Edição de Sábado: O mundo após Trump

Ontem à tarde, logo que o democrata Joe Biden ultrapassou o presidente Donald Trump na contagem dos votos na Pensilvânia, o cientista político Francis Fukuyama foi ao Twitter — “Ding, dong, the witch is dead”, escreveu brincando. É o refrão da música pela qual o povo munchkin celebra, logo no início do Mágico de Oz, a morte da velha Bruxa do Leste, esmagada pela casa da menina Dorothy. Professor no Centro de Democracia e Desenvolvimento da Universidade de Stanford, no Vale do Silício, Fukuyama se tornou célebre ao lançar, em 1992, O Fim da História e o Último Homem. No livro, ele desenvolvia a tese de que com a vitória dos regimes democráticos sobre os comunistas, marcada pela queda da União Soviética, a tendência do mundo seria de lentamente ir migrando para a democracia liberal. De alguma forma, os dez a quinze anos seguintes fizeram parecer que ele poderia ter razão. Mas — e ele sabe disso — estava sendo excessivamente otimista.

Não é só que a última década foi marcada por uma onda de populismo autoritário. Esta onda chegou até o país de Fukuyama, os Estados Unidos, com Donald Trump. A bruxa cuja derrocada o professor celebrava, ontem. As curvas de tendência dos votos contados já deixam claro que Trump não será reeleito. O ex-vice-presidente Joe Biden ganhará a eleição, noves fora um milagre ainda teoricamente possível nas estreitas margens de erro dos estatísticos. Esta Edição de Sábado do Meio será um pouco diferente. Menos um texto corrido e mais trechos pinçados de artigos de gente que estuda democracia e está refletindo sobre este momento novo, de agora. E o primeiro é de Francis Fukuyama — que mantem, no que escreve, o otimismo habitual.

Quando Trump e outros conservadores de hoje se queixam da quebra da lei, se referem a protestos e manifestações violentas. Ninguém deveria tolerar manifestações violentas, mas o sentido mais profundo de um Regime de Leis não é que as pessoas comuns devem obedecê-las. Num Regime de Leis, o próprio rei deve estar submetido à lei. Isto é algo que Donald Trump nunca entendeu. Ele promoveu uma campanha visceral contra toda instituição ou indivíduo que buscou sugerir que a lei se aplicava a ele: a comunidade de inteligência americana, o FBI, o procurador-geral, juízes e tribunais, a grande imprensa. Como um líder mafioso, impôs um código de omertà aos senadores republicanos durante o processo de impeachment. Tem feito de tudo para diminuir a confiança dos americanos na legitimidade das eleições.

Liderança é mais do que criação de políticas e tomada de decisões. Também aparece no tom moral que os líderes trazem para a sociedade. É por isto que conservadores costumavam argumentar que o caráter do presidente importa. Mas é difícil imaginar um indivíduo com menos caráter do que Donald Trump. É um mentiroso habitual que mente sobre temas grandes e de pouca importância. Sua tendência a promover teorias conspiratórias só piorou. Ele vê tudo pela lente de seus interesses pessoais e é vingativo. E tem percebido seu interesse como dependente de um acirramento da divisão partidária que está enfraquecendo os Estados Unidos.

A polarização não terminará com uma vitória Biden e as grandes divisões que existem entre o lado moderado e o progressista do Partido Democrata vão se mostrar. Mas se houver controle Democrata da presidência e do Congresso isto não só permitirá reverter as políticas de Trump como possibilitará reformas mais profundas de nossas instituições. Há uma agenda pela democracia que precisa ser encarada. Pode haver um ganho em tudo de horrível que está ocorrendo em 2020. A Covid expôs claramente os fracassos de líderes na Bielorrússia, no Brasil, no México. Principalmente nos Estados Unidos. Pode ser que a pandemia quebre a febre populista e estimule um novo tempo aqui e no exterior.”

Leia a íntegra, em inglês.

O sociólogo Sérgio Abranches é um dos principais cientistas políticos brasileiros — ou politólogos, como costuma preferir. Esta semana, em seu site, se dedicou a escrever a respeito da eleição americana.

