Edição de Sábado: O método Netanyahu de governar

Sheikh Jarrah, um bairro muçulmano em Jerusalém Oriental, começou a ser povoado na segunda metade do século 19 bem próximo do túmulo de Hussam al-Din al-Jarrahi, médico particular de Nácer Saladim, o sultão de Egito e Síria que venceu os cruzados do rei Ricardo Coração de Leão. Faz tempo — foi na década de 1170. Mas o nome de al-Jarrahi se tornou nome do bairro. Sheikh Jarrah. Ao menos, o nome para alguns. Não longe dali fica outro túmulo, o de Simão, o Justo, sumo-sacerdote do Segundo Templo duzentos ou trezentos anos antes de Cristo — a data não é certa. Para muitos judeus, principalmente religiosos, o bairro tem este nome. Simão, o Justo. Shimon HaTzadik. Quando o casario começou a subir, entre os anos de 1860 e 70, judeus e árabes moravam lado a lado. Muito aconteceu desde então. Em sua curta história numa cidade de quatro mil anos, o bairro foi parte de quatro países distintos. Nasceu no Império Otomano, então passou a protetorado britânico. Com a fundação de Israel, após a Batalha de Jerusalém, caiu do outro lado e se tornou um pedaço da Jordânia. Desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, está em Israel. E é por conta de quatro casas em Sheikh Jarrah que explodiu o novo conflito que já custou a vida de 137 palestinos e oito israelenses até a manhã deste sábado.

É por conta destas quatro casas mas também por conta luta por sobrevivência política do premiê israelense, Benjamin Netanyahu.

No último dia 5 de maio, o presidente israelense Reuven Rivlin chamou a seu gabinete o deputado Yair Lapid, um liberal centrista que de um carismático jornalista de TV se tornou líder da oposição, e determinou que formasse uma coalizão de governo. Por uma margem muito estreita, ele tem a chance de reunir parlamentares o suficiente para enfim, após 12 anos, substituir Benjamin Netanyahu no comando do país.

No dia seguinte, 6 de maio, manifestantes árabes enfrentaram forças policiais israelenses em Sheikh Jarrah — era a noite de Laylat al-Qadr, o mais importante dia do mês sagrado muçulmano do Ramadã. A tensão estava alta pois se aproximava a decisão da Suprema Corte a respeito de uma disputa que dura já anos sobre quem é o verdadeiro dono das quatro casas em Sheikh Jarrah. Aí, no dia 9, o procurador-geral de Israel pediu aos ministros da Corte que adiassem sua decisão. Eles concordaram. Era Yom Yerushalayim, Dia de Jerusalém, quando se celebra a reunificação da Cidade Sagrada feita após a guerra de 1967. Tradicionalmente, israelenses desfilam pelas ruas levantando centenas, às vezes milhares de bandeiras nacionais. Naquela noite, enquanto a polícia protegia o desfile, manifestantes árabes atiravam pedras. E então, longe dali, na Faixa de Gaza, o Hamas começou a disparar foguetes. Quando amanheceu o dia 10, israelenses com suas bandeiras cruzaram o Portão de Damasco, uma das entradas da Cidade Velha de Jerusalém e caminho para o Monte do Templo judeu onde fica a mesquita de al-Aqsa, a terceira mais importante do Islã.

Um portão que passou abril, ninguém sabe explicar bem por que, com barreiras policiais. O governo não explica por que decidiu dificultar por tanto tempo acesso de muçulmanos à mesquita. Palestinos consideraram o ato uma provocação — e provocação ainda maior quando, mal liberado o acesso, israelenses atravessaram o portão com suas bandeiras. Mais foguetes vieram de Gaza. Israel começou a responder com mísseis.

