Prezadas leitoras, caros leitores —

Estamos iniciando uma fase nova cá nas edições de Sábado. Vez por outra, convidaremos jornalistas experientes para que façam aquilo que nossa equipe não é capaz de fazer na loucura do noticiário cotidiano — tirar um tempo grande para fazer muitas entrevistas e, a partir delas, construir uma reportagem especial.

Conseguimos passar a fazer isso, principalmente, graças às assinaturas premium de vocês. Elas fazem muita diferença. Obrigadíssimo.

Esta semana, a veterana jornalista carioca Letícia Helena fez justamente este esforço. No texto que abre esta edição vocês lerão o neurocientista Sidarta Ribeiro contando como, para algumas pessoas, discursos explorando preconceitos aliados, quando se encontram com uma falta de ‘flexibilidade cognitiva’, enrigece a visão de mundo. É como se as pessoas congelassem. Empacassem. Não fossem mais permeáveis a informações novas.

Estes são preconceitos de classe e de cor profundamente ancorados na história brasileira, identifica o jornalista Cesar Calejon. A pequena distribuição de renda que ocorreu entre o Plano Real e o Bolsa Família já foi suficiente para assustar muitos dentre nós vê o cientista político Oswaldo do Amaral. E Márcia Cavallaria Nunes, antes CEO do Ibope Inteligência, hoje do Ipec, logo ressalta. A avaliação governo pode ter caído dez pontos, mas a do presidente diminuiu apenas seis.

Existe uma palavra que Letícia não usa em sua reportagem, mas que é tema da nota que a segue, assinada pelo editor Pedro Doria. Houve, entre alguns de nós brasileiros, um processo que psicólogos chamam de radicalização. Não quer dizer que estas pessoas se tornarão terroristas, mas é o caminho que parte da adoção de visões cada vez mais extremistas e que afeta crenças, emoções e em alguns casos comportamento.

Entender o que está acontecendo é o único caminho para desbolsonarizar. Porque, a partir da compreensão, só tem um jeito. Ouvir muito, com empatia, não fazer pouco das crenças, e argumentar com calma aceitando ao menos algumas das premissas dadas. Pessoas de direita não vão mudar para a esquerda. Mas podem aos poucos flexibilizar.

E, se ainda assim não der certo, lembra o editor Leonardo Pimentel, há outras táticas para atingir objetivos pontuais. Os EUA estão inovando nos argumentos para que pessoas que resistem a vacinas encarem a agulha. Até bilhete de loteria ganham.

— Os editores

Edição de Sábado: A difícil arte de virar votos bolsonaristas

Tudo que é sólido se desmancha no ar. Será? Quem acompanha o Brasil de 2021 pode duvidar da eficácia do conceito cunhado por Karl Marx e Friedrich Engels em 1848, no celebrado (por alguns execrado) Manifesto Comunista. Os 23% de brasileiros que pretendem votar no presidente Jair Bolsonaro em 2022, segundo a última pesquisa do Ipec, publicada em junho, deixam claro que o bolsonarismo raiz parece sólido e muito distante de se desmanchar no ar. Mas atenção. Dizem os especialistas que há caminhos para atingir o núcleo duro de fiéis seguidores do presidente e, quem sabe, virar votos. Primeiro passo: ser mais flexível e exercer a tolerância e a escuta.

“Precisamos buscar aquele parente ou amigo com quem a gente brigou por causa das divergências políticas e falar: em vez de ficar aqui discutindo, vamos sentar e pensar no que é melhor para o país?”, propõe o neurocientista Sidarta Ribeiro, professor do Instituto do Cérebro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Na avaliação de Ribeiro, é preciso entender que o bolsonarismo cresceu em torno de falsas crenças alimentadas por um circuito próprio de informações, no qual comportamentos e falas preconceituosas e a falta de empatia em geral “tocam no nervo” de indivíduos que se sentem representados. Dessa maneira e com uma certa carência de flexibilidade cognitiva, que lhes permita buscar referências de qualidade para fundamentar conceitos, muitos bolsonaristas acabam deixando transparecer uma dificuldade de mudar sua visão de mundo.