“Este resultado é importante porque demonstra, inequivocamente, a incidentalidade de governantes como Donald Trump. Ele entrou numa eleição atípica, em 2016, e sai numa eleição atípica em 2020. Como eu disse ser a trajetória provável dos governantes incidentais em meu livro (O Tempo dos Governantes Incidentais, Companhia das Letras, 2020). Quando este tipo de governante obtém o segundo mandato, é muito perigoso, porque escala o ataque às instituições democráticas por dentro. Eleição atípica, no segundo caso, por duas razões. A primeira, a campanha desigual, com Biden respeitando as regras de segurança na pandemia, mesmo com prejuízo de sua presença em colégios eleitorais relevantes e da reunião de eleitores no seu entorno. Trump, ao contrário, manteve comícios em desprezo a qualquer protocolo de segurança sanitária e, nos últimos três dias, fez um rali de comícios, chegando a ir a dez estados por dia. E perdeu. A segunda, a quantidade inédita de votos antecipados. Estes votos foram esmagadoramente por Biden, porque ele e seus correligionários convocaram os eleitores a votar desta maneira, o voto era importante e a necessidade de votar de forma segura, sem aglomerações ou filas, também. Foi a vitória da responsabilidade contra a insensatez.

Politicamente, a eleição de Biden foi apoiada por uma ampla coalizão antiTrump e pela democracia, que uniu o centro e a centro-direita do partido à sua esquerda, buscou os independentes e atraiu personalidades republicanas. Uma ampla coalizão que alcançava também os representantes e os movimentos sociais das minorias. Esta amplitude e diversidade teve como representante Kamala Harris.

No plano geopolítico, a vitória de Biden/Harris, tem várias implicações importantes. É uma mensagem dizendo que os governantes incidentais, por mais poderosos que pareçam, podem ser derrotados. É, também, uma convocação para a luta contra a intolerância contra minorias étnicas, imigrantes e todas as demais minorias. Deve demarcar o início do processo de reconstrução do multilateralismo, em maior sintonia com os desafios existenciais desafiando a governança global, como a mudança climática, os refugiados, os imigrantes, a crise global e a vertiginosa transição estrutural e tecnológica.”

Leia a íntegra. Leia, também, o outro artigo de Sérgio sobre o pleito americano — Uma sociedade em impasse social.

Colega de Fukuyama em Stanford, Larry Diamond é conhecido como talvez um dos maiores especialistas em regimes democráticos no mundo. E é com uma ótica global que ele observa os reflexos da eleição americana.

“O ano passado foi o primeiro desde o fim da Guerra Fria em que a maioria dos países com mais de um milhão de habitantes não eram democracias. Esta proporção vem diminuindo desde o início da recessão democrática, em 2006. Os últimos cinco anos foram os primeiros, desde princípios da década de 1970, em que mais países passaram por rompimentos democráticos do que fizeram transições democráticas. Esta recessão começou nos últimos anos do governo George W. Bush, como reação à desastrosa intervenção americana no Iraque e subsequente crise financeira global que nasceu nos EUA.

A década anterior ao choque eleitoral americano de 2016 foi marcada por uma aceleração de mudanças sociais e econômicas que desestabilizaram democracias e tornaram o mundo fértil para demagogos e ditadores. Desigualdade, principalmente em economias desenvolvidas, piorou como resultado de uma mudança da principal origem de riqueza, que deixou a indústria manufatureira e se transferiu para a financeira, a tecnológica e a do conhecimento; o incremento da globalização, que levou para terras estrangeiras a manufatura, ergueu também paraísos fiscais e uma pressão maior para diminuir salários e impostos; a revolução neoliberal, com sua ojeriza a regulação governamental e políticas redistributivas; e (relacionada a todas as anteriores), a decadência generalizada de sindicatos. Ao mesmo tempo, como resultado da imigração, as sociedades com indústrias desenvolvidas se tornaram mais diversas etnicamente, assim como o surgimento das mídias sociais ofereceu novos canais para veicular preconceitos, rumores, ressentimento e ódio. Aí veio a primeira autocracia pós-moderna — a Rússia de Putin —, hábil em manipular ressentimento por canais digitais, seguida da primeira autocracia que alcançou status de superpoder — a China de Xi Jinping —, que mantém crescimento econômico alto numa ditadura comunista.

