É a emoção, estúpido!

Redes sociais lidam primordialmente com ela. A incerteza é a mais explorada pelo bolsonarismo, que incute uma descrença generalizada nas instituições e coloca em risco a democracia

É emoção. Nas redes sociais, o que pauta é a reação emocional. No mês de junho, a Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV/DAPP) mapeou, como de praxe, as interações dos presidenciáveis nas redes. E confirmou o que o sociólogo Marco Aurélio Ruediger, diretor do centro de pesquisa, conclui de cátedra: o teor emotivo das mensagens dos líderes nas pesquisas nas redes sociais é o centro da estratégia no ambiente virtual. A direita sacou isso bem antes. Construiu sua base inflamada calcada nisso. “Ela entendeu que as redes são assim, emocionais, e portanto todo o discurso era baseado não em grandes análises conjunturais, factuais, comparativas. A estratégia é de simplificar o discurso”, diz Ruediger. A esquerda, agora, corre atrás.

Os riscos de se explorar um discurso puramente emocional no mundo algorítmico se materializaram em tragédia no fim de semana passado. Eventualmente, a emoção perpassa a tela. Transmuta-se em violência. Bomba. Tiro. Morte. Ruediger acredita que essas ações extremas são gravíssimas, mas isoladas, de lobos solitários que se sentem legitimados pelo tom predominante de Jair Bolsonaro. E alerta para o que considera ser uma consequência mais estrutural dessa narrativa de corrosão institucional: a total descrença no sistema eleitoral. Para ele, a principal emoção explorada pelo bolsonarismo é a da incerteza — que, por sua vez, gera o medo e a raiva. Essa desconfiança generalizada pode realmente levar a uma ruptura.

Ruediger é, desde 2017, membro da comissão consultiva do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e fala ainda do imenso desafio que a Corte tem de acompanhar como esse discurso corrosivo se espalha e impedir que ele contamine irreversivelmente a percepção dos cidadãos sobre a democracia do Brasil. Acompanhe os principais trechos da entrevista.

Como o senhor avalia o caminho desde 2018, quando passamos a acompanhar mais atentamente o uso de redes sociais de forma criminosa, até aqui?

O discurso do presidente Bolsonaro e de seus apoiadores sempre foi muito calcado na raiva. Na emoção. As redes em si são primordialmente emocionais. As pessoas acham que vão ler, refletir, pegar dados. Mas respondem ao que leem quase que imediatamente e de forma emocional. É o primeiro reflexo que você tem diante de uma notícia qualquer. Isso é um grande problema, porque ao ser reativo emocionalmente você reproduz essa informação no ambiente virtual de forma imediata opinando ou simplesmente passando pra frente. Perceber isso foi uma das grandes sacadas da direita do Brasil. Ela entendeu que as redes são assim, emocionais, e portanto todo o discurso era baseado não em grandes análises conjunturais, factuais, comparativas. A estratégia é de simplificar o discurso. Em 2018, tudo isso estava lá. No WhatsApp, o debate que estava rolando, se espremer, não saem grandes teses conceituais. Com exceção talvez do olavismo, cujas ideias eram extraídas pra dar algum tipo de consistência ideológica ao campo. Há uma certa mistura de liberalismo econômico por um lado, crítica ao Estado por outro, e um retorno ao que eles chamam de tradição, de valores, que remete a uma era que não existe mais. Eles aproveitaram isso muito bem e trouxeram ancoragens para essas pessoas.

Que tipo de ancoragem?

Essas âncoras se dão em torno de propostas simplificadoras. A fé, por exemplo. Não que a fé em si seja algo errado. Mas é uma leitura estrita, enviesada, simplória das escrituras. Aproveitaram muito também a questão da identidade, que é algo perturbador para as pessoas, buscando uma recuperação reacionária. As ideias antiglobalistas vêm com elementos antidemocráticos, pois apesar de defender supostamente uma liberdade democrática é uma defesa da liberdade para atacar a própria liberdade. Eles operaram tudo isso muito bem, simplificaram a coisa toda e a traduziram numa luta do bem contra o mal. Esse maniqueísmo serve como base. Havia também a extensão econômica, entrando no liberalismo do Paulo Guedes. Esse era o caldo que estava presente em 2018 e que veio se estendendo até hoje. O que eles passaram a fazer de novo foi promover uma crítica da institucionalidade. Para que o próprio projeto de poder pudesse substituir ou flexibilizar o regramento institucional que o país construiu até então. Isso é um problema bastante sério e seu desenvolvimento foi nas redes.