A lei israelense é dura com os palestinos de Jerusalém. Judeus podem pedir na Justiça reintegração de posse das casas e terrenos que perderam quando a cidade foi dividida, após a fundação do país, em 1948. O mesmo não vale para os árabes. A ONU considera a lei ilegal. Uma forma de lentamente expulsar da cidade os palestinos que correspondem a quase 40% da população — e as quatro famílias no centro deste caso têm uma história típica que se tornou simbólica de todos os palestinos. Antes de 1948, viviam em Jerusalém Ocidental. Foram expulsas. Na década de 1950, a ONU ofereceu a elas casas definitivas no outro lado da cidade em troca de que abrissem mão de seu status de refugiadas. As famílias têm este documento. É a validade deste documento e a autoridade da ONU em concedê-lo que está em disputa na Corte. Os palestinos perderam nas outras instâncias. Do outro lado da briga há uma companhia que adquiriu os direitos à terra das famílias que viviam na região antes da guerra de fundação. A companhia, Nahalat Shimon International, representa um grupo religioso que defende a plena ocupação da cidade por judeus.

E já morreram 137 palestinos e oito israelenses.

Há décadas a política israelense vive em círculos em função destas pequenas disputas. Uma pesquisa realizada em março revelou que 42% dos israelenses são favoráveis a um acordo de paz que separe enfim o país em dois para que surja um Estado Palestino autônomo; 14% defendem que Israel incorpore Gaza, Cisjordânia, e que neste país árabes tenham menos direitos do que judeus. E 13% desejam um só país, com direitos plenos para todos.

Quatro anos atrás, 68% dos israelenses defendiam o plano de paz com dois Estados independentes.

Esta deterioração do apoio a um plano de paz tem tudo a ver com a dobradinha entre o governo americano de Donald Trump e o de Netanyahu. Mas tem mais a ver com outro processo que surgiu após o brutal assassinato do premiê Yitzhak Rabin, em 1995, quando ele avançava com amplo apoio popular na direção de fechar um acordo de paz. O assassino, um jovem judeu religioso radicalizado, provavelmente não tinha ideia do tamanho da transformação que ia disparar.

Desde a fundação, Israel teve sempre no máximo dois grandes partidos dominantes. Nas últimas décadas do século 20, à centro-esquerda, o HaAvoda, ou Partido Trabalhista. E, à centro-direita, o Likud. Mas, a partir da virada do século, as duas siglas tradicionais perderam muito do apoio. A expectativa de que um acordo final com palestinos estava próximo entrou em colapso após a morte de Rabin e outra tendência se consolidou: a diminuição do voto jovem, cada vez mais cínico sobre as possibilidades de paz. Lentamente, a desilusão se esgueirou e se espalhou pela sociedade.

Foi neste cenário que Bibi Netanyahu se firmou, ao se eleger em 2009. Não era um novato na política — já havia ocupado o cargo entre 1996 e 99. Mas, neste segundo mandato, Netanyahu se mostrou um mestre na costura de coalizões cada vez mais improváveis. Às vezes com a direita radical, noutras com partidos de centro. Sempre houve muitos partidos, mas o voto israelense começou a se mostrar cada vez mais fragmentado, revelando uma sociedade incapaz de se unir no entorno de uma, ou poucas, visões de nação. Há partidos religiosos não-sionistas, religiosos sionistas, conservadores laicos, partidos liberais, legendas árabes, e partidos de esquerda que vão de social-democratas a verdes a nacionalistas-trabalhistas e até dois deputados comunistas dentre o total de 120 assentos no Knesset, o Parlamento.

Na última eleição, em março deste ano, o Likud de Netanyahu fez 29 cadeiras, o Yesh Atid de Lapid fez 17, e nenhuma das outras 13 legendas e alianças conquistou mais do que nove. Nenhum partido teve mais do que um quarto dos votos. Para formar governo é preciso construir uma coalizão de 61 votos, pelo menos.

Quando Rabin foi eleito premiê, em 1992, seu Partido Trabalhista fez 44 cadeiras e, o Likud, 32. Juntas, as duas legendas conquistaram mais de 60% dos votos.

Foi por conseguir formar estas grandes alianças com nanicos que Netanyahu se manteve no poder desde então. Não é à toa que ganhou, entre outros, o apelido de melekh yisrael — rei de Israel. Em uma de suas muitas reeleições, em abril de 2019, Bibi bateu o recorde de longevidade no poder que antes pertencia ao fundador do país, David ben-Gurion. Suas armas políticas são algumas. A total maleabilidade ideológica, e a decisão consciente de não mais buscar um acordo de paz. Com ele no governo, a política de Israel mudou. Ao invés de negociar seriamente, seu governo tem gerido a relação com a minoria árabe de crise em crise. A que estourou esta semana é mais uma de muitas, sempre previsíveis.

Gerir a crise sem negociar um acordo final tira do governo a obrigação de ceder aos palestinos e dá, a Netanyahu, capacidade de ceder na outra ponta, à direita nacionalista, seja religiosa, seja laica. Ou seja: um movimento de retirada de direitos da população árabe e de avanço dos assentamentos judaicos em áreas da futura Palestina se deu nos últimos dez anos. Novos assentamentos têm custo em negociações futuras, pois dificultarão traçar fronteiras do que poderá vir a ser um dia o país Palestina. Mas no parlamento fragmentado, sustentam o poder de Bibi. E este é o ponto principal que faz o cientista político Itzhak Galnoor, professor emérito da Universidade Hebraica de Jerusalém, a ver em Israel uma democracia em decadência.

Afinal, a garantia de plenos direitos a minorias é um traço determinante para definir uma democracia liberal plena. A exemplo da Hungria ou da Polônia, Israel segue tendo eleições frequentes e livres. São os direitos — aquele componente liberal das democracias plenas — que vêm sendo corroídos por dentro. A exemplo de populistas similares como Donald Trump e nosso Jair Bolsonaro, o grupo político de Netanyahu também faz pleno uso das redes sociais para espalhar fake news. Só nos últimos dias, circularam vídeos falsos que afirmavam que palestinos fingiam enterrar corpos inexistentes, além de inúmeras imagens também falsas de árabes disparando foguetes. O Twitter chegou a marcar como falsas postagens do porta-voz de Netanyahu, Ofir Gendelman. Os ataques à imprensa também se tornaram praxe.

É neste cenário confuso, de conflito aberto, que o líder da oposição, Yair Lapid, tentará formar gabinete. Pela primeira vez em muitas décadas, a oposição se sente à vontade de atacar o governo mesmo em momento de troca de fogo. Acusa Netanyahu de promover violência para inviabilizar o processo sucessório. Mas não é só por poder que Bibi briga — em abril ele foi formalmente indiciado pela procuradoria-geral por corrupção. Usou seu poder para beneficiar um grande grupo de imprensa em troca de cobertura favorável do governo.

A missão de Lapid não é simples. E Netanyahu já pareceu próximo da derrota muitas vezes.

Drogas psicodélicas dão a volta por cima

“O remédio para a alma.” Foi assim que o químico suíço Albert Hofmann (1906-2008), às vésperas de completar cem anos, descreveu sua mais famosa descoberta, a dietilamida do ácido lisérgico, popularmente conhecida pela sigla em alemão LSD. O cientista morreu dois anos depois sem jamais aceitar que sua criação fosse proscrita como entorpecente em todo o mundo e não usada como ferramenta terapêutica. Bem, se tivesse vivido mais uma década, Hofmann estaria vingado. Hoje, drogas psicodélicas se apresentam como a nova fronteira dos tratamentos psiquiátricos e atraem milhões de dólares em investimentos – embora continuem ilegais.

No início desta semana, a revista Nature, uma das mais respeitadas revistas científicas do mundo, publicou o resultado de uma pesquisa sobre o uso da 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA, ou mais popularmente, ecstasy) em pacientes com síndrome de estresse pós-traumático. Claro, a droga não é consumida como nas raves, mas de forma assistida e acompanhada de sessões de psicoterapia – e sem música eletrônica.

Uma semana antes, o igualmente prestigiado New England Journal of Medicine publicou um estudo sobre o tratamento da depressão comparando a psilocibina, princípio ativo dos “cogumelos mágicos” popularizados pela obra de Carlos Castañeda (1925-1998), com o popular medicamento Escitalopram. Adivinhem. Os cogumelos foram mais eficientes.

É a redenção de profissionais como o psicólogo Rick Doblin, responsável pelo estudo publicado pela Nature, que há 40 anos rema contra a maré estudando as possibilidades terapêuticas das drogas psicodélicas. Hoje ele comanda a Associação Multidisciplinar Para Estudos Psicodélicos (MAPS, na sigla em inglês), um conglomerado de pesquisa irrigado por fundos de Wall Street que veem nas drogas psicodélicas o futuro da psiquiatria. Segundo o New York Times, a expectativa é que a Agência para Drogas e Alimentos (FDA, a Anvisa americana) libere medicamentos baseados em MDMA em 2023 e os de psilocibina até dois anos depois.

Não que estudos sobre o uso terapêutico de psicodélicos sejam novidade. Entre 1960 e 1963, o psicólogo Timothy Leary (1920-1996), que já conduzia experiências do gênero em Harvard, desenvolveu um experimento com detentos da prisão de Concord, em Massachusetts. Segundo seu levantamento, o grupo de presos submetidos voluntariamente ao tratamento com drogas psicodélicas teve uma taxa de reincidência no crime de 20%, contra 60% da média do presídio. Leary, porém, acabou demitido de Harvard e enfrentou uma brutal perseguição pelo governo dos EUA.

E o LSD, que iniciou esta conversa? Bem, há alguns anos ele se tornou, em doses controladas, o motor da criatividade no Vale do Silício. Profissionais das Big Techs descobriram que pequenas quantidades do ácido podem provocar insights impossíveis em estados normais de consciência. Claro, há que se ter limites. No fim de abril, Justin Zhu, CEO da startup Iterable, foi demitido após, supostamente, tomar uma dose de LSD antes de uma reunião com investidores. Confundir possíveis parceiros comerciais com elefantes roxos pode não ser uma boa ideia.

Mas vamos combinar que psicodelismo não é só medicina. Ele contribuiu muito para a arte, a começar pelo livro As Portas da Percepção, de Aldous Huxley. White Rabbit (YouTube), do Jefferson Airplane, The End (YouTube), de The Doors, e Set The Controls For The Heart Of The Sun (YouTube), do Pink Floyd, que o digam.

Os 40 anos da MTV

Era meia noite do dia 31 de julho de 1981, as barras coloridas da TV deram lugar a imagens de um ônibus espacial se preparando para decolar enquanto no áudio rolava a tradicional contagem regressiva do controle de missão da Nasa. Nos primeiros segundos do dia primeiro de agosto ele decola, a imagem mostra uma capsula lunar na lua, um astronauta desce pela escada e uma voz surge: — Senhores e senhoras: Rock and Roll! Nas mãos do astronauta uma bandeira escrito MTV. Segue-se uma vinheta de animação, desenhada à mão, com o hoje tradicional logo trocando de cores, já mostrando o caminho do que viria ser uma nova estética para aquela década que começara há pouco. Toca então o primeiro clipe do novo canal de TV que prometia uma revolução. A escolha não poderia ser melhor, uma espetada na velha mídia: Video killed the radio star, do Buggles. Pois é, a MTV está completando 40 anos. E diferentemente do que seria comum pensar hoje, não houve uma grande festa de lançamento com celebridades, papparazzies e a turma de Wall Street. A criação da MTV é uma história feita por um verdadeiro Exército de Brancaleone e por pouco não deu muito errado. Essa é a história que Rob Tannenbaum, autor de I Want My MTV: The Uncensored Story of the Music Video Revolution (Amazon), conta na última edição da Vanity Fair.

Rob Tannenbaum: “O lançamento da MTV gerou muito ceticismo e motivou piadas nos escritórios da indústria de TV, música e publicidade na época. Antes do lançamento, apenas algumas dezenas de pessoas acreditavam no sucesso e todas trabalhavam na própria MTV. A equipe era formada por uma turma meio esquisitona, a maioria sem nenhuma experiência em televisão, aprendendo enquanto faziam. No dia do lançamento, a equipe teve que atravessar de Manhattan, onde ficava o escritório, para Fort Lee, em Nova Jersey, para assistir a estréia. Nenhum operador de cabo de Nova York tinha aceitado transmitir o canal. Tinham algo em torno de 200 clipes diferentes e, para ocupar as 24 horas de programação, precisavam repetir o mesmo clipe diversas vezes por dia. O modelo de negócios parecia brilhante, venderiam publicidade para um conteúdo produzido e financiado pelas gravadoras, mas precisavam de audiência para que o modelo funcionasse. No primeiro ano venderam apenas US$ 500 mil em anúncios, tiveram um prejuízo de US$ 50 milhões. Pediram mais dinheiro para seus investidores, uma joint-venture entre a Warner Communications e a American Express. Conseguiram apenas mais US$ 2 milhões de dólares junto do recado de que a paciência com a aventura estava acabando. Bob Pittman, um dos fundadores do canal, resolveu apostar e colocar todo a grana em uma campanha publicitária em que nomes como Mick Jagger, Pete Towshend e David Bowie incentivavam as pessoas a ligar para seus operadores de cabo e exigir que transmitissem a MTV. A garotada aderiu em massa e o volume de pedidos fez com que até os mais conservadores operadores passassem a distribuir o canal. A audiência apareceu, os anunciantes vieram atrás e as gravadoras toparam bancar a produção de clipes pois a veiculação deles na MTV aumentava a venda de discos.”

“O timming foi perfeito, 1984 foi um dos melhores anos da história da música pop e quase todo hit tinha seu clipe. Os orçamentos cresceram, a qualidade da produção melhorou, uma série de clichês e posturas foram sendo criados. Os clipes disseminavam ideias novas para a época: sexo, discussões de gênero, homens com maquiagem nos olhos. Toda uma nova cena se abria para jovens que não se identificavam com o que viam na CNN ou CBS. Mas talvez o maior responsável pela explosão da MTV tenha sido uma pessoa que não se encaixava no formato original do canal: Michael Jackson. Até hoje a MTV é acusada de racismo por ter recusado inicialmente o clipe de Billie Jean, transmitindo ele apenas dois meses após seu lançamento, quando a música chegou ao primeiro lugar das paradas da Billboard. Nas semanas seguintes, Billie Jean e Beat It tocaram de forma repetida no canal. Veio então Thriller, o clipe mais caro e complexo produzido até então. A MTV o tocava de hora em hora, a audiência subia como foguete. Como diz John Sykes, outro dos executivos fundadores, Michael Jackson foi o que fez a MTV passar de grande a gigante.”

Assista: As primeiras duas horas de programação da MTV.

A MTV estreou no Brasil em outubro de 1990 transmitindo inicialmente em canais UHF, quem viveu aquela época certamente se lembra de instalar imensas antenas na janela para conseguir finalmente assistir a canais diferentes dos 4 ou 5 que existiam na TV aberta brasileira. Foi na MTV Brasil que diversos apresentadores conhecidos hoje começaram carreira, gente como Zeca Camargo, Astrid Fontenelle, Thunderbird entre outros.

Assista: uma coletânea cronológica com as famosas vinhetas da MTV Brasil entre 1990 e 2013.

E os mais clicados de uma semana um tanto quanto política:

1. Congresso em Foco: A campanha contra o isolamento que Wajngarten negou existir.

2. Poder 360: Tratoraço de Bolsonaro vira meme nas redes.

3. CNN Brasil: Executivo da Pfizer declara que empresa fez 3 ofertas de vacina ao Brasil em agosto passado.

4. Tecmundo: Amazon inaugura loja de compras internacionais no Brasil com frete gratuito.

5. UOL: Anatel usa AI para recomendar a melhor operadora de banda larga ou celular para contratar.

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A rede social perfeita para democracias

24/04/24 • 11:00

Em seu café da manhã com jornalistas, na terça-feira desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que a extrema direita nasceu, no Brasil, em 2013. Ele vê nas Jornadas de Junho daquele ano a explosão do caos em que o país foi mergulhado a partir dali. Mais de dez anos passados, Lula ainda não compreendeu que não era o bolsonarismo que estava nas ruas brasileiras naquele momento. E, no entanto, seu diagnóstico não está de todo errado. Porque algo aconteceu, sim, em 2013. O que aconteceu está diretamente ligado ao caos em que o Brasil mergulhou e explica muito do desacerto político que vivemos não só em Brasília mas em toda a sociedade. Em 2013, Twitter e Facebook instalaram algoritmos para determinar o que vemos ao entrar nas duas redes sociais.

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