Em seus quatro anos no poder, Donald J. Trump se tornou tanto símbolo quanto acelerador deste deslizar para o autoritarismo. Demonstrou claro desprezo pelos aliados democráticos na Europa e Ásia e evidente admiração por ditadores — de Vladimir Putin aa Recep Erdogan da Turquia a, pior dos piores, Kim Jong-Un, da Coreia do Norte. Se tornou amigo e modelo para populistas em todo o mundo. Não é de surpreender que — da Polônia e do Brasil à Índia e às Filipinas — demagogos iliberais estão surgindo em países que pareciam democracias estáveis há poucos anos.

Eleito, Biden enfrentará desafios formidáveis para reverter a onda autoritária para renovar a ampliação democrática. Afinal, a recessão precede Trump e tem causas múltiplas. Defender democracia, transparência e direitos humanos ajuda, mas símbolos e reuniões de cúpula não bastam. Reverter o processo exigirá um compromisso de apoio a democratas, pressão a autocratas, combate à cleptocracia, enfrentamento da projeção de poder de regimes autoritários (principalmente Rússia e China), promoção de valores e ideias democráticos. Precisamos lembrar que a democracia não é conquistada por forças históricas abstratas mas sim por democratas — pessoas e organizações que se mobilizam, traçam estratégias, advogam, correm riscos.”

Leia a íntegra, em inglês.

Professora na Universidade da Carolina do Norte e de origem turca, a professora Zeynep Tufekci vem se especializando no encontro entre tecnologia digital e sociedade. E, na sua Turquia natal, viu o surgimento de um dos primeiros populistas autoritários. Ela acha que os EUA não estão longe do risco de perda democrática. Pelo contrário — Tufekci vê, no futuro próximo, a possibilidade de que possa piorar.

“Trump concorreu à presidência como populista mas não teve o talento político ou a competência para governar de forma eficaz como um. A maioria dos populistas, globalmente, constroem redes fisiológicas: gastos estatais para ampliar o número de apoiadores. O modelo de Trump se manteve no do suborno pessoal: encorajou quem queria se aproximar a que ficasse em seus hotéis em troca de acesso, ao invés de criar uma rede mais ampla que se tornaria leal a ele por anos. Erdogan está no poder desde 2003 e é um dos mais talentosos políticos da história turca. Foi capaz de navegar por múltiplos desafios. Na Rússia, Putin venceu várias eleições, subvertendo limite de mandatos. Na Índia, Modi foi reeleito. No Brasil, Bolsonaro se atrapalhou na resposta à pandemia mas está oferecendo aos mais pobres um auxílio emergencial que aumentou sua popularidade.

Desconfio que o comando republicano se interessa pela derrota de Trump. É de chamar a atenção a rapidez com que a FoxNews atribuiu a Biden uma vitória no estado do Arizona, assim como impressiona o número de republicanos que condenaram os tuítes do presidente, pedindo que se parasse de contar votos. Eles sabem que Trump acabou. O que têm a perder? Os republicanos têm a Suprema Corte ao seu lado e possivelmente manterão controle do Senado. E, para seu projeto de longo prazo, ampliaram sua base eleitoral e a diversidade de sua coalizão, com mais mulheres candidatas e mais apoio de eleitores não-brancos.

A situação é perfeita para um político talentoso que concorra como um trumpista em 2024. Uma pessoa sem os dedos ligeiros no Twitter e a ganância com a rede de hotéis, alguém com disposição para governar ao invés de jogar golfe. Alguém que não irrite a todos que não estão em sua base. Alguém que envie mensagens de condolências quando senadores morrem, ao invés de provocar raiva nos eleitores de um estado como Trump fez com os do Arizona após a morte de John McCain. Um homem-forte que quebre normas mas consiga construir uma maioria durável e mantenha a coalizão intacta para vencer muitas eleições.

Que ninguém se engane: uma tentativa de construir o trumpismo sem Trump, com um político talentoso, calculista, refinado e inteligente virá. E não será fácil fazer do próximo trumpista um presidente de um mandato só.”

Leia a íntegra, em inglês.

20 anos da ISS e a comercialização do espaço

Fez 20 anos que há humanos vivendo no espaço. Foi em 31 de outubro de 2000 que a primeira tripulação chegou à Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês). E desde lá mais de 240 tripulantes e visitantes de 19 países visitaram a estação. Incluindo o único brasileiro, o atual ministro Marcos Pontes.

