Edicão de sábado: Partidos cada vez mais partidos

Registrado na Justiça Eleitoral em 2015, o Partido Novo só entrou para valer no cenário nas eleições gerais de 2018, quando lançou João Amoêdo candidato à Presidência e elegeu oito deputados federais – fora um governador e 13 legisladores estaduais que não estão no foco aqui. Eis que, três anos depois, a legenda está em vias de perder seis desses oito parlamentares pelo descolamento entre eles e a executiva nacional. Enquanto a direção partidária se coloca em oposição ao presidente Jair Bolsonaro e defende seu impeachment, os deputados votam sistematicamente com o governo, embora não se reconheçam como bolsonaristas.

Mas essa situação não é exclusiva do partido cor de laranja. Após os atos de tom golpista em 7 de setembro, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, convocou a executiva nacional para que o partido se declarasse em oposição e apoiasse o impeachment. A medida desagradou uma parcela expressiva da bancada tucana na Câmara, liderada informalmente por Aécio Neves (MG), também alinhada com o Planalto – a ponto de a maioria dos deputados do partido ignorar a orientação da direção e votar a favor do voto impresso, obsessão do presidente da República.

Parte da explicação para essa situação está no próprio fenômeno Bolsonaro. Assim como em 2002 Lula chegou à Presidência numa “onda vermelha”, o atual morador do Alvorada ali aportou liderando uma aluvião ultraconservadora. Quanto mais à direita o candidato se vendesse, melhores as chances de abiscoitar votos dos eleitores de Bolsonaro.

O Novo, por exemplo, ofereceu uma plataforma “liberal na economia e conservadora nos costumes” conhecida por vários nomes (thatcherismo, neoliberalismo etc.) e elegeu uma bancada conservadora, ponto. A direção percebeu que o liberalismo de Guedes tinha a mesma profundidade no governo que o lavajatismo de Sérgio Moro, mas os deputados estão mais alinhados com Bolsonaro que com Amoêdo.

No PSDB a coisa é mais complexa. O partido nasceu de uma rebelião no PMDB contra o fisiologismo de Orestes Quércia, então cacique paulista da legenda. Sua proposta era inédita: um partido social-democrata sem base sindical. Era uma agremiação de centro-esquerda, seus fundadores eram todos “autênticos” do MDB. Mas o acaso, esse destruidor dos mais bem elaborados planos, jogou para Fernando Henrique Cardoso a tarefa de conter a hiperinflação, privatizar, sanear o sistema bancário etc. O ideário social-democrata acabou implantado por Lula. Acontece.

O fato é que os tucanos foram empurrados para a direita pelo antagonismo com o PT e não tiveram coragem de expulsar Aécio Neves quando este foi alvo de denúncias sólidas de corrupção. Ele aglutinou em torno de si a bancada conservadora eleita na esteira do bolsonarismo e hoje busca sabotar todas as iniciativas do partido, tanto o projeto pessoal de João Doria quanto a tentativa dos fundadores de formar uma frente contra Bolsonaro.

Isso sem falar no PSL, um partido nanico elevado à condição de maior bancada no Congresso, empatada com o PT, por ter cedido seu número 17 a Jair Bolsonaro. O presidente e o partido estão brigados há tempos, mas a bancada ainda abriga luminares (num sentido muito figurado) do bolsonarismo, a começar pelo filho Zero Três, Eduardo, deputado por São Paulo.

Rachadura no pilar da democracia

Essa disfuncionalidade partidária é um dos muitos problemas do sistema político brasileiro. Talvez um dos mais graves, pois envolve um fundamento da democracia liberal. A ideia de grupos representando classes ou ideias vem desde a Grécia, passando por Roma. Em geral contrapunham a elite à plebe, embora Caio Júlio César, nobre de longa estirpe e supostamente descendente de Vênus, fosse um paladino do “partido popular”.

Essa também foi mais ou menos a lógica dos dois primeiros partidos políticos nos moldes do que conhecemos hoje, os Conservadores (Tories) e Liberais (Whigs), na Inglaterra do século 17. Com as revoluções burguesas/liberais do século 18 e o surgimento de novas linhas de pensamento político – comunismo, socialismo, anarquismo etc. – no século 19, o leque de partidos políticos se ampliou. E seguiu pelo século passado com as ideologias de extrema-direita e, mais tarde, os movimentos ecológicos.

