Edição de Sábado: Luz após a mais longa noite

Hoje é 19 de dezembro de 2020. Na noite de ontem, judeus de todo o mundo concluíram o Hanukkah, a festa das luzes. Dentro de cinco dias, bilhões de cristãos celebrarão o nascimento de Jesus. Na próxima segunda-feira, religiões neopagãs (mesmo as que não se aceitam como “neo”) começam a celebração de Yule no Hemisfério Norte. No Irã, a despeito da predominância do Islã, o Shab-e Yalda ainda homenageia o nascimento de Mitra. Na China, oficialmente ateia, o Dong Zhi continua a congregar celebrantes. E lista segue.

Como é possível que povos tão diferentes tenham celebrações de significados semelhantes no mesmo período do ano? A resposta está no que hoje chamamos de Astronomia. O solstício de Inverno, que acontece no dia 21 no Hemisfério Norte, enquanto aqui encaramos o solstício de Verão e o calor infernal que vem com ele.

Antes de seguirmos, são necessárias duas notas de esclarecimento. Como as mais populares festas religiosas de fim de ano praticadas no Brasil têm origem na Europa e no Oriente Médio, tratamos aqui do solstício de Inverno. Religiões de matriz africana e de povos nativos brasileiros certamente têm celebrações do solstício de Verão, mas não são eventos de massa. Segundo, neste texto, tratamos as religiões de um ponto de vista estritamente antropológico e histórico. Respeito a todas, reverência a nenhuma.

Mas, afinal de contas, o que é o solstício de Inverno? Em seu movimento de translação, a volta completa em torno do Sol, a Terra não fica parada. Ela se inclina alternadamente, e daí vêm as estações do ano. O solstício de inverno é quando determinado polo está mais distante do Sol. É a noite mais longa do ano. Em certas partes, é uma noite que dura meses.

Agora, esqueça por um instante os confortos da vida modera e imagine nossos ancestrais há, digamos, 50 mil anos. Vivendo em cavernas ou choupanas, dependiam do meio ambiente para sobreviver. Periodicamente, a caça escasseava, os animais migravam ou se recolhiam para hibernar; a neve cobria a terra e parecia matar a natureza. As noites se tornavam mais longas — e, não podemos esquecer, a noite é escura e cheia de horrores. Com o advento da agricultura, as estações se tornaram ainda mais importantes. Monumentos astronômicos megalíticos como Stonehenge, na Inglaterra, marcavam a data, e celebrações pediam a volta do sol e da vida. Era a religião da natureza.

No best seller Sapiens – Uma Breve História da Humanidade, Yuval Noah Harari nos lembra que “a religião pode ser definida como um sistema de normas e valores humanos que se baseia na crença em uma ordem sobre-humana”. A ordem sobre-humana são os ciclos da natureza, mas os valores humanos mudam conforme as civilizações se desenvolvem. Explicações mais complexas vão sendo criadas para esses ciclos. Para os gregos, o Inverno era a punição de Deméter pela filha Core se tornar Perséfone e viver no mundo inferior com o tio-marido Hades. Só quando esta lhe era devolvida por seis meses a deusa permitia ao mundo florescer.

À medida que as sociedades se urbanizavam, as raízes naturais de suas religiões iam se perdendo, suas datas sagradas e festividades eram ressignificadas, mantendo o simbolismo familiar aos fiéis, mas incorporando os panteões e a ideologia vigentes. Em Roma, uma civilização recente sem passado neolítico ou mitológico, o solstício se tornou a Saturnália, uma festa com influências tanto sobre o Natal quando o Carnaval como os conhecemos hoje.

Como a noite mais longa do ano marca, por conseguinte, o retorno da luz, o solstício de Inverno passou a ser associado ao nascimento de deuses solares, dos quais um merece destaque: Mitra. Originário da Índia, seu culto chegou ao Oriente Médio no segundo milênio a.C. e acabou incorporado ao mazdaísmo, a religião monoteísta persa da qual deriva boa parte da cosmogonia cristã. Paradoxalmente, Mitra foi adotado pelos militares romanos, inimigos dos persas. A partir do século I a.C., seu mito se associou ao do deus-sol Hélio e ao solstício de Inverno. Mitra nasce do choque de um raio com uma rocha no dia 25 de dezembro, mesma data em que os romanos comemoravam o Sol Invictus, o Sol Invencível.

E, como a data indica, chegamos ao rabi Yoshua ben Yosef, que, por má tradução dos gregos, chamamos de Jesus. No livro O Primeiro Natal, os teólogos norte-americanos Marcus J. Borg e John Dominic Crossan analisam detalhadamente as versões da Natividade presente nos Evangelhos de Lucas e Mateus. Além de demonstrarem que as narrativas são radicalmente diferentes entre si, eles constatam que não há qualquer menção à data de nascimento de Jesus. Os autores não têm dúvidas de que os evangelistas usaram, para narrar a Natividade, o mesmo recurso dos sermões de Jesus. Parábolas. A presença de pastores e seus rebanhos nos campos indica, com certeza, que não era Inverno.

Então de onde veio o 25 de dezembro? Clemente de Alexandria (150-215), um dos primeiros apologistas cristãos a tratar do nascimento de Jesus, não menciona essa data em especial – para ele, 20 de maio seria o dia mais provável. Somente nos séculos IV e V, conforme o cristianismo se torna a religião oficial do Império, a data se consolida. Apologistas como Agostinho tentavam negar que fosse simples apropriação do Sol Invictus, alegando que o nascimento correspondia a nove meses após a concepção de Jesus – embora esta também não tenha uma data estabelecida nos Evangelhos. Muitas comunidades cristãs até hoje celebram a Natividade no dia 6 de janeiro, o Dia de Reis dos católicos.

Conforme a conversão ao cristianismo se espalhava pela Europa, mais e mais elementos pagãos do solstício eram incorporados à narrativa e, principalmente, aos símbolos do Natal cristão. O que nos traz a mais uma celebração, o Yule ou Jól, a festividade do solstício de Inverno entre os povos germânicos. Alguém já viu um pinheiro na Galileia? Um azevinho? Não. Essas árvores, que não perdem as folhas mesmo no auge do inverno europeu, eram símbolos da renovação nas religiões pagãs europeias. No Velho Mundo e mesmo nos ultracristãos Estados Unidos, as pessoas se referem ao fogo aceso em lareiras no fim do ano como a “tora de Yule”.

Oito dias de luzes

Um festival peculiar em torno do solstício é o Hanukkah judeu, a festa das luzes. Entre outras, por ser recente em termos históricos. Segundo a tradição judaica, após liderar uma revolta vitoriosa contra o rei da Síria em 164 a.C., Judas Macabeu retornou a Jerusalém para “limpar” o templo profanado. Embora só houvesse óleo para manter a menorá (o candelabro sagrado) acesa por um dia, a chama brilhou por oito noites. A revolta é um fato histórico, mas o milagre em si se tornou uma tradição ao longo da diáspora, possivelmente assimilando elementos de festividades do solstício.

O nome é Nicolau, mas Odin também vale

Mas não foi só na “parte séria” das festividades que o sincretismo do solstício se instalou. A inspiração de São Nicolau, generoso protetor das crianças, para o Papai Noel é conhecida. Mas de onde vêm as renas voadoras e o trenó, por exemplo? Nascido em Bari, na Itália, e morto Mira, hoje Turquia, é pouco provável que o santo tenha visto um desses animais, mesmo do tipo comum, ao longo de seus 73 anos de vida. Acontece que Nicolau não é a única fonte do Bom Velhinho. Tradições do Norte da Europa diziam que, no Yule, Odin cavalgava pelos céus em seu cavalo de oito patas. Crianças deixavam suas botas do lado de fora das casas com cenouras para o animal, ao que o deus retribuía com moedas.

No fim das contas, pouco importa, a não ser para fanáticos, que essas narrativas sejam literais. O fato é que a noite mais escura ficará para trás. Que, dentro de suas crenças, cada um celebrará a esperança na luz. Já é algo a comemorar.

Por Leonardo Pimentel

O homem que inventou Papai Noel

Quando era mais ou menos hora do almoço, nos anos 1930, Haddon Sundblom costumava atravessar a galeria onde ficava seu estúdio, em Chicago, até o bar onde gostava de passar boa parte da tarde bebendo. Eram tempos difíceis, aqueles da Depressão, e a sua não havia sido uma vida fácil. Sundblom, um sujeito louro de olhos azuis, ainda magro ali pelos trinta e poucos, era o caçula de dez, nascido no último ano do século 19 em uma família na qual só se falava sueco, no interior do Michigan. Eram pobres e o rapaz trabalhou desde cedo. A pouca educação formal que teve foi ou por cursos de correspondência ou em aulas noturnas. Quando voltava para o estúdio, já levado no álcool, em geral vinha irritado, explosivo. Não era raro que demitisse um dos aprendizes — uma demissão sempre revertida no dia seguinte, perante uma tela, com os pincéis e a tinta a óleo em volta. Bem ou mal, durante toda a Depressão, tiveram sorte, Sundblom e seus dois sócios. O fluxo de trabalho foi contínuo e o dinheiro, embora pouco, os manteve de pé. De quebra, naqueles anos, aquele filho de suecos inventou uma das mais importantes imagens do Natal.

Boa parte da publicidade de alto nível era produzida em estúdios como o dele, por pintores capazes de construir a óleo imagens fortes e vibrantes sob encomenda. Capas de revistas ou de livros policiais baratos, pôsteres de cinema, embalagens de produtos — mesmo propaganda. Embora esta arte comercial fosse dominante em todo o país, não eram muitos os artistas de fato refinados. Gente cujo trabalho fosse capaz de despontar de alguma maneira. Norman Rockwell era um — suas expressões faciais são impagáveis. A surpresa, a ironia, a timidez, poucos conseguiam transmitir emoção neste tipo de arte como Rockwell. Nascido no Peru mas criado nos EUA, Alberto Vargas era outro. Um especialista em pin-ups, as moças seminuas cujas costas sempre arqueadas e a pouca roupa cuidadosamente distribuída construiu a imaginação erótica da geração de soldados que partiu para a Segunda Guerra. E havia Sundblom. Se Rockwell era capaz de passar emoção e Vargas de atiçar desejo, Sundblom carregava suas cenas de otimismo. Há algo na luz dos seus quadros, nos flagrantes dos movimentos, nas trocas de olhares. Os sorrisos nunca são protocolares, mas também jamais são eufóricos. As pessoas estão sempre felizes, parece ser sempre domingo, não há angústia da existência, e há um otimismo essencial e inabalável que se repete numa cena após a outra.

Exato o que os EUA da Depressão precisavam para enfrentar seu cotidiano.

É verdade que arte feita para propaganda deveria ser mesmo otimista — mas ninguém conseguia transmitir aquele clima como Haddon Sundblom e ele se tornou conhecido no mercado por isso. Está em todo seu trabalho dos anos 1930 até os 70. Para as Aveia Quaker, incluindo o senhor da marca, cervejarias, fábricas de autopeças para as quais ilustrava calendários com mulheres nuas. Inúmeras capas de revistas. E, claro, uma de suas maiores clientes — a Coca-Cola. Que tinha um problema todos os invernos: baixa temporada. Como convencer as pessoas a comprar uma bebida refrescante quando neva lá fora.

Àquela altura, todo dezembro a marca já havia caído no hábito de publicar nas revistas e espalhar outdoors com sua logo, Papai Noel e desejos de boas festas. Mas nada, ali, era memorável. Um Papai Noel sorridente estava de alguma forma distante, talvez meio rígido. Outro, sino em mãos no meio de uma multidão numa loja de departamentos, parecia só mais um anônimo tentando ganhar a vida naquele massacre econômico do tempo. Quando a encomenda do Papai Noel do ano chegou para Sundblom, ninguém tinha qualquer expectativa maior. Era mais um trabalho. A campanha de dezembro. Só que não foi. Saiu um velhinho de bochechas grandes e vermelhas com um certo brilho no olhar e um sorriso tão contagioso que parecia um avô de infância, uma memória feliz. Garrafa do refrigerante em mãos. A reação àquela imagem, no Natal de 1931, foi imediata. Foi forte.

Uma imagem que inventou o Papai Noel moderno, que o artista continuou ilustrando por décadas, todo Natal, consolidando aquele olhar.

Galeria: Os muitos Papais Noéis de Haddon Sundblom — e outras obras.

Por Pedro Doria

Tendências para 2021

Este foi o ano que ninguém conseguiu antecipar e causou grandes rupturas. Aliado à tecnologia, mudou o trabalho, o consumo e até a forma como nos locomovemos e interagimos. Essas mudanças prometem se manter mesmo em um mundo pós-pandemia. E, como é final de ano, especialistas já começam a (tentar) prever quais serão as tendências nessas esferas pra 2021.

Uma tendência quase unânime é que os ambientes se tornarão muito mais híbridos, principalmente no trabalho. Ou seja, a mistura do presencial com o virtual. Isso significa que o próprio ambiente de escritório deve mudar. Para a Forbes, devemos rumar a um “esvaziamento de hubs” e um aumento de escritórios satélites e locais remotos. As pessoas trabalharão onde podem ser mais produtivas: em locais centrais para reuniões maiores com colegas ou clientes, em escritórios satélites para colaboração e remotamente para projetos independentes. O mesmo deve acontecer em campi universitários e no entretenimento. O Zoom e o streaming vieram pra ficar.

O Estadão chama atenção também para uma nova onda de empreendedorismo pelo mundo, que deve se manter durante essa crise econômica. Com o alto desemprego, muitos abriram seus próprios negócios, muitas vezes aliados à tecnologia.

Isso significa que as próprias cidades devem se transformar. A Atlantic destaca a tendência que mais ganhou força no design urbano este ano: a cidade de 15 minutos. Todas as necessidades (morar, trabalhar, fazer compras, entretenimento) a uma distância de 15 minutos a pé ou de bicicleta. Paris, Berlim Bogotá, Cidade do México são só algumas que, com a pandemia, começaram a implantar mais ciclovias, espaços verdes e políticas pra reduzir o tráfego de carros.

Ambientes mais híbridos e melhores acessos devem levar cada vez mais à transformação de produtos em serviços, em todas as frentes. O LinkedIn cita a indústria do turismo, uma das mais impactadas pela pandemia. O TripAdvisor lançou um serviço de assinatura que oferece acesso a ofertas de viagem e outras vantagens. Algumas companhias aéreas também começaram a experimentar voos com tarifas fixas em troca de uma fonte de receita segura e contínua. Porém tudo isso significa que o foco estará em um novo consumidor, mais rico, que sairá da crise menos afetado e conseguirá pagar por serviços exclusivos, produtos customizados e tecnologias de ponta.

Outra tendência para consumo, segundo o Facebook, é que, com o crescimento do e-commerce, o uso das redes sociais para vendas ficará mais intenso. Essa função ganhou mais destaque no Instagram recentemente. E o TikTok anunciou que vai realizar a sua primeira live shopping em parceria com o Walmart. As lives tradicionais vão ganhar, além da função de entretenimento, a de comércio, na qual a venda vai ser feita no mesmo ambiente.

Algo que a pandemia trouxe e não deve ir embora são esses ambientes digitais. Durante a crise, um terço dos consumidores se inscreveu pela primeira vez em um serviço de videogame ou assistiu a esportes eletrônicos ou um evento esportivo virtual, segundo a consultoria Deloitte. Plataformas como Twitch e os jogos Fortnite e Roblox vão cada vez mais ser o novo normal para conexões e ponto de encontro para eventos sociais, como shows e esportes. E os gadgets vestíveis, como relógios e óculos, vão se tornar itens essenciais. Para o LinkedIn, esses espaços ainda vão fortalecer moedas e carteiras digitais e incentivar suas adoções no mercado — o Facebook, por exemplo, deve lançar seus serviços financeiros digitais já em janeiro.

Outro ponto é a questão climática em relação ao consumo. A adoção de tecnologias de captação de carbono devem ganhar força em 2021. Para Bill Gates, um dos grandes desafios não será a mudança para energia mais limpa, com carros elétricos, por exemplo, mas sim a aplicação dessas tecnologias de captura em métodos de construção, que são responsáveis por 39% das emissões globais de dióxido de carbono relacionadas à energia.

Isso não significa que a corrida para carros elétricos vai ser deixada de lado. Pelo contrário. Segundo a Economist, a adoção desses veículos vai ganhar força em 2021, com o mercado chinês e mais montadoras entrando na onda. “Espere mais joint ventures e investimentos em startups, à medida que tentam dividir os custos, abandonar a energia do petróleo e trazer um novo pensamento”, diz a revista.

Outra corrida que merece destaque é a do streaming. Só que, para a Wired, essa “guerra” vai perder fôlego em 2021. Enquanto este ano foi o de maior crescimento para as plataformas, o mesmo não vai acontecer no ano seguinte. Os usuários já terão testado de tudo e praticamente decidido em quais ficarão. A Omdia prevê que, em 2021, Netflix, Apple TV+, Disney+ e Amazon deverão apresentar quedas significativas nas suas assinaturas — para Netflix e Amazon, será o menor ano de crescimento em termos absolutos desde 2015.

Por Érica Carnevalli

Como estamos em nossa evolução digital?

