Mundo de Jack.

Em 1995 a Pixar lançou Toy Story, que não podia faltar em uma lista como essa. Mas a animação 3D não era mais só do domínio de grandes estúdios. Em 1996 uma animação de um bebê dançando, feita com 3D Studio, se transformou em um dos primeiros memes da Internet (YouTube). Em 1997, o desenho Pokémon se tornou conhecido no mundo inteiro por conta de uma cena que causou uma onda de convulsões em crianças. Foi em 1998 que Space Ghost se tornou entrevistador de um talk show e 1999 terminou com o primeiro longa metragem de South Park. A lista segue: Shrek, Chihiro, Adventure Time e até mesmo o Spiderverso.

Dá para passar um bom tempo explorando as escolhas dos editores.

Por Vitor Conceição

E para fechar, as mais clicadas desta semana:

1. Microsoft: Cursos gratuitos do LinkedIn Learning em português.

2. Vox: As fotos de Trump trabalhando no hospital foram encenadas.

3. Ibope: Pesquisas das eleições para prefeito de diversas capitais.

4. Peanuts: A primeira aparição de Snoopy.

5. Youtube: Meio em Vídeo – Brasil, República das Bananas.

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‘Mapa de apoios está desfavorável ao Irã e sua visão de futuro’, diz Abbas Milani

17/04/24 • 11:00

O professor Abbas Milani nasceu no Irã. Foi preso pelo regime do xá Reza Pahlavi. Depois, perseguido pelo regime islâmico do aiatolá Khomeini. Buscou abrigo nos Estados Unidos na década de 1980, de onde nunca deixou de lutar por uma democracia em seu país de origem. Chegou a prestar consultoria a George W. Bush e Barack Obama, numa louvável disposição de colaboração bipartidária. Seu conselho sempre foi o mesmo: o Irã deve se reencontrar com um regime democrático, secular, por sua própria conta. Sem interferências externas.

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