Partidos podem mudar de ideologia? Claro. Durante a Guerra de Secessão (1861-1865), o Norte abolicionista era Republicano; o Sul escravocrata, Democrata. Na segunda metade do século 20, os democratas abraçaram o movimento dos Direitos Civis, conquistando a classe média progressista no Norte e o deixando órfãos os conservadores religiosos (e racistas) do Sul, que foram acolhidos pelos republicanos. O mesmo aconteceu com os partidos comunistas do Ocidente após a dissolução da União Soviética. O PCB se tornou PPS e hoje é Cidadania, sem qualquer resquício de comunismo em seu programa.

Nos regimes parlamentaristas, a necessidade de formar maiorias faz com que partidos políticos de diferentes matizes se unam, mas é jogo de “eu cedo, você cede” que acontece das agremiações para fora. Daí a expressão “strange bedfellows” (“estranhos parceiros de cama”, em tradução livre) melhor representada pela colcha de retalhos partidária que ora governa Israel.

Questão fechada

O sistema proporcional brasileiro valoriza os partidos. Mesmo quando votamos num candidato, o voto vai para a legenda, que pode eleger mais de um legislador com a votação de um candidato de forte apelo popular. Em outubro de 2007 o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reforçou essa ideia ao determinar que um deputado federal ou estadual ou um vereador que mudasse de partido perderia o mandato, salvo com autorização da legenda ou em situações especiais. O entendimento foi confirmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, para acomodar mudanças, foi criada uma janela de troca partidária no início do ano eleitoral.

Além disso, os partidos sempre tiveram o recurso do fechamento de questão. Uma vez que a direção se posiciona sobre o assunto, a bancada tem que seguir. Mas aparentemente isso só vale na esquerda. O episódio mais famoso aconteceu em janeiro de 1985. Airton Soares, Bete Mendes e José Eudes não eram apenas três dos oito deputados federais eleitos pelo PT em 1982. Estavam entre os mais expressivos nomes da legenda. Airton, de São Paulo, era o líder da bancada. Bete, uma atriz consagrada e com intensa atuação política, havia sido eleita pelo Rio de Janeiro, assim como Eudes, que vinha de dois mandatos no MDB. Eram, sem trocadilho, estrelas.

Com a derrota da Emenda Dante de Oliveira, o PT realizou uma convenção e decidiu que não participaria da eleição presidencial indireta no Colégio Eleitoral. Airton, Bete e Eudes avisaram que não obedeceriam e votaram em Tancredo Neves. Passaram a ser hostilizados no partido e o deixaram antes que um processo de expulsão fosse consumado.

O PSOL nasceu de um processo semelhante, também envolvendo o PT. Em 2004, quatro parlamentares do partido - Heloísa Helena, Babá, João Fontes e Luciana Genro – foram expulsos por votarem contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Lula. Mais recentemente, Tabata Amaral (SP) contrariou a orientação do PDT e votou a favor da (última) reforma da Previdência. Foi tão hostilizada que o TSE a autorizou a deixar o partido. Está agora no PSB, que aliás, também havia fechado questão contra a reforma.

Valorização do baixo clero

Mas é injusto atribuir ao bolsonarismo a exclusividade na origem dessa disfunção política. Desde a redemocratização, uma parcela do Congresso trabalha fisiologicamente. Apoia o governo. Qualquer governo. Conhecemos como Centrão, mas assume diversas formas. Sarney, Collor (aos trancos e barrancos) e Fernando Henrique negociaram com sua cúpula. No governo Lula, o sistema montado em Minas pelo tucano Eduardo Azeredo foi levado para Brasília, onde acabou ganhando o nome de mensalão. Embora houvesse líderes envolvidos, a “negociação” era feita deputado a deputado. Em 2005, graças a uma brutal inabilidade da liderança petista, Severino Cavalcanti (PP-PE), a mais completa tradução do “baixo clero” foi eleito presidente da Câmara. Caiu pouco depois, exposto num esquema de corrupção quase punguista, mas mostrou à malta amorfa de deputados inexpressivos que talvez não precisassem de tantos líderes e caciques.

O que 2022 nos reserva?

Olhando assim, parece que devemos nos desesperar. Na verdade, não. Esta semana o Senado aprovou a PEC da minirreforma eleitoral podando tudo o que a Câmara havia incluído para beneficiar legendas nanicas, em particular a volta das coligações proporcionais. No ano que vem, os partidos terão de contar somente com a própria musculatura eleitoral. A regra já valeu no pleito municipal de 2020, promovendo uma saudável depuração, somada à cláusula de desempenho.

Paralelamente, o STF considerou inconstitucional a tese da “candidatura nata”, pela qual o ocupante de um cargo parlamentar tem automaticamente direito à vaga para disputar a reeleição sem o crivo da convenção partidária. Com a devida força na convenção, partidos podem deixar parlamentares rebeldes a verem navios, retomando uma saudável unidade ideológica.