O uso das redes sociais pelo bolsonarismo é copiado do trumpismo?

É complicado saber de onde a direita tirou sua estratégia, mas acho que eles olharam a experiência do exterior e o Trump gerou um caminho mais luminoso, digamos assim, de como percorrer isso. O investimento foi sério, bem construído, porque não era só uma rede, era um conjunto de redes. As mensagens eram modeladas para cada rede, mas se você olhar o conteúdo intrínseco era um só sempre. É uma mensagem simples. Não tenho dúvida de que se bebeu nessas fontes. Olavo de Carvalho conversava com outros teóricos desse espectro, teve uma influência externa. Mas foi feita uma redução sociológica, uma tradução desses conceitos para nossa realidade. O bolsonarismo soube trabalhar isso. Teve a percepção de que o Brasil não estava só nas grandes cidades, também estava no interior, dentro das igrejas evangélicas — segmentos que foram meio que deixados de lado pela esquerda e pelo centro político.

E qual é a principal emoção estimulada pela rede bolsonarista nas redes?

O primeiro deles é a incerteza. A incerteza gera medo. E o cenário todo é de incerteza. No mundo do emprego, por exemplo. Nem todos têm acesso à mesma capacidade de formação para a nova economia, algo que deveria ser central na nossa política. Existe um hiato e a pessoa precisa se agarrar em alguma coisa, se encontrar em algum lugar. Precisa ter um senso de identidade, compartilhamento, apoio. As igrejas evangélicas crescem porque elas dão isso. Há uma intermediação muito grande entre a representação evangélica e o mercado de trabalho. Se você olhar na história americana, isso não é novo. Aconteceu na formação dos guetos nas grandes cidades. Quem forneceu redes de apoio aos migrantes que iam do Sul para o Norte dos EUA foram as representações religiosas, notadamente as evangélicas, que com isso conseguiram alavancagem, inclusive política. Aqui, esse fenômeno se deu muito parecido. Quando quem está completamente desiludido entra num grande templo evangélico, a sensação é de que se tem um valor enorme intrínseco a despeito da fé. E o papel dessas lideranças é, antes dos cultos, receber as pessoas e escutar demandas. Estou falando da religião, mas na verdade poderia estar falando de outros movimentos sociais.

O cara está desempregado e, para não se sentir perdido no meio de uma multidão, sozinho, sem esperança nenhuma, busca uma visão de mundo maniqueísta, de bem e mal.

O antipetismo é uma das ancoragens que o senhor cita? Cumpre esse papel ao oferecer um inimigo comum?

Tem um livro do (historiador Eric) Hobsbawm em que ele comenta os fracassos do Partido Trabalhista inglês nas eleições da Margaret Thatcher. Havia a ideia de que Labour não podia imaginar que, do dia para a noite, milhões de britânicos se tornaram de direita, liberais, ultraliberais, neoliberais. Mas isso não aconteceu. O que aconteceram foram falhas na condução do partido, nas políticas, nas suas propostas, lideranças, na estrutura de incentivos, etc. Aqui no Brasil, há uma dificuldade da esquerda e do centro de entenderem que Bolsonaro não ganhou só pelos méritos dele, mas também pelos deméritos dos dois grandes partidos estabelecidos, o PT e o PSDB, que erraram e erraram muito. Não entenderam com clareza o que estava se passando de forma subterrânea na sociedade brasileira. E isso com todos os avanços sociais: o controle da inflação com o PSDB, depois as políticas sociais mais bem orquestrados e com mais impacto com Lula. E se errou em não entender como as redes atuavam. É curioso porque a esquerda tinha uma alta capacidade de usar as meios de comunicação.

Em que pé está essa curva de aprendizado da esquerda de uso das redes?