A ISS ainda é um dos maiores experimentos científicos já realizados no espaço e a maior estrutura já construída fora do planeta, com 109 metros de largura (quase um campo de futebol) e cerca de 453 toneladas. Na época, representou o fim da corrida espacial e uma aliança entre a Rússia e os EUA. Já o seu futuro, promete alavancar uma outra corrida espacial: a comercialização do espaço.

Há anos a NASA conta com ajuda de empresas pra desenvolver e operar equipamentos pra fins científicos. Mas o foco dessas parcerias tem mudado. Ano passado, a agência espacial americana declarou a ISS aberta pra negócios. E começou a dar resultados: a empresa de cosméticos Estée Lauder assinou um acordo pra fotografar uma campanha na estação. Em 2021, o ator Tom Cruise deve filmar um filme por lá. E o reality show Space Hero anunciou que o prêmio do vencedor será uma viagem espacial em 2023.

A empresa Axiom Space é que está por trás de grande parte dessas novidades. Ela foi selecionada pela NASA pra desenvolver o primeiro módulo comercial a ser acoplado à estação em 2024. De fora seria semelhante a qualquer outro, mas por dentro teria a “maior janela pra observação já construída pro espaço”. Várias empresas já se interessaram e já estão desenvolvendo espaçonaves pra essa nova frente, como a SpaceX e a Virgin Galactic. A ideia da Axiom, no entanto, não só é pra fins turísticos. O novo módulo também seria mais automatizado e permitiria realizar experimentos e pesquisas mais perigosas, que não seriam possíveis com astronautas.

A mudança pra essa estratégia é simples: o custo. A NASA paga a maior parte dos US$ 4 bilhões necessários por ano pra manter a estação. Ano passado, gastou US$ 23 milhões só pra desenvolver e substituir uma privada quebrada. Fora todo o custo na preparação dos astronautas. A ideia é que, daqui a cinco anos, empresas privadas assumam e administrem comercialmente, enquanto a agência fica com missões mais relevantes, como a Artemis — pra levar um homem, e também uma mulher, de volta à Lua — e até uma viagem pra Marte.

Ainda não dá pra saber se a parceria com empresas cobrirá os custos atuais. Mas sem esse apoio, a alternativa seria desativar e destruir a ISS. Com a preocupação ainda de que não terá uma sucessora a tempo. Os voos até a estação vão continuar pelo menos até 2024 e seu sistema está preparado pra funcionar de forma segura até 2028. A decisão terá que ser tomada em conjunto com todos os países responsáveis pela ISS, que além dos EUA e Rússia, também conta com o Canadá, Japão e membros da Agência Espacial Europeia. Mas para muitos cientistas isso significaria uma perda. No início, o foco da estação foi a sua própria construção. A cada viagem, astronautas desenvolviam novos módulos até chegar aos 16 atuais. Quando terminou, em 2011, o foco ficou na ciência: mais de três mil pesquisas já foram feitas por lá. Desde descobertas importantes pra continuar avançando na exploração espacial, como cultivo de comida e água em órbita e os efeitos do espaço nos astronautas, até avanços na medicina. Os efeitos da microgravidade no corpo humano, por exemplo, também permitiram estudar doenças como Alzheimer, Parkinson, asma, câncer e problemas cardíacos.

Por dentro da ISS. Em fotos.

O módulo sendo desenvolvido pela Axiom pra turistas.

E um serviço da NASA que avisa quando a ISS pode ser vista a olha nu de onde você está.

Por Érica Carnevalli

A mulher que construía os pianos de Beethoven

Nas margens de um rascunho da Sonata número 29 de Beethoven aparece uma anotação feita pelo editor britânico Vincent Novello, registrando que aquele documento havia sido entregue a ele pela Sra. Streicher, uma das amigas mais antigas e próximas do compositor. Além de amiga, Nannette Streicher foi também uma das mais talentosas fabricantes de piano da Europa. Era dona de sua própria empresa, onde empregava seu marido, Andreas Streicher, que lá cuidava de vendas, contabilidade e outras burocracias. Andreas foi por muitos anos identificado por estudiosos de Beethoven como o fabricante dos instrumentos. Provavelmente por acharem inconcebível que uma mulher do século 18 pudesse construir um piano. Essa é a história que o New York Times tenta retificar, como parte da cobertura dos 250 anos de Beethoven, que serão completados em dezembro deste ano.