“O Bolsonaro construiu uma persona política que toca fundo na alma podre brasileira. Todo o escravismo, misoginia, destruição de culturas africanas e indígenas, opressão à mulher. Mas aí também está o processo da cura. Lidar com essa alma podre”, observa ele.

Na prática, essa visão de mundo está ancorada em temas muito caros ao bolsonarismo, como a preservação dos valores familiares, a criminalidade e o combate à corrupção. São questões que quem quiser se sentar à mesa para conversar com um bolsonarista raiz precisará abordar e com propostas concretas.

“Eu concordo com tudo que ele defende”, diz a corretora de seguros Marcia Moreira de Souza, de 65 anos, viúva, sem filhos. “É honesto, defende a família e acabou com muitas mamatas. Falam coisas por aí, mas não acredito. Eu só lamento que nem ele está conseguindo criar leis penais mais duras”, diz ela, que gostaria de por fim ao benefício da prisão em flagrante e aos indultos.

Autor de A ascensão do bolsonarismo no Brasil do século XXI, o jornalista e escritor Cesar Calejon aponta cinco pilares na eleição de Bolsonaro em 2018: o antipetismo, o elitismo histórico e cultural, oriundo da formação da sociedade brasileira; o dogma religioso, refletido no crescimento das igrejas neopentecostais; a rejeição ao sistema; e as novas ferramentas e estratégias de comunicação. Embora a disseminação de fake news continue a todo vapor, estimulando a cultura do ódio, ele acredita que apenas dois desses fatores sustentam as colunas bolsonaristas.

“Os 23% que, hoje, dizem que votariam nele em 2022, estão escorados em duas forças: o elitismo histórico e cultural e o dogma religioso. E não é fácil criar pontos de contato porque estamos falando de parâmetros cuja natureza é naturalmente refratária a mudanças. Tal e qual a retina do olho humano, quando mais você tenta jogar luz, mas ela se fecha. Agora, para atingir esse público, é preciso saber exatamente com quem falar. Um pastor, hétero e branco, com domínio da narrativa, será muito mais inatingível por um discurso progressista do que uma mulher que sofre a opressão de todos os lados em seu cotidiano”, exemplifica.

Talvez esteja aí a explicação para um fenômeno retratado nas pesquisas da eleição de 2018 e que pouco mudou de lá para cá: o eleitor mais fiel do presidente é homem, branco, evangélico, tem nível superior, renda acima de cinco salários mínimos e, majoritariamente, vive nas regiões Sul, Norte e Centro-Oeste. Esse é o público mais refratário a argumentos referentes às denúncias de corrupção surgidas na CPI da Covid, à conturbada política sanitária do governo federal durante a pandemia e aos tropeços na economia, com o dólar na casa dos R$ 5 e o desemprego recorde de 14,7%.

“O presidente mantém o público que deu força para sua campanha na eleição passada. Nesse universo, ele continua firme e forte”, diz Márcia Cavallari Nunes, CEO do Ipec.

O empresário Eduardo Vieira, de 52 anos, carioca, é um bom representante desse grupo. Ele votou em Bolsonaro em 2018 e não tem a menor dúvida de que repetirá a escolha no ano que vem. Católico, considera que a crise sanitária foi bem conduzida pelo presidente e duvida de que mais de 500 mil brasileiros morreram de Covid-19. Não tomou e nem pretende tomar a vacina, embora tenha perdido pessoas próximas para a doença. Vieira gostaria que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, tomasse medidas mais efetivas contra a presença do Estado em todos os setores. Para se informar, busca “geradores de conteúdo específico”, sempre no espectro conservador. O empresário se diz liberal e considera que todo cidadão tem o direito de fazer o que quiser de sua vida, mas critica o excesso de divulgação de comportamentos que vão de encontro aos valores que prega, em especial os relativos à sexualidade e à família.

“O conservadorismo é uma ode à vida normal, com zero de intolerância. Não vejo problema em um par homossexual, mas não pode ser chamado de casal, porque casal, desde sempre, pressupõe um homem e uma mulher. Também acho que, dentro de casa, você pode fazer o que quiser, viver com quantas pessoas quiser. Só que vai uma distância entre o seu direito individual e a propaganda do poliamor”, explica Vieira.

O discurso não surpreende o professor Oswaldo M.E. do Amaral, coordenador do Grupo de Investigación de Partidos y Sistemas de Partidos en América Latina (Gipsal) da Associação Latinoamericana de Ciência Política (Alacip), que, nos últimos, vêm se debruçando sobre as bases do bolsonarismo. Ele observa que, do mesmo modo que em outros países — como os Estados Unidos de Donald Trump — a ascensão do presidente brasileiro está ligada a um ativismo autoritário, de defesa de valores ultraconservadores e que, de certa forma, se opõem às causas identitárias que ganharam força nas últimas décadas. Porém, no caso do Brasil, há um outro fator em jogo.

“Aqui também estamos falando de uma reação ao pouquinho de distribuição de renda que se conseguiu fazer nos governos do PT. É aquele discurso do ‘um Brasil para todos, mas eu quero a minha empregada doméstica de volta’. No grupo que adere a esse visão autoritária, o presidente está bem consolidado e é difícil buscar maneiras de atingir seus eleitores”, diz Amaral.

Operador do mercado financeiro, o carioca Jorge Alberto Costa Vieira Pinto, de 62 anos, pai de um filho eleitor do PT, por enquanto, mantém-se fiel ao presidente, mesmo considerando que há problemas na condução da economia e da pandemia. Ele afirma que os 20 anos de governos do PT e do PSDB não serviram para melhorar o país em nada e acha que a classe média não sobreviveria se um desses partidos voltasse ao poder.

“O Bolsonaro é meio perdido, mas não temos outra opção. Eu só mudo meu voto se aparecer um candidato disposto a diminuir o tamanho do Estado. Para que o Brasil precisa de mais de cem estatais?”, indaga ele.

Vieira Pinto dá uma pista de um bom assunto para os interessados em tirar a política brasileira desse Fla x Flu que parece não ter fim. Para Cesar Calejon, exercer essa escuta é fundamental, no sentido de encontrar temas de interesse comum e debatê-los de forma madura.

“É preciso buscar um ponto de equilíbrio entre as questões que não podem ser flexibilizadas, como os direito humanos, por exemplo, e a necessidade de tolerância ao ponto de vista do outro”, aponta o escritor.

O contador Flávio Cotta, de 49 anos, solteiro, sem filhos, votou em Bolsonaro em 2018, mas seguirá outro caminho em 2022. Se o adversário for petista, ele pretende votar nulo: “Para muitos eleitores, o Bolsonaro foi o Cacareco, o Macaco Tião da eleição”, observa ele, em referência ao rinoceronte e ao macaco que, em pleitos passados, capitalizaram um voto ‘contra tudo isso que está aí’. “Eu achava que seria um governo de transição para dar tempo de aparecer alguém melhor. Até agora, infelizmente, não aconteceu”.

Cotta se diz disposto a escolher um candidato diferente — a tal da terceira via que está sendo articulada por políticos de diversos partidos — ainda que seja alguém de esquerda. Antes que alguém se anime, a postura do contador é exceção no universo bolsonarista.

“A eleição ainda está distante no horizonte do eleitor. E cabe lembrar que a avaliação do governo caiu dez pontos, mas a rejeição ao presidente só diminuiu seis. Ou seja, tem um público fiel e espaço para recuperação, com o avanço da vacinação e a retomada da economia”, diz a CEO do Ipec.

”Mesmo que a gente entenda que dos 23% de eleitores que ele têm hoje, os realmente fieis são em torno de 15% ou 16%, isso ainda é uma boa quantidade de votos”, completa o professor Amaral.

Radicalização e desradicalização

Em geral, quando pensamos numa pessoa radicalizada, imaginamos um terrorista. De fato, boa parte da literatura acadêmica sobre o assunto se debruça no extremismo violento. Mas é a minoria dos radicais que pega em armas ou planta bombas. A maioria, na definição da UNESCO, “está numa busca fundamental por sentido em ou retorno a uma ideologia raiz”. A agência da ONU identificou uma ação decisiva da internet em particular, e das redes sociais em geral, neste processo.

Este, a radicalização, é também o tema do estudo do psicóloco-social americano Clark McCauley em conjunto com a psicóloga russa Sophia Moskalenko, ambos doutores pela Universidade da Pensilvânia. O que eles perceberam é que, não importa a ideologia, há um mesmo processo mental que se forma. “Fazemos parte de um grupo especial ou escolhido (superioridade) que foi tratado de forma desleal (injustiça), ninguém mais liga para nós ou nos ajudará (desconfiança) e a situação é crítica — nosso grupo ou causa está sob ameaça de extinção (vulnerabilidade).”

Todo discurso bolsonarista se encaixa nessa estrutura — pessoas ‘normais’, ‘de bem’, estão perdendo espaço na sociedade para mulheres, negros, indígenas, LGBTQIA+. A grande conspiração que produz este fenômeno é o ‘marxismo cultural’ ou ‘comunismo’ que domina a academia, as artes e os meios de comunicação, e seu objetivo é dinamitar a estrutura desta sociedade ‘normal’.

O processo de radicalização envolve, necessariamente, o compartilhamento de fontes de informação em comum e à parte do resto da sociedade. Esta é uma constatação que se repete um estudo após o outro. E há níveis diversos de envolvimento por parte das pessoas. Há os simpáticos às narrativas ideológicas e há os que cada vez mais consomem seu tempo e mesmo dinheiro mergulhados nestas narrativas. É um universo paralelo que sempre envolve teorias conspiratórias. Quanto maior o envolvimento, mais difícil a desradicalização.

A doutora Moskalenko, que começou sua pesquisa com terroristas russos, nos EUA mergulhou no mundo conspiracionista do QAnon — a história de que políticos democratas, magnatas do Vale do Silício e de Hollywood fariam todos parte de uma seita satânica dedicada à pedofilia. Dentre as pessoas presas após a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro último, 68% declararam já terem tido diagnósticos de doenças da mente. A média americana é de que 19% da população geral teve algum diagnóstico do tipo. “Possivelmente”, ela observou, “QAnon é menos um problema de extremismo violento e mais um problema de saúde mental.”

Como é a preocupação com o extremismo violento que levou a mais estudos, não há muita base acadêmica para compreender como desradicalizar quantidades grandes de pessoas que mergulham nessas ideologias radicais e não chegam ao ponto da violência. Mas este é o problema que movimentos políticos como o trumpismo, nos EUA, e o bolsonarismo, no Brasil, criam. A Rand Corporation, um centro de estudos americano, mergulhou no mundo de extremistas violentos — supremacistas brancos e radicais islâmicos — e percebeu os mesmos padrões, só que exacerbados. Pôde listar, também, o que faz pessoas deixarem estes movimentos.

Às vezes saem por conta própria. Desilusão. Percepção de hipocrisia. A rigidez mental que vê tudo que vem do grupo como positivo se quebra, talvez por burnout, talvez por reflexão.

A intervenção de alguém. Em alguns casos, ex-radicais. Ou então marido ou mulher, amigos, familiares, clérigos. Gente de confiança. Neste caso há um investimento de paciência, apoio emocional, tolerância.

A radicalização política nasce da insegurança com um mundo em transformação. Governos que tragam segurança e busquem unir ao invés de dividir fazem diferença.

Antivaxxers do mundo, vacinai-vos!

Amanhã o povo dos Estados Unidos comemora mais um aniversário de sua independência, mas seu governante amarga um revés. Joe Biden havia estabelecido como meta ter 70% da população adulta com pelo menos uma dose de vacina contra Covid-19 até o feriado, mas não foi possível. Na melhor das hipóteses, segundo dados do Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), será atingida a marca de 67%.

E não faltaram incentivos. O estado de Maryland lançou uma série de loterias no valor de US$ 40 mil – ao tomar a vacina, a pessoa recebia um bilhete. A Califórnia, o mais populoso da União, ofereceu um prêmio de US$ 1,5 milhão. Também não faltaram ofertas para eventos esportivos e até, no estado de Washington, a campanha “um baseado por uma picada”. Cada adulto vacinado podia pegar, gratuitamente, um cigarro de maconha – que ali é legal – em lojas credenciadas. Empresas também ofereceram incentivos. Ainda assim, a imunização no país parece estacionada num platô.

Para especialistas, a explicação tem duas linhas. De um lado há fatores socioeconômicos. São pessoas que não podem faltar ao trabalho para tomar a vacina – ou para repousar por um ou dois dias numa eventual rebordosa –, há aqueles que não têm com quem deixar filhos ou idosos sem supervisão para se vacinarem etc. São, aliás, motivos para que muitas pessoas no país não deem continuidade a tratamentos médicos.

De outro lado há um aspecto ainda mais preocupante. A desconfiança das pessoas em relação às vacinas, especialmente entre as populações negras e hispânicas e nas áreas rurais do país. Não é à toa que os estados do Sul, mais conservadores, são os que apresentam a menor cobertura vacinal nos EUA: Mississipi (29,8%), Alabama (32,7%) e Arkansas (34,4%).

A rejeição às vacinas não é um fenômeno recente. Em 2019, antes da pandemia de Covid-19, portanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) listou-a como um dos dez maiores riscos globais. Naquele ano, as mortes por sarampo, uma doença para a qual há vacina, saltaram 50% em todo o mundo.

A situação chegou a tal ponto que adolescentes nos EUA buscam formas de serem imunizados contra a Covid-19 à revelia de seus pais. Áreas progressistas, como o Distrito de Columbia, aprovaram leis permitindo que crianças maiores de 11 anos sejam vacinadas sem a autorização dos pais. Já estados conservadores, como a Carolina do Sul – 44º no Índice de Desenvolvimento Humano – estudam leis proibindo médicos de aplicarem vacinas contra a Covid em adolescentes maiores de 16 anos sem autorização paterna.

Como é possível que, em pleno século 21, pessoas tenham desconfiança de vacinas, uma das maiores conquistas científicas da humanidade? Uma das explicações está no mal do século, as notícias falsas. Em 1998, o médico inglês Andrew Wakefield publicou um estudo na revista científica Lancet associando, com dados fraudulentos, incidência de autismo a vacinas contra o sarampo e a rubéola. Wakefield teve o artigo amplamente desmentido e o registro profissional cassado, mas o estrago estava feito.

Hoje o movimento antivacina tem vários braços. Adeptos de pseudociência defendem “tratamentos alternativos” cujos resultados estão na categoria dos placebos. Grupos conservadores combatem a vacina contra HPV para adolescentes por acharem que isso os estimula a ter uma vida sexual precoce – como se adolescentes precisassem de motivos para ter uma vida sexual.

A varíola era uma praga mundial nos séculos 18 e 19; hoje só existe em laboratório. A poliomielite mutilava milhões de pessoas anualmente; hoje está erradicada no Brasil. Vacinas funcionam. Vacinas salvam vidas. Vacine-se.

Antes de terminar, os links mais clicados no Meio esta semana:

1. Youtube: Carro voador completa primeiro vôo entre duas cidades.

2. Tupigrafia: A premiada revista brasileira dedicada à tipografia.

3. Youtube: Ponto de Partida – O silêncio de Bolsonaro.

4. Poder360: Agência espacial da China divulga novas imagens do rover em Marte.

5. Valor Investe: Não tem reserva de emergência? Como montar um plano B?

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A rede social perfeita para democracias

24/04/24 • 11:00

Em seu café da manhã com jornalistas, na terça-feira desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que a extrema direita nasceu, no Brasil, em 2013. Ele vê nas Jornadas de Junho daquele ano a explosão do caos em que o país foi mergulhado a partir dali. Mais de dez anos passados, Lula ainda não compreendeu que não era o bolsonarismo que estava nas ruas brasileiras naquele momento. E, no entanto, seu diagnóstico não está de todo errado. Porque algo aconteceu, sim, em 2013. O que aconteceu está diretamente ligado ao caos em que o Brasil mergulhou e explica muito do desacerto político que vivemos não só em Brasília mas em toda a sociedade. Em 2013, Twitter e Facebook instalaram algoritmos para determinar o que vemos ao entrar nas duas redes sociais.

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