Ela demorou muito, por exemplo, para ter uma um perfil oficial do Lula no TikTok. Isso era quase inexplicável. Todo mundo tinha um perfil no TikTok, só o Lula que não tinha. Mas eles estão tentando diminuir a diferença. Não acho que vão conseguir fazer igual o que a direita faz nas redes. Mas se eles diminuírem a distância equilibra um pouco.

É preciso seguir essa mesma fórmula linear de comunicação?

Essa é a mais eficaz. A questão toda é que mensagem você está simplificando, com que mensagem emocional você está lidando. Isso é uma coisa que transcende a rede. É uma questão da própria visão de mundo da filosofia política: onde é que reside o humanismo? O discurso bolsonarista, em geral, é profundamente não humanista. O bolsonarismo é despojado de empatia. Basta ver durante a pandemia. Isso foi muito danoso. Eu diria até que se o bolsonarismo tivesse lidado com a pandemia de forma menos ideológica e mais empática hoje seria muito difícil derrotar Bolsonaro. O que falta ao presidente de empatia sobra no Lula. Com isso, ele consegue tirar uma diferença gigantesca. Porque o sujeito olha para o Lula e se percebe nele. O ex-presidente está apostando nisso, por exemplo, com a presença da Janja nas lives. O discurso do Lula que sempre foi muito empático, ele entende a vida desse cidadão, o desespero do sujeito que não tem dinheiro. Ele entende emocionalmente a dificuldade da pessoa em não ter um emprego, uma oportunidade, não poder estudar. Está no DNA dele. O Lula promove essa ancoragem.

Como medir a eficácia de cada “ancoragem” dos candidatos?

Nas redes, o engajamento do grupo de Bolsonaro é gigantesco. É muito maior do que da oposição como um todo somada. As redes da oposição, somadas, são maiores, mas o engajamento nas redes do Bolsonaro é imensamente maior do que o resto. Pode ser que isso mude. Qual é a estratégia do Bolsonaro? Ele mantém seu discurso, sua base, com expectativa de ir para o segundo turno. A expectativa da esquerda é de fechar a fatura no primeiro. Mas isso é bem difícil. Bolsonaro está fazendo absolutamente tudo e quebrando toda a institucionalidade, todo o regramento e toda a lógica econômica pra conseguir se reeleger. O problema é a deformação institucional que isso cria. As críticas dele, em especial ao Supremo Tribunal Federal, são um ponto grave. Numa sociedade monárquica, o monarca é o poder moderador. Isso está em Toqueville, etc. Na nossa, que é democrática, essa figura não existe. O Judiciário de certa forma tem esse papel. E o que tem acontecido é que a pauta e a agenda mais radicalizadas exigem uma reação quase dialética do Judiciário, fazendo essa crítica e, em cima disso, evoluindo a sua visão normativa e incidindo para tentar uma certa preservação de princípios básicos constitucionais.

As redes sociais são o principal instrumento dessa corrosão institucional?

As disfuncionalidades e a incapacidade de entendimento das mudanças que a gente estava tendo e de novos protagonismos que estavam surgindo nos outros campos políticos foram o principal elemento que possibilitou o surgimento de uma direita mais extrema no Brasil. Ela sempre existiu, simplesmente passou a ser organizada e deixou de ser subsidiária do centro ou de partidos menores. Tornou-se realmente grande e engajada. Mas as redes foram uma variável muito importante. Em primeiro lugar porque, como eu disse, elas operaram a emoção. E numa escala e velocidade que não eram possíveis até então. Elas também geraram um certo conforto para o sujeito poder se expressar, sentindo que não estava tão isolado. Diminuíram o constrangimento. Além disso, o custo de participação diminui. Antes, o custo de participação era o sujeito ter de se mobilizar no tempo dele, ir a uma reunião política, sentar horas, decidir alguma coisa e depois sair cansado. Ficou muito fácil com o celular participar duma reunião, emitir opinião, passar para não sei quantas pessoas uma informação, engajar, converter pessoas, ser convertido também. Esse senso de pertencimento a esse grupo se torna permanente por causa da tecnologia.

Isso dentro da bolha de cada grupo, certo?