Nannette nasceu em Augsburg na Alemanha em 1769. A sexta filha de Johann Andreas Stein, um conhecido fabricante de pianos que desenvolveu o mecanismo de ação vienense, um sistema inovador que gerava uma qualidade de som intensa. Aos 8 anos, ela tocou para Mozart, que criticou sua postura mas afirmou que a menina possuía gênio. Aos 10, já dominava as técnicas de construção de seu pai e começava a ser reconhecida como um prodígio da mecânica. Nannette tinha 23 e estava recém-casada quando o pai morreu, em 1792. Se associou ao irmão de 16 anos,= transportou pianos de balsa para Viena, onde restabeleceu a companhia do pai, mudando o nome de J.A. Stein para Irmãos Stein. Foi uma época de muitos avanços na tecnologia de construção de pianos, ao mesmo tempo em que o instrumento migrava dos salões da aristocracia para as grandes salas de concerto.

Beethoven já havia conhecido Nannette alguns anos antes em Augsburg quando pediu um piano emprestado para um concerto, em 1796. Em uma carta para o marido de Nannette, o compositor brincou dizendo que o piano era refinado demais para ele. O toque suave do não combinava com seu estilo selvagem e vigoroso. Apesar de nesta época Nannette já ter estendido seus pianos de cinco para seis oitavas e meia, ela ainda resistia a fazer maiores alterações no projeto paterno. E, pouco após a virada do século, ela brigou com o irmão. Ele manteve seus instrumentos com o nome Stein e, ela, Streicher née Stein. Quando Beethoven comprou um piano francês, em 1803, ele continuou pressionando Nannette a adotar um projeto mais moderno para os instrumentos. Pois, em 1809, sua empresa já construía alguns dos pianos mais estrondosos de Viena e produzia de 50 a 60 por ano.

Em 1817 Nannette passou também a organizar a vida pessoal de Beethoven. Com sua ajuda, o músico pode voltar a se concentrar no trabalho. Foi quando compôs a mais ambiciosa sonata para piano — de número 29, também conhecida como Hammerklavier (ouça). Era mais longa e complexa do que suas outras peças, terminando em uma fugata selvagem. Apesar de nessa época ele tocar um piano inglês, escreveu para Nannette dizendo que o Streicher pós-1809 sempre foi o seu favorito. Após a morte do compositor, Nannette viveu por mais cinco anos. Morreu em 1833, aos 70, não sem antes entregar em 1832 um piano para Schubert, já feito com a ajuda de seu filho, que a sucedeu no comando da fábrica. Posteriormente, seu neto Emil construiu pianos para Brahms. Quando Emil se aposentou, em 1896, a Streicher and Sons fechou as portas.

Ouça: Tobias Koch tocando a Sonata de número 19 de Franz Schubert, no fortepiano Streicher construído em 1832 para o compositor.

Por Vitor Conceição

E os mais clicados de uma semana para lá de conturbada:

1. O Globo: O estresse de Bolsonaro após Flávio ser denunciado no caso das rachadinhas.

2. O Globo: Mulheres de Lan, uma galeria em homenagem ao cartunista.

3. Panelinha: Batata Rostï com queijo meia cura, para comer sozinho, ou bem acompanhado.

4. Youtube: Meio em vídeo: O Brasil vai ficar sozinho no mundo?

5. O Globo: Dinamarca matará milhões de visons para evitar nova mutação do coronavírus.

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‘Mapa de apoios está desfavorável ao Irã e sua visão de futuro’, diz Abbas Milani

17/04/24 • 11:00

O professor Abbas Milani nasceu no Irã. Foi preso pelo regime do xá Reza Pahlavi. Depois, perseguido pelo regime islâmico do aiatolá Khomeini. Buscou abrigo nos Estados Unidos na década de 1980, de onde nunca deixou de lutar por uma democracia em seu país de origem. Chegou a prestar consultoria a George W. Bush e Barack Obama, numa louvável disposição de colaboração bipartidária. Seu conselho sempre foi o mesmo: o Irã deve se reencontrar com um regime democrático, secular, por sua própria conta. Sem interferências externas.

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