Democracia, como tudo na vida, é prática. Mesmo com alguns soluços, vamos aprimorando a nossa.

A pergunta que não quer calar: como você está?

A pergunta que não quer calar: como você está? De cada 10 brasileiros, pelo menos quatro relataram problemas psicológicos como ansiedade ou depressão desde o início da pandemia, indica pesquisa realizada pelo Datafolha. Aqueles que tiveram o diagnóstico confirmado representam 28%. Outros 46% relataram que um parente ou amigo apresentou algum sintoma no período. E quase metade dos brasileiros ativos no mercado de trabalho hoje sofre de algum nível de depressão, sendo que em 14% desses casos a doença é crônica. São dados da International Stress Management Association (ISMA).

“Como você está?”, perguntei a mim mesma esses dias. Estar bem ou não hoje em dia é algo como: estou vivo, estou bem. Não estou de luto, o exame deu negativo, tudo ótimo. Não importa se você já não dorme direito há tempos, sente uma fadiga crônica, arroubos de ansiedade logo de manhã e taquicardia à noite. Não importa se o estado agudo de angústia deu lugar a uma condição de abatimento crônico na pandemia. Um embotamento generalizado. Você está abatido, mas segue funcional. Peraí, importa sim. Meu estado mental importa. E não pode ser negligenciado.

Não dá nem para ter uma crise alérgica em paz. Será que é Covid? Imagens de covas coletivas vêm à mente. Até se sentir profundamente triste sem um brutal autojulgamento também está difícil. E alegre então? Vem a voz: alegre durante a maior crise sanitária e hospitalar do país? Vou me alienar: culpa. Como achar o limite entre a alienação e doses controladas da realidade distópica?

Mas a pergunta que não quer calar é: como você está? Eu me dou conta de que não consigo responder de forma sincera. Nem para mim mesma, nem para os outros. Medo da vulnerabilidade emocional? Respostas vagas, rasas e impessoais. Você está profundamente exausto de tudo, mas já nem altera seu tom de voz. Disfarçar por escrito (ou virtualmente) é mais fácil, não é mesmo? A superficialidade e o pseudo senso de normalidade são insustentáveis, além de cafonas. A tendência primavera-verão de 2022 é a sinceridade sem filtros.

Além do aumento vertiginoso de doenças mentais, tem o cansaço. E o tema está nas telas e nas páginas de livros. Nesta quinta, estreou no GNT Sociedade do cansaço, série documental baseada no livro homônimo do sul coreano Byung-Chul Han. Para aprofundar a reflexão acerca desse tema, cada episódio gira em torno de assuntos atuais como trabalho, internet, lazer, padrão estético, remédio, sono, relacionamento, consumo, positividade tóxica e segurança. A série conta com entrevistas com especialistas como Gilles Lipovetsky, filósofo francês e teórico da Hipermodernidade; Ailton Krenak, líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta e escritor brasileiro; e Maria Homem, psicanalista, professora e pesquisadora.

Já o lançamento literário Não aguento mais não aguentar mais: Como os millennials se tornaram a geração do burnout (Anne Helen Petersen) reflete sobre uma geração à beira do esgotamento. A série Diário de um confinado (Globoplay), de Bruno Mazzeo e Joana Jabace, que acaba de ser indicado ao Emmy Internacional,  revela as angústias da flexibilização da quarentena.

“Não era esgotamento — nós ainda tínhamos energia. Não era depressão — não nos sentíamos impotentes. Apenas nos sentíamos um pouco sem alegria e sem objetivo”, esclarece Adam Grant em artigo para o New York Times: "Há um nome para o seu mal-estar na pandemia: chama-se definhamento. Um estado mental às vezes negligenciado pode embotar sua motivação e seu foco; e pode ser a emoção predominante em 2021". O especialista defende que precisamos de um nome para o estado de estagnação e desânimo que não chega a ser depressão. Para ele, a palavra é ‘definhar’. É sobre isso.

Se você se identificou com o relato, procure ajuda e conte com essa Biblioterapia:

Talvez você deva conversar com alguém: Uma terapeuta, o terapeuta dela e a vida de todos nós (Lori Gottlieb)

A morte é um dia que vale a pena viver - E um excelente motivo para se buscar um novo olhar para a vida (Ana Cláudia Quintana Arantes)

Mulheres não são chatas, estão exaustas (Ruth Manus)

Os lugares que nos assustam: Um guia para despertar nossa coragem em tempos difíceis (Pema Chodron)

De Niépce ao iPhone

A primeira fotografia foi feita no ano de 1827 por Joseph Nicephor Niépce, usando uma folha de estanho banhada em betume e exposta à luz por 8 horas - veja aqui o resultado. Quase 200 anos depois, com um clique no celular uma foto é feita em instantes e nem precisa da folha de estanho, o sensor do seu celular resolve.

De Niépce até os dias atuais, as câmeras e a tecnologia evoluíram de uma forma surpreendente. Antigamente os saltos tecnológicos aconteciam após anos de desenvolvimento e estudo. A Kodak lançou as suas primeiras máquinas em 1888 e as câmeras 35mm só ficaram populares em 1930, e é o formato padrão até hoje.

No passado o que se destacava era a forma como reproduzir uma imagem e a facilidade que trazia ao cliente. Quando a Kodak surgiu ela trouxe o lema “Você aperta o botão, nós fazemos o resto”, após fotografar você enviava para a empresa a câmera e ela devolvia a mesma para você, com um filme já pronto e as fotos reveladas. A popularização das câmeras digitais nos anos 2000 permitiu que ainda mais fotos fossem feitas e compartilhadas, o que nos trouxe a câmeras menores e que cabem dentro de um celular.

Recentemente a Apple lançou o seu novo iPhone 13, a GoPro a nova Hero 10 e a Canon a sua nova câmera profissional R3. Todas trazem o que tem de melhor da tecnologia atual para as suas câmeras, porém qual a maior diferença com relação às antecessoras que saíram há um ano atrás? Ou há três anos? 

Para o usuário comum, o avanço às vezes nem é tão perceptível. Talvez o iPhone 11 ou 12 e a GoPro 8 e 9 sejam mais que o suficiente. Até mesmo para um fotógrafo de carreira uma Canon R ou R5 já resolve a vida dele. O que justifica uma empresa anunciar todo ano uma câmera ou celular novo? 

Quando se lê sobre os lançamentos, o que se destaca são as novas atualizações de software. A câmera do iPhone 13 Pro Max permite no ‘modo cinema’ troca de foco entre rostos e objetos com suavidade, além de um modo macro surpreendente. A GoPro atualiza o processador da sua action cam, permitindo imagens melhores em baixa luminosidade e o ‘HyperSmooth 4.0’ que permite um vídeo com horizonte fixo e fluido mesmo em movimentações extremas. E a Canon R3 traz um foco automático poderoso tanto para pessoas como carros e a possibilidade de fotografar 30 frames por segundo. 

Em quase 200 anos de evolução, a fotografia alcançou patamares que Niépce provavelmente nem sonharia. Da folha de estanho ao sensor digital, tanto a tecnologia como a humanidade mudaram. O consumo de fotos pode ter sido até banalizado em algum momento, mas a busca pela a evolução da fotografia não. 

Mas a realidade de quem viveu nos anos 90 e tinha apenas 36 poses num filme para fotografar o final de semana com os amigos, para ter quase um estoque ilimitado de fotos no celular para fotografar o seu cachorro entre o café e o almoço, não deve ter muito com o que se preocupar, não é?

Aliás, quer melhorar seus dotes de fotógrafo amador? Seguem alguns links úteis.

10 DICAS PARA FOTOGRAFIAS ESPECIAIS DE COMIDA COM O CELULAR

Como tirar fotos profissionais com o celular? | TÉCNICAS CINEMATOGRÁFICAS

5 passos para fotos perfeitas com seu celular

Curso de Fotografia | Aula 1

Vergonha, tragédia e um meme, os mais clicados da semana.

1. O Globo: Eduardo Bolsonaro é vaiado na Apple Store em Nova York.

2. Poder 360: Em NY Ministro Queiroga mostra o dedo para manifestantes.

3. Youtube: O vídeo que deu origem ao meme da menina Chloe.

4. g1: Imagens do vulcão em erupção nas ilhas Canárias.

5. g1: Astronauta da ISS tira, do espaço, foto da erupção do vulcão nas Canárias

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A rede social perfeita para democracias

24/04/24 • 11:00

Em seu café da manhã com jornalistas, na terça-feira desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que a extrema direita nasceu, no Brasil, em 2013. Ele vê nas Jornadas de Junho daquele ano a explosão do caos em que o país foi mergulhado a partir dali. Mais de dez anos passados, Lula ainda não compreendeu que não era o bolsonarismo que estava nas ruas brasileiras naquele momento. E, no entanto, seu diagnóstico não está de todo errado. Porque algo aconteceu, sim, em 2013. O que aconteceu está diretamente ligado ao caos em que o Brasil mergulhou e explica muito do desacerto político que vivemos não só em Brasília mas em toda a sociedade. Em 2013, Twitter e Facebook instalaram algoritmos para determinar o que vemos ao entrar nas duas redes sociais.

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