Sim. De fato, Bolsonaro tem dificuldade de furar a própria bolha. Tem muita dificuldade de passar para o resto das redes, por exemplo, a posição sobre segurança pública, que é calcada no espalhamento da permissão do uso de armas. Embora isso tenha crescido, cresceu dentro do campo dele, as pessoas em geral não gostam dessa ideia de andar armadas; acham que tem de haver uma política de segurança, mas desconfiam do Estado e da polícia. Bolsonaro acaba contido pela radicalidade de suas propostas ou pela simplicidade dentro do seu próprio campo. Seu mérito é também sua limitação. Como é que ele furou isso? Em primeiro lugar, com o Centrão. Buscou na sua raiz, ele tendo sido do Centrão, do baixo clero, uma saída. O outro caminho que ele opera é evidentemente nos movimentos evangélicos. Mas ele pega o sujeito que está absolutamente inseguro, com medo, e que por isso reage com raiva ao que acontece ao seu redor. É curioso que uma parte grande da classe média, personagens liberais, sejam atraídos pelo bolsonarismo. É uma camada que está muito esmagada, porque paga altos impostos e não usufrui de benefícios. Então, ele se sente espremido ali e o tempo todo tendo que lutar. Mas em estratos subalternos profundos, é difícil entrar. Os movimentos identitários religiosos penetram com um pouco mais de facilidade.

Dentro da bolha existe uma sub bolha dos mais extremistas. O que pode ter mudado para que este ciclo eleitoral já tenha tido episódios de violência no mundo real?

Esse discurso da violência sempre esteve ali, mas não acho que seja uma estratégia de “vamos soltar os cães de guerra”. A militância já está muito excitada com essa relação odienta e se sente legitimada a fazer isso por diversas razões, do oportunismo mais vil ao delírio ideológico mais acentuado. São lobos solitários, casos esporádicos. Eles merecem repúdio, investigação, cadeia, enfim, ação firme do Estado. Mas não acho isso o mais central. A gente verifica nas redes um crescendo de alusões, numa tentativa de associação da esquerda e do Lula ao PCC. Não estou dizendo que isso sai do governo, mas certamente rola na militância. É problemático porque no final se cria no imaginário uma ameaça ao Brasil, à soberania do país, que pode levar a uma crise institucional. É diferente, entende?

Uma coisa é um episódio que aconteceu e tem de ser punido. A outra é o quanto a soma dessas mensagens cria a impressão de uma ameaça ao Estado brasileiro. Isso me preocupa mais.

Elio Gaspari trouxe em sua coluna no domingo que há um movimento de milícias digitais planejando dois caminhos para tentar ‘melar’ a eleição. Vocês estão mapeando esse tipo de articulação nas redes?

Não é uma coisa que olhamos de forma objetiva. Um golpe depende, em primeiro lugar, de uma série de condições e duvido que as Forças Armadas embarquem numa roubada dessa. Agora, se for criada a percepção de ameaça à segurança nacional, aí é distinto. Se a vitória de um candidato gera um significado de que esse Estado seria entregue ao narcotráfico, algo assim, é outra situação. Mas, veja, esse discurso não está consolidado. Tem crescido muito dentro do campo da direita, mas o quanto isso vai transbordar e colar em outros campos não sei dizer. Se transbordar é outra conversa, então fica um ponto de alerta. Hoje, uma boa parte das polícias apresenta esses discursos. E a questão do tráfico de fato é muito forte, há o novo cangaço, o crime organizado na Amazônia. Mas a pauta das armas, por exemplo, não transbordou. Tem aumento de clube de tiro, de pessoas com porte de arma, das vendas de armas, mas normalmente são pessoas que já faziam parte deste conjunto. Muitas vezes esse tipo de discurso acaba acontecendo nas redes para você gerar balões de ensaio, testes. As redes são um ambiente bom pra isso.

Esses testes acontecem, com frequência, a partir de notícias falsas. Como o senhor avalia o preparo do TSE para lidar com isso?

Estou lá desde a época em que o ministro Gilmar Mendes estava à frente (2016). Ele já tinha essa perspectiva, fez uma uma série de seminários sobre essa questão. Criou uma comissão — e aqui vale reforçar que participávamos ao lado das Forças Armadas já naquela primeira comissão, que era bem menor do que a de hoje. Estavam lá ajudando porque elas têm uma capacidade em termos da defesa cibernