Edição de Sábado: O Fim dos Sindicatos?

A diferença foi de dois para um — ninguém esperava tanto. Há duas semanas, os 1800 empregados de um centro de armazenamento da Amazon, no Alabama, votaram numa proporção de dois para um contra a ideia de formar um sindicato para defender seus interesses. O próprio novo presidente americano, Joe Biden, havia gravado um vídeo em defesa de sindicatos — a campanha foi imensa. “Não foi Wall Street que criou a América”, ele disse. “Foi a classe média. E sindicatos criaram a grande classe média.” Talvez. Mas os empregados não quiseram. Para a maioria, o salário base de US$ 15 a hora é o maior que já haviam recebido, o sólido seguro de saúde é um dos mais completos da região e, em sua maioria jovens, os trabalhadores tiveram dificuldade de enxergar num sindicato alguma vantagem. Não é, para o sindicalismo, uma derrota pequena. A Amazon é hoje o segundo maior empregador americano e nunca uma campanha por sindicalização foi tão intensa. Ainda assim, não deu em nada. Hoje é Primeiro de Maio, Dia do Trabalho em um bom naco do mundo. A transformação do trabalho — assim como das relações trabalhistas — não é um assunto novo cá no Meio. Mas é também um tema com muitos ângulos. A derrota do sindicalismo americano no Alabama mostra a intersecção de alguns deles. A transição de um modelo econômico baseado na manufatura para um de serviços. O fim da Era Industrial e o início da Digital. E, sim, o declínio dos sindicatos.

Dois parágrafos de números ajudam a explicar o fenômeno — só dois parágrafos.

Em 1985, 30% dos trabalhadores em países da OCDE eram sindicalizados. Hoje, apenas 16%. Nos EUA, sede da Amazon, 35% da força de trabalho era sindicalizada em 1954. Hoje, 10,8%. Este é um fenômeno mundial e recente — os números brasileiros mostram. No auge das greves do ABCD, na entrada da década de 1980, 32% dos trabalhadores eram sindicalizados. Em 2012, 16,2%. Quando 2018 entrava, 14,4%. No discurso, líderes sindicais atribuem a queda à mudança de legislação no governo Temer que suspendeu a contribuição sindical obrigatória — um valor descontado automaticamente dos contracheques para financiar os organismos. De fato, a queda não foi pequena. De 2017 para 2018, a arrecadação nacional despencou de R$ 3,64 bilhões para R$ 500 milhões anuais. Mas há um descompasso entre os números e o argumento: a maior queda de afiliados já havia ocorrido nos anos anteriores.

O que explica esta retração na sindicalização talvez seja outro número — este do ABCD. Em finais dos anos 1980, na região onde nasceu o PT nos arredores de São Paulo, havia 363 mil empregados pela indústria manufatureira. Os operários fabricavam automóveis, claro, mas também geladeiras, ferramentas, toda sorte de maquinário. Em 2020, havia 160 mil operários. Nos EUA, entre 1980 e 2000, desapareceram dois milhões de empregos em manufatura. Entre 2000 e 2017, 5,5 milhões. Se a explicação habitual é de que a culpa é da globalização e da exportação das fábricas para a China e outros países da Ásia, os indicadores do governo americano contam outra história. A migração de empregos responde por um quarto desta queda. Isso: 75% destes empregos não foram para lugar nenhum. Simplesmente deixaram de existir.

Estamos em uma era econômica diferente. O emprego em manufatura migrou para o de serviços.

O Primeiro de Maio é celebrado neste dia porque, em princípios de maio de 1886, trabalhadores organizados, em Chicago, cruzaram os braços e fizeram uma passeata na Praça Haymarket cobrando leis que instituíssem um máximo de oito horas de trabalho por dia. A manifestação terminou na morte de grevistas e policiais, mas marcou também aquela que seria, já no século 20, uma das maiores vitórias trabalhistas: legislação que impunha carga horária de oito horas no máximo por dia. Naquele que foi o pior momento da Revolução Industrial, quando pessoas eram abertamente exploradas com salários miseráveis e cargas horárias desumanas, a organização de sindicatos permitiu resistência e deu força contra patrões. Não foi pouca força: garantiu que leis de direitos trabalhistas fossem aprovadas.

Mas há uma diferença fundamental entre aquele momento e o atual. É o digital.

Fred Turner, professor do Departamento de Comunicação da Universidade de Stanford, talvez seja quem melhor explique a transformação. A lógica do mundo da Revolução Industrial é de que, para produzir valor, um grupo de pessoas se reúne em um prédio especializado, no mesmo horário, para juntos, cada qual com sua função, produzir algo. O prédio especializado é uma fábrica. Esta lógica também permite sindicalização. Afinal, reunidas em funções mais ou menos similares, no mesmo local, e por tantas horas, pessoas criam laços de empatia e percebem, umas nas outras, dramas comuns. Sindicatos nascem.

A Revolução Digital propõe um modelo radicalmente distinto pois rompe com as duas principais características do mundo industrial. Não é necessário mais que as pessoas estejam no mesmo local para produzir. Tampouco que trabalhem simultaneamente para cumprir uma tarefa comum.

Os alemães costumam descrever o momento atual como a Quarta Revolução Industrial. A primeira ocorreu com as máquinas a vapor e o início da produção em massa. A segunda foi acelerada pela entrada de eletricidade e petróleo. A terceira, por computadores e o início da automação. A internet marca o surgimento da quarta. A definição de Turner é melhor para compreender o drama dos sindicatos. Se vemos como uma nova fase da ‘Revolução Industrial’, haveria apenas mais um estágio de uma chacoalhada grande no mundo. Mas quando a fábrica deixa de existir como principal potência econômica, há algo maior do que um novo estágio do que existia antes. Há algo novo — algo do tamanho da primeiríssima Revolução Industrial que está em curso. Agora.

É por isto, também, que a aposta do movimento trabalhista na sindicalização dos trabalhadores do armazém da Amazon era alta. Afinal, embora a gigante do e-commerce seja digital, sua natureza exige a distribuição de produtos diversos e em massa. Exige armazéns e, portanto, o bom e velho prédio especializado com pessoas trabalhando ombro a ombro. É exceção neste momento novo, mas uma das exceções que facilitaria sindicalização.

Ainda assim, os trabalhadores disseram não.

Talvez cada vez mais trabalhadores digam não para sindicatos, mas isto não impede o trabalho de estar mais precário. O motivo é aquilo que, em inglês, se chama de gig economy. Uma tradução possível é economia do biscate, mas o termo assim descrito explica mal o fenômeno. Afinal, na gig economy estão do motorista do Uber e entregador da Rappi a designers ou programadores que, podendo trabalhar online por projeto, se tornam nômades digitais circulando o mundo, ganhando muito bem em moeda forte.

As definições para gig economy são maleáveis. Uma possível é a de trabalhadores que são contratados e remunerados por tarefa. E aí está outra diferença do mundo da Indústria para o Digital. Pré-internet, pré-algoritmos, encontrar trabalhadores capacitados para certas funções era difícil. Este é um dos motivos que justificavam, em grandes empresas, a necessidade de garantir a exclusividade de serviços. A outra razão, claro, é que manufatura é trabalho continuado. É preciso botar para fora da fábrica, todo mês, um número certo de fogões. A mão de obra precisa trabalhar constantemente. Mas quando certas habilidades são necessárias às vezes, não sempre, e a internet facilita o encontro de profissionais com talentos específicos, é mais eficiente e barato contratar por tarefa. E aí entra a lei da oferta e demanda — alguns serviços na gig economy são muito bem remunerados. Outros saem por valores baixos — há muito mais oferta do que demanda. É a diferença entre um designer e um motorista de Uber.

A crise é real. Um dos argumentos favoráveis à gig economy é de que oferece oportunidades de renda complementar que não existiam antes. E é verdade. Mas, com a diminuição de empregos em manufatura, para muitos a gig economy vira o único emprego — ou o único subemprego. Não faltam críticos que logo observam: a realidade é que a precarização do trabalho, aliada a um momento de aumento das desigualdades no planeta, faz a civilidade retroceder. É como se estivéssemos aos poucos voltando à realidade do século 19, pré-oito horas, pré-férias garantidas, pré-aposentadoria, em que a exploração do trabalhador voltasse a ser legitimada. Há escravos dos apps espalhados.

Se a degradação das condições de quem trabalha é real, a comparação pode escamotear onde está o problema de fato. “O que encontramos na China é a interseção entre operários muito especializados, robótica sofisticada e mundo da ciência da computação”, disse em um depoimento ao think tank Brookings Institution Tim Cook, CEO da Apple. Não é pelo preço operário-hora que a Apple produz iPhones no País do Centro. É porque lá se encontra algo que é muito raro noutros cantos. Operários bem treinados, engenheiros sofisticados em quantidade e tecnologia de ponta. Seria muito difícil manufaturar iPhones em quantidade fora de lá.

A principal diferença é que o novo tempo exige novas habilidades. Fazer um tubo de escapamento ou mesmo um motor a combustão não é o mesmo que fazer um smartphone. Quem tem estas novas habilidades, e eles são minoria, ganha bem. Quem não foi treinado ganha mal — mas é bom lembrar que as novas habilidades não exigem PhD sempre. Em alguns casos, basta ensino técnico.