O ano começou com a discussão sobre os desafios da transformação digital e, de repente, a pandemia forçou o mundo inteiro a acelerar o processo. Um grupo de professores da Escola de Relações Internacionais da Tufts University, em Massachussets, desenvolve desde 2014 um projeto em que acompanha como diferentes países estão se adaptando a este processo. Publicaram agora a terceira edição de seu relatório, com dados que já pegam o efeito da pandemia. O estudo avaliou 90 nações e usou mais de 160 indicadores para avaliar o estado de evolução digital de cada uma. A análise junta todos estes indicadores e dá uma nota em duas dimensões: uma mede o estado atual da evolução digital, e a outra o quanto cada país está avançando para se digitalizar. Os Estados foram então distribuídos em um gráfico dividido em quadrantes.

No canto superior direito ficam os países que se destacam. Já estão avançados digitalmente e continuam avançando, entre eles Estados Unidos, Alemanha, Israel, Coréia do Sul, Singapura e Taiwan. Nenhum país da América Latina está ali. No canto superior esquerdo, os que desaceleraram. Já são suficientemente avançados, mas reduziram a aceleração. Aqui estão países como França, Reino Unido, Suécia, Holanda, Dinamarca, Canadá, Japão, Espanha e Portugal. Também não temos nenhum país da América Latina neste estágio. No canto inferior direito, os países que, embora atrasados, começam a se destacar: Rússia, Indonésia, Vietnã, Irã, Quênia, Camarões, a China, que é a que avança de forma mais acelerada, e alguns de nossos vizinhos como o Uruguai, a Bolívia, o Chile, e até mesmo a Argentina. Já no canto inferior esquerdo os que devem se preocupar. Não só estão atrasados, como não estão avançando em sua digitalização. Infelizmente é aqui que o Brasil se encontra. Junto com Colômbia, México, Equador, Peru, Grécia, Itália, Paquistão e Nigéria. No ranking de estado atual de digitalização o Brasil se encontra em 59o, duas posições atrás da Argentina. No ranking de velocidade da evolução estamos em 76o, entre nossos vizinhos só o Peru está pior posicionado.

O estudo termina com algumas conclusões: “Pequenos países, ilhas e entrepostos como Singapura, Hong Kong, Estônia e Nova Zelândia consistentemente se posicionam nas principais posições e demonstram grande agilidade para se adaptar às mudanças. São os verdadeiros líderes deste movimento e estão demonstrando as melhores práticas que devem ser seguidas para se tornar uma economia digital. Outro padrão digno de nota é como alguns países amplos do Hemisfério Sul com grandes populações, como China, Índia, Indonésia, Brasil e Nigéria, continuam atraindo investimentos, apesar dos atrasos institucionais e de infraestrutura. A combinação de inovação, que surge forçada pelos limites destes países, junto do tamanho de suas economias, os coloca como essenciais na digitalização do mundo. Mas enquanto China, Índia e Indonésia estão se transformando de forma acelerada, Brasil e Nigéria têm muito o que correr atrás.”

O estudo pode ser lido na íntegra em PDF mas também pode ser explorado em uma versão interativa.

Por Vitor Conceição

E para fechar, a última lista de mais clicados da semana:

1. O Globo: Quem é você na fila da vacina?

2. G1: Atriz Christina Rodrigues, do Zorra Total, morre de Covid depois de esperar 3 dias por vaga em CTI.

3. UOL: Dinossauro achado no Brasil foi pioneiro em ‘visual chamativo’ como dos pavões.

4. Banksy: Senhora espirrando, a nova obra do grafiteiro em Bristol.

5. G1: Praias da Austrália são cobertas com espuma, e serpentes escondidas.

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‘Mapa de apoios está desfavorável ao Irã e sua visão de futuro’, diz Abbas Milani

17/04/24 • 11:00

O professor Abbas Milani nasceu no Irã. Foi preso pelo regime do xá Reza Pahlavi. Depois, perseguido pelo regime islâmico do aiatolá Khomeini. Buscou abrigo nos Estados Unidos na década de 1980, de onde nunca deixou de lutar por uma democracia em seu país de origem. Chegou a prestar consultoria a George W. Bush e Barack Obama, numa louvável disposição de colaboração bipartidária. Seu conselho sempre foi o mesmo: o Irã deve se reencontrar com um regime democrático, secular, por sua própria conta. Sem interferências externas.

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