Edição de Sábado: Os militares e as estatais

A Petrobras terá no comando o general da reserva Joaquim Silva e Luna — desde a década de 1980 a empresa não era presidida por um militar. Das 46 empresas com controle direto da União, passam a ser 16 as com militares no topo, uma lista que inclui os Correios, a Infraero, a Finep e a Valec. Índice próximo a esse, apenas no período da Ditadura. Por isso mesmo, vale lembrar aqueles anos entre 1964 e 85 quando o Exército pensou o Brasil. Porque, afinal, a visão que as Forças Armadas tinham do país segue muito parecida.

Aqueles vinte e um anos podem ser divididos em três grandes períodos econômicos — a largada inicial, no governo de Humberto Castelo Branco, foi meio que um freio de arrumação. Mas já a partir do segundo general, Artur da Costa e Silva, o governo levou o país a uma aceleração do crescimento que terminou batizado Milagre Brasileiro. Ernesto Geisel já estava no Planalto quando a maré virou, o preço internacional do petróleo disparou, e as contas do país afundaram. Esses dois períodos finais são os que construíram a pesada dívida externa que a Nova República passou seus dez anos iniciais gerenciando e a hiperinflação que só foi resolvida também pelos civis. Em ambos os períodos, estatais estavam no centro da maneira como os militares pensavam o Brasil.

Dois números mostram isso claramente: entre 1967 e 73, que marca o Milagre Econômico, foram criadas 231 estatais no Brasil. E, neste tempo de acelerado crescimento econômico, metade da formação bruta de capital veio do Estado — ou seja, o dinheiro investido para produzir.

Ao fim de seu primeiro governo, os militares tinham um problema similar ao do presidente Jair Bolsonaro. Precisavam fazer o país crescer, até porque crescimento econômico gera popularidade. Conseguiram — mas a a conta veio depois. Em grande parte, muito da população ainda nostálgica com o período autoritário volta para estes anos entre finais da década de 1960 e início da de 70 sua memória. Foi um tempo em que a classe média teve amplo acesso a moradia, muitos imóveis foram financiados a perder de vista. Muitas famílias, mesmo na classe média baixa, mesmo entre operários, compraram naquela época seus primeiros carros, em geral fuscas, e encheram suas casas de eletrodomésticos que ainda não eram tão comuns. Máquinas de lavar roupa, geladeiras, aparelhos de ar-condicionado. As primeiras TVs.

Uma das marcas dessa nostalgia dos anos 1970 era o típico presente para crianças: a abertura de uma caderneta de poupança para que comprassem um carro, abrissem um consultório, ou seja o que for que mexesse com a imaginação de seus pais, tios, avós.

Esta quantidade de dinheiro que circulava no Brasil vinha de fora, em dólar, a juros baixos e divididos também a perder de vista. Tinha muito dinheiro circulando no mercado internacional e, por isso mesmo, as condições de empréstimo melhoraram para todos. Na presidência, com Antônio Delfim Netto de ministro da Fazenda, Costa e Silva bifurcou sua política para crescer.

Um braço voltou-se para infraestrutura. Energia, transportes, telecomunicações, siderurgia, mineração. Eletrobrás, o sistema Telebrás, a Companhia Vale do Rio Doce. Destas, só a Eletrobrás continua estatal. Mas, naquele tempo, não só essas empresas cresceram como se tornaram conglomerados, com inúmeras subsidiárias. O mesmo ocorreu com a Petobras. A ideia era de que o Estado daria a estrutura ao país para que empresas privadas pudessem se estabelecer e crescer.

O segundo braço, portanto, foi pegar parte dos dólares que vinham de empréstimos do exterior e transformá-los em empréstimos para a população. Dinheiro que foi para baratear e facilitar a compra de imóveis e bens de consumo — os carros, os eletrodomésticos.

Só que aí a OPEP, Organização dos Países Exportadores de Petróleo, decidiu quadruplicar o preço do combustível. O ano: 1973. E boa parte da energia consumida no Brasil vinha de petróleo. Sem energia não se produz, não há crescimento. O choque, evidentemente, traria para o governo insatisfação popular. A estratégia do Planalto foi dobrar a aposta naquele que foi batizado o Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento, II PND. Ou seja, tomar mais dinheiro emprestado para transformar a natureza da economia do país. Só que, agora, o dinheiro já vinha em condições cada vez mais adversas. No período de fartura, embora o consumo tenha sido amplo, a capacidade brasileira de gerar riqueza não cresceu tanto.

Em parte, Geisel fez o que era mesmo necessário — o Brasil foi atrás de tudo quanto é fonte de energia alternativa que havia pela frente. Em alguns casos, como o Programa Nuclear baseado em Angra dos Reis, deu errado. Mas ampliou-se exploração do carvão, foram construídas usinas hidrelétricas — Itaipu é a principal —, e nasceu o programa Proálcool.

Na outra ponta, a do setor privado, o raciocínio militar foi de que o Brasil deveria se tornar autossuficiente. Deveria precisar importar menos — então aumentaram as linhas de crédito para a indústria nacional, vieram estímulos fiscais, e para alguns setores se estabeleceu uma reserva de mercado. Foi o caso da nascente indústria de computação. Ficou quase impossível importar computadores pessoais para que os nacionais surgissem. O resultado concreto foi a demora da informatização dos outros setores da indústria nacional.

A avidez por tornar a economia mais estatal fez com que, em seu arco final, a Ditadura transformasse a dívida externa cada vez mais pública e menos privada. Perdeu-se o controle da inflação — e, assim, veio a insatisfação popular que ajudou a derrubar o regime. A reserva de mercado e as outras proteções ao setor privado levaram a uma indústria incapaz de produzir para exportação.

Do período em que o dinheiro era farto, houve incontáveis escândalos de corrupção, a maioria sufocados pela censura à imprensa. Generais viviam bem — dinheiro público à vontade para montarem casas luxuosamente decoradas, direito a carros e motoristas. Mais de um motorista, quase sempre. Foi também a época em que a repressão a qualquer sorte de oposição foi mais aguda — de tornar quase impossível a prática de jornalismo à tortura nos porões.

Aquele jeito de pensar, ao fim, entregou aos civis um país quebrado de muitas maneiras. Inúmeros setores da indústria que nunca conseguiram realmente competir no exterior. Governos dobrados pelas humilhantes visitas de FMI e quetais para cobrança e renegociação de uma dívida externa que parecia impagável. E uma inflação que comia o salário das pessoas nos primeiros dez dias do mês. O Milagre foi ilusão e paralisou o país, esganado pela falta de dinheiro, pelas duas décadas seguintes.

Jair Bolsonaro não tem o que os generais tiveram — ampla oferta de um crédito internacional barato. Mas, de uma forma diferente, a ideia de que é possível isolar o país do mundo e promover mudanças a partir de Brasília está lá.

Por Leonardo Pimentel

Quando Marte era habitado

Desde o pouso bem-sucedido do carro-robô Persevarance, no último dia 18, os apaixonados por ciência e exploração espacial estão recebendo fotos, vídeos e áudios de Marte numa qualidade e profusão quase no nível de science porn. Conhecemos cada vez mais detalhes de nosso pequeno vizinho. Entre os planetas, Marte só é maior que Mercúrio. Tem aproximadamente metade do diâmetro da Terra e uma gravidade que equivale a 38% da nossa. É um grande deserto geologicamente ativo e sem vida, ao menos pelo que foi constatado até agora.

Nem sempre foi assim. Durante décadas Marte fervilhou de vida, abrigou ecossistemas complexos e civilizações com diferentes graus de sofisticação. Não na vida real, claro, mas na imaginação de escritores de todo o mundo, com cineastas e quadrinistas indo a reboque. Mas há que se dar a eles um crédito. Sua fantasia era sustentada ou estimulada pelo conhecimento científico da época. No fim do século 19, Marte tinha vida.

Por ser astronomicamente colado na Terra (meros 54,6 milhões de quilômetros no ponto de maior proximidade) e ter a cor vermelha característica do óxido de ferro, ele é facilmente visível a olho nu, com relatos de sua observação registrados desde a Antiguidade. Sempre foi relacionado ao sangue e à violência, com seu nome sendo uma homenagem ao deus romano da guerra. Mas era apenas mais um objeto no céu noturno até que, ao longo dos séculos 18 e 19, o desenvolvimento de melhores telescópios permitiu sua observação com mais detalhes, mas nada precisos. Astrônomos identificavam “oceanos” e “florestas” em áreas escuras do planeta, abrindo a especulação sobre a existência de vida.

Foi em 1877, quando Marte estava muito próximo da Terra, que o astrônomo italiano Giovanni Schiaparelli (1835-1910) o observou e desenhou o até então mais detalhado mapa do planeta. Seu telescópio, porém, produziu uma ilusão de ótica. Ele “viu” linhas razoavelmente retas que saíam das calotas do pólo norte marciano em direção ao centro do astro. Schiaparelli os interpretou como leitos de rios e os chamou de “canali”. Quando seu estudo foi vertido para o inglês, o tradutor cometeu uma barbeiragem: em vez de usar o termo “channels”, formações naturais, usou “canals”, que são obras de engenharia. Fascinado pela ideia, o americano Percival Lowell (1855-1916) observou o planeta durante anos, publicou livros e desenhou mapas ainda mais detalhados dos “canais”, que entraram pela porta da frente na imaginação popular.

Urânia (1889), do astrônomo, futurólogo e escritor francês Camille Flammarion (1842-1925), foi uma das primeiras obras de ficção a tratar dos canais. Misturando conceitos de espiritismo, ele contava a história de um casal que morre na Terra e reencarna em Marte, onde canais artificiais cruzam os continentes planos. Essas construções também ocupam um lugar de destaque em Edison's Conquest of Mars (1898), do americano Garrett Serviss (1851-1929), que trata de uma guerra entre humanos e marcianos.

O grande “clássico marciano” da virada do século, A Guerra dos Mundos (1898), do inglês H.G. Wells (1866-1946), imaginava Marte já se tornando inabitável, o que motivava um ataque para conquistar a Terra. Esqueceram de combinar com os micróbios, porém. Em 1938, o cineasta, ator, radialista e mais um monte de coisas americano Orson Welles (1915-1985) dramatizou o livro num programa de rádio como se fosse um fato real. A lenda urbana de que a transmissão provocou pânico generalizado nos EUA foi alimentada por Welles até o fim da vida.

Mas voltando a Marte, apesar do fato de, graças a melhores telescópios, a teoria dos canais ter sido contestada já no início do século 20, os marcianos continuaram fazendo sucesso, e ganharam seu cânon em 1912, quando o americano Edgar Rice Burroughs (1875-1950) publicou Uma Princesa de Marte (versão em inglês). O criador de Tarzan imaginou uma raça de marcianos verdes com quatro braços em conflito com os “vermelhos”, basicamente humanos, que controlam os canais e as riquezas do planeta, com o terráqueo John Carter surgindo para resolver a situação. Em 2012, a Disney lançou uma adaptação, John Carter Entre Dois Mundos (trailer no Youtube), um retumbante fracasso de público.

Diferentemente do filme, o livro de Burroughs foi um marco na ficção científica e fora dela, influenciando praticamente todos os autores seguintes e outras mídias, como quadrinhos, rádio e cinema – Flash Gordon no Planeta Marte (1938) é imperdível. No mesmo ano, o irlandês C.S. Lewis, sim o das Crônicas de Nárnia, publicou Além do Planeta Silencioso, que, como toda sua obra, usava a ficção e fantasia como alegoria na apologética católica.

Nas décadas de 1940 e 1950 a tese da vida em Marte já tinha pouco apoio no meio científico, mas ainda inspirava. Um autor merece destaque em especial, Ray Bradbury (1920-2012). Suas Crônicas Marcianas (1950) reúnem contos que dão uma dimensão poética comum em sua obra, mas rara na ficção científica. Os marcianos e sua idílica civilização acabam destruídos por doenças trazidas pelos exploradores humanos. Num dos contos, um soldado olha ruínas e pensa na cultura que destruíram; noutro, um dos últimos marcianos tenta se passar por humano para ser aceito. No fim, com a própria Terra destruída, poucos grupos de humanos se tornam os novos marcianos.

Outros gênios da ficção científica escreveram sobre o Planeta Vermelho no período. Arthur C. Clarke (1917-208), em Areias de Marte (1951), dá a um repórter a honra de descobrir vida lá. O grande Isaac Asimov (1920-1992) escreveu dois livros sobre Marte, com o próprio nome ou pseudônimos. E o planeta é palco de (ou mencionado em) contos e livros de Philip K. Dick (1928-1982), em especial Os Três Estigmas de Palmer Eldritch (1965).

Fora dos livros e dos filmes que inspiraram, há dois marcianos do período que precisam ser citados por continuarem culturalmente presentes e bem. Claramente inspirado em Burroughs, o Caçador de Marte, que ganhou o nome Ajax no Brasil, estreou nos quadrinhos da DC em 1955 como um dos mais poderosos personagens da editora. A ideia era usá-lo nas revistas da Liga da Justiça da América e evitar a superexposição (sem trocadilho) do Super-Homem, carro-chefe da DC. Em 1988, J.M. DeMatteis e Mark Badger literalmente reinventaram o personagem numa série de quatro revistas dedicada a Bradbury, “o homem que descobriu Marte”.

O outro marciano notável é, ao mesmo tempo, o mais adorável e irascível nativo do Planeta Vermelho: Marvin, o Marciano (melhores momentos no Youtube). Criado em 1948, ele é o eterno antagonista alienígena do Pernalonga e de Duck Dodgers, paródia com Patolino do herói de quadrinhos Buck Rodgers. Mesmo tentando destruir a Terra diversas vezes, Marvin continua sendo um dos favoritos do público.

Mas eis que a ciência, essa adorável estraga-prazeres, resolveu acabar com a festa. No dia 5 de julho de 1965, a sonda Mariner 4 da NASA fez as primeiras fotos de outro planeta tiradas do espaço. Nada de canais, nada de oceanos, nada florestas, nada de vida. O Marte que conhecemos pode ter água no subsolo e talvez micro-organismos nela. Sua superfície talvez tenha abrigado vida antes que o campo magnético do planeta se desfizesse, há quatro bilhões de anos, mas é só.

Tudo bem, a arte não abandonou o Planeta Vermelho por isso, mas perguntar a sério se há vida em Marte, só na voz de David Bowie (Youtube).

Por Leonardo Pimentel

Codeacademy e o árduo caminho de algumas startups

No mundo das startups é muito comum falarmos dos grandes sucessos como Google, Facebook e Amazon, que crescem de forma acelerada desde o começo. Ou então de grandes fracassos, como o recente caso da Quibi, lançada com grande fanfarra em abril do ano passado para morrer na praia em dezembro, menos de um ano depois. (Seu objetivo era produzir vídeos curtos para celular.) Mas para a imensa maioria das startups, o caminho é mais longo e árduo. Sobrevivem as que conseguem desenvolver resiliência e que seguem avançando mesmo por tempos difíceis. E isso acontece mesmo em áreas de negócio que estão na moda entre investidores. Um destes casos é o da Codeacademy.

Lançada em 2011 durante o hype de que software estaria comendo o mundo, a empresa buscava resolver o problema da falta de desenvolvedores que este novo mundo demandava. O começo da jornada foi de pura festa. Lançaram o site e em três dias já contavam com 200 mil cadastrados. Captaram US$ 2,5 milhões em uma primeira rodada de investimento ainda em 2011 e outros US$ 10 milhões no ano seguinte. Foi um começo e tanto, como conta Zach Sims, co-fundador e CEO da empresa, em um longo fio no Twitter:

Zach Sims: “Nos primeiros quatro anos da Codeacademy estávamos toda semana nos jornais. Naquela época faturávamos $0. Nos quatro anos seguintes, sumimos das manchetes. Agora levantamos mais US$ 40 milhões em investimentos, nossa primeira captação em 4 anos. Como fomos do pico do hype para uma quase falência até conseguirmos nos recuperar? Havíamos acabado de lançar, a imprensa nos amava, estávamos em várias listas de sucesso, vencemos prêmios e tal. Como fundador, tudo parecia maravilhoso... Até o dia em que precisamos levantar mais dinheiro para sobreviver. As matérias positivas que conseguimos não traziam dinheiro suficiente para demonstrar que pessoas pagariam por nosso produto. Em 2015 tínhamos dinheiro para apenas mais poucos meses de operação e corremos para construir o Codeacademy Pro, nosso primeiro produto pago, com novos cursos e funcionalidades. Passar do auge das atenções para estar quase falindo foi um despertar e tanto.”

“Sofremos, mas em cerca de seis meses conseguimos atingir o marco de US$ 1 milhão em faturamento recorrente anual, o que nos permitiu captar uma terceira rodada e manter a empresa viva. No caminho, aprendemos uma importante lição: hype não paga as contas. Fizemos as coisas diferentemente. Paramos de seguir métricas de vaidade como menções na imprensa e começamos a medir quando conseguiríamos chegar no azul. Parecia algo impossível, mas chegamos lá 18 meses depois. Nos últimos 4 anos, construímos a Codeacademy para ser uma empresa sustentável. Construímos um negócio que fatura mais de US$ $50 milhões por ano, controlando nosso próprio destino, enquanto fugíamos do hype em que surfamos nos primeiros quatro anos da empresa. Agora captamos investimento não com base no hype, mas com substância. Estamos dobrando nosso crescimento a cada ano e temos um produto que ajuda milhões de pessoas a aprenderem habilidades que vão abrir novas oportunidades. A maioria das startups morre por conta dos próprios erros, não por conta de seus competidores. Mantenha a cabeça abaixada, foque menos nos competidores e mais em seu produto e em seu mercado. Contrate as pessoas certas e se lembre que investidores e jornalistas não são seus verdadeiros clientes, seus usuários é que são. Aprendemos essas lições, mas temos outras ainda para aprender. Uma das coisas mais difíceis em uma startup é ser persistente, mas isso é algo que se torna mais fácil quando o produto que você está desenvolvendo pode ajudar a melhorar a vida de milhões de pessoas.”

Por Vitor Conceição

E como há de ser, os mais clicados desta semana:

1. Fuxico: Os memes da eliminação de Karol Conká do BBB.

2. Twitter: A Perseverence pousa em Marte.

3. Youtube: Ponto de Partida – Montanha-russa de notícias.

4. Estadão: Pintura de Van Gogh será exibida pela primeira vez em cem anos.

5. G1: UTIs lotadas deixam estados em situação crítica.

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‘Mapa de apoios está desfavorável ao Irã e sua visão de futuro’, diz Abbas Milani

17/04/24 • 11:00

O professor Abbas Milani nasceu no Irã. Foi preso pelo regime do xá Reza Pahlavi. Depois, perseguido pelo regime islâmico do aiatolá Khomeini. Buscou abrigo nos Estados Unidos na década de 1980, de onde nunca deixou de lutar por uma democracia em seu país de origem. Chegou a prestar consultoria a George W. Bush e Barack Obama, numa louvável disposição de colaboração bipartidária. Seu conselho sempre foi o mesmo: o Irã deve se reencontrar com um regime democrático, secular, por sua própria conta. Sem interferências externas.

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