O mundo civilizado enfim mergulhou no debate sério sobre desigualdade. Um dos problemas é este: os modelos antigos de representação de trabalhadores não funciona mais. E há um buraco gigante entre a capacitação necessária na Nova Economia e aquela que existe na sociedade.

O Puma que explodiu a linha-dura

No início de 1981, o Brasil caminhava, aos trancos e barrancos, de volta à democracia. O famigerado AI-5 fora revogado em 1978; no ano seguinte, a Lei de Anistia, com todos os seus defeitos, permitiu a volta de exilados e a libertação de presos políticos; a reforma partidária de 1979, embora restritiva, ampliou a representatividade política, com o surgimento de dois partidos abertamente de esquerda, PT e PDT; por fim, aconteceriam no ano seguinte as primeiras eleições gerais (exceto para presidente) desde 1965. Novos governadores e parlamentares seriam escolhidos, com expectativa de crescimento a oposição nos estados e no Legislativo.

Com esse ar de liberdade começando a soprar, a linha-dura do regime estava acuada e, como acontece com todas as feras, tornou-se mais agressiva. Desde o final da década anterior o porão da ditadura fazia atentados a bomba contra bancas de jornais, veículos de imprensa e instituições – um deles, em agosto de 1980, matou Lydia Monteiro da Silva, secretária da presidência da OAB, que abriu uma carta-bomba.

Sob a complacência do general-presidente João Figueiredo, a linha-dura se sentiu livre para executar seu mais ousado ataque, um ato que completou exatos 40 anos na noite de ontem: o atentado do Riocentro. Foi também seu maior fiasco e, mesmo ficando impune, fez retrair o terrorismo militar.

Para quem não conhece, o Riocentro é um imenso espaço de convenções em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio – bem longe do que o centro de seu nome sugere. Naquela noite de 30 de abril, cerca de 10 mil pessoas assistiam a um show de astros da MPB, patrocinado por uma organização ligada ao ainda proscrito PCB, em comemoração ao feriado do dia seguinte. Com o volume do som, pouca gente ouviu a explosão de uma bomba dentro de um carro Puma GT no estacionamento.

Não era para ela ter explodido ali – pelo menos não naquelas circunstâncias. O plano de um grupo de militares, comandado pelo tenente-coronel Freddie Perdigão, era que um artefato menor jogado na casa de força apagasse a luz do Riocentro e que a explosão da bomba do Puma em algum lugar de destaque, possivelmente embaixo do palco, provocasse pânico, que se tornaria tragédia pelo fato de as saídas de emergência estarem trancadas. Para completar o cenário, as iniciais de uma já exterminada organização de esquerda, a VPR, foram pichadas pelos militares em placas de trânsito próximas. Seria o bode expiatório.

Dentro do Puma, porém, o sargento do Exército Guilherme Pereira do Rosário fez algo errado, e o artefato explodiu no seu colo, matando-o na hora e ferindo gravemente o motorista e dono do carro, o capitão Wilson Dias Machado. A bomba da casa de força não atingiu o alvo. Segundo o jornalista Fritz Utzeri, cuja cobertura do atentado lhe rendeu o Prêmio Esso de 1981, haveria também bombas menores dentro do Riocentro, que detonariam para aumentar o pânico. Mas a ação foi abortada, e os artefatos desarmados e levados por militares à paisana.

Como conta Elio Gaspari em A Ditadura Acabada, Figueiredo foi acordado com a notícia de que havia acontecido um “fato gravíssimo”. Animou-se, achando que era um atentado de esquerda, mas logo ficou sabendo da verdade. Seu antecessor, Ernesto Geisel, o mais imperial dos ditadores pós-64, teria desmantelado o aparelho da linha-dura e punido, mesmo que discretamente, os responsáveis. Até porque a Lei da Anistia só valia para crimes políticos cometidos até 1979. Figueiredo, mais fraco e ele mesmo oriundo da chamada “comunidade de informações”, fez o contrário, motivando o ministro da Casa Civil, Golbery do Couto e Silva, a deixar o governo.

Sob o comando do coronel Luiz Antonio do Prado Ribeiro, foi aberto um Inquérito Policial Militar (IPM), mas Ribeiro foi afastado após constatar que Rosário e Machado estavam com a bomba – sua carreira foi prejudicada, e ele jamais chegou a general. Em seu lugar entrou o também coronel Job Lorena de Sant'Anna, que discursara no enterro do sargento e assumiu a investigação com o objetivo de “provar” que os militares foram vítimas de um atentado de esquerdistas, com a bomba tendo sido colocada por estes embaixo do carro.

O esforço para acobertar a responsabilidade dos militares no atentado ultrapassou as raias do ridículo. A foto do sargento com o abdome dilacerado não deixava dúvidas sobre onde a bomba estava. Assim, ao apresentar seu “relatório” à imprensa, o coronel Job exibiu a imagem escondendo o ferimento com uma tarja preta que, em escala, tinha 1,2m, sob a justificativa de ocultar o pênis exposto do sargento Rosário. No Pasquim, o genial Fausto Wolff (1940-2008) não perdoou e cunhou a expressão “Sargento Meia-Bomba”, uma vez que o corpo humano não tem sangue suficiente para manter uma ereção num falo daquele tamanho.

Mesmo assim, prevaleceu a versão oficial, e o IMP já chegou ao Superior Tribunal Militar (STM) com pedido de arquivamento. Somente um integrante do tribunal, almirante de esquadra Júlio de Sá Bierrenbach, votou contra, classificando o inquérito como “uma farsa”.

Foram necessários 18 anos para que, com o surgimento de novas testemunhas, outro IPM declarasse a culpa dos militares e apontasse a cadeia de comando da operação, mas o STM o arquivou, alegando que uma decisão anterior da corte havia enquadrado o caso na Lei da Anistia.

A despeito da impunidade e das posteriores promoções dos envolvidos – Machado chegou a coronel –, o atentado ao Riocentro foi um ponto de inflexão, com a linha-dura voltando ao porão, um presidente civil assumindo em 1985 e uma Constituição ativamente democrática sendo promulgada três anos depois. Bombas não contiveram a volta da democracia, embora até hoje exista quem deseje o contrário.

Confira mais detalhes no relatório da Comissão Nacional da Verdade sobre o atentado.

35 anos de Chernobyl

Ataques à ciência, milhares de mortes e descaso pelos líderes. Poderia ser facilmente a descrição da situação atual. Mas também era o cenário há 35 anos quando, no dia 26 de abril em 1986, testes de rotina em Chernobyl, na Ucrânia, causaram o maior desastre nuclear da história.

Em meio a Guerra Fria, o desastre foi o resultado de uma combinação: falha no reator RBMK, desenvolvido pela URSS, e descaso pela segurança, que levou a diversos erros dos operadores. Na madrugada daquele dia, começaram testes para ver se o sistema de resfriamento de água de emergência funcionaria durante uma queda de energia. Três testes desse tipo já haviam sido feitos em anos anteriores, sem qualquer resultado. Por isso, foi tratado como algo comum e no dia não teve aprovação dos responsáveis pela criação do reator, apenas do diretor geral da usina. E, mesmo assim, nada passou pelos procedimentos exigidos — os sistemas de segurança automáticos que normalmente teriam entrado em ação não funcionaram na hora do acidente porque foram desligados antes do teste. O resultado veio em questões de segundos: duas explosões nos reatores, causando a morte de dois funcionários e a liberação de 400 vezes mais radiação do que a bomba atômica lançada em Hiroshima.

O encobrimento que se seguiu à população local e à comunidade internacional só tornou o desastre pior do que já era. O então líder soviético Mikhail Gorbachev diria mais tarde que o desastre de Chernobyl “ainda mais do que meu lançamento da perestroika [programa de reforma liberal], foi talvez a verdadeira causa do colapso da União Soviética cinco anos depois”. Isso porque o desastre levou a glasnost, a abertura da mídia soviética, que começou a expor as falhas da URSS, desencadeando reações negativas.

O governo até tentou conter: cortou as redes de telefonia, e os engenheiros e funcionários da usina nuclear foram proibidos de compartilhar informações sobre o que aconteceu com seus amigos e familiares.

Ao mesmo tempo, a comunidade científica lutava para controlar os danos. Um dos grandes nomes foi o químico Valery Legasov, chefe da comissão que agiu contra o acidente e foi retratado na série da HBO Chernobyl. Legasov pediu evacuação imediata, o que demorou dois dias para o governo atender o pedido. Enquanto isso, bombeiros tentavam apagar o fogo, sem qualquer proteção contra radiação, e a população em Pripyat, cidade mais próxima, vivia sua vida normalmente. Ele ainda pediu o cancelamento da celebração de 1 de maio que aconteceria em Kiev. Mais uma vez sua solicitação foi negada e milhares de pessoas participaram sem ter ideia do risco que corriam.

A declaração oficial sobre o acidente em escala global só veio dois dias depois quando a Suécia identificou níveis de radiação excepcionalmente altos perto de sua usina em Estocolmo. O “anúncio”, no entanto, foi uma notícia de 15 segundos em um jornal que não informava sobre a gravidade do acidente, a evacuação ou o número de mortes.

A responsabilidade por Chernobyl caiu sob Viktor Bryukhanov, gerente da usina, Nikolai Fomin, engenheiro-chefe e Anatoly Dyatlov, engenheiro-chefe adjunto, que foram condenados a 10 anos de prisão em 1987. Mas isso não significou que o governo soviético resolveu o problema. O cientista Legasov denunciou na Agência Internacional de Energia Atômica que além do erro humano, havia falhas no reator RBMK, com 16 outros em operação pelo país. Seu alarme não só foi ignorado, mas ele foi boicotado pelo governo soviético até que se suicidou em 1988.

Essa sequência de erros matou 30 pessoas no momento do acidente e ainda pelo menos 125 mil morreram devido aos efeitos da radiação, segundo o governo da Ucrânia em 1995. A usina continuou em operação com seus outros três reatores até o ano 2000, quando o local foi abandonado e seu entorno virou uma cidade fantasma. Não deve ser seguro morar por lá pelo menos nos próximos 24 mil anos.

Algumas fotos de Chernobyl ao longo dos anos. Confira.

A série da HBO sobre o desastre. Assista.

E o livro Vozes de Chernobyl - A História Oral do Desastre Nuclear (Amazon).

4 galerias para curtir com calma

E para fechar essa edição com um pouco de leveza, selecionamos quatro galerias de belas fotos para serem curtidas com calma:

La Verne Ford Wimberly é uma educadora aposentada, com 82 anos, moradora de Tulsa, no Arizona. Desde 29 de Março de 2020, por conta da pandemia, passou a ter de frequentar os cultos da Igreja Batista Metropolitana através de conferências por Zoom. Diferente de muitos, que aproveitam que estão em casa para ficar com roupas confortáveis, a Sra Wimberly faz questão de se vestir todo domingo com elegância para entrar na conferência. E sempre, após o culto, posta para seus amigos no Facebook uma selfie com o seu look, portando chamativos chapéus que combinam com os bem cortados terninhos. Um luxo para estes tempos de afastamento social.

Pink Lady é o nome de um dos mais prestigiados prêmios de fotografia culinária do mundo. Essa semana anunciou os vencedores da edição de 2021. O fotógrafo chinês Li Huaifeng levou o prêmio principal com uma foto de uma família preparando uma refeição em um humilde fogão à lenha. O uso da luz e a composição da foto remetem a pinturas clássicas. Nesta galeria, além da foto vencedora do concurso geral, também os premiados nas outras categorias.

Por falar em prêmios, foram divulgadas as fotos selecionadas como finalistas do concurso de fotografia contemporânea africana. Um grande caldeirão de contraste de cores, culturas e pessoas de todo o continente.

E para os amantes da arquitetura, a National Geographic selecionou 20 fotos de maravilhas espalhadas pelo mundo. De construções modernas e geométricas em lugares como Tóquio, Nova York e Berlim a detalhes sinuosos de um palácio no Irã. Do hipnótico teto de fractais da Universidade de Marmara na Turquia a uma paisagem de escadas na índia que mais parece um quadro de Escher. Uma viagem pelo mundo, sem sair de casa.

E antes de terminar, os mais clicados da semana:

1. O Globo: Quanto espaço um cemitério para 400 mil pessoas ocuparia em algumas das principais capitais do Brasil.

2. Vanity Fair: As fotos do tapete vermelho do Oscar 2021.

3. Folha: Como assistir aos principais vencedores do Oscar no streaming e no cinema.

4. Poder360: Governo lista 23 acusações que podem ser abordadas na CPI da Covid.

5. Folha: Quem não ganha o Oscar é perdedor?

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24/04/24 • 11:00

Em seu café da manhã com jornalistas, na terça-feira desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que a extrema direita nasceu, no Brasil, em 2013. Ele vê nas Jornadas de Junho daquele ano a explosão do caos em que o país foi mergulhado a partir dali. Mais de dez anos passados, Lula ainda não compreendeu que não era o bolsonarismo que estava nas ruas brasileiras naquele momento. E, no entanto, seu diagnóstico não está de todo errado. Porque algo aconteceu, sim, em 2013. O que aconteceu está diretamente ligado ao caos em que o Brasil mergulhou e explica muito do desacerto político que vivemos não só em Brasília mas em toda a sociedade. Em 2013, Twitter e Facebook instalaram algoritmos para determinar o que vemos ao entrar nas duas redes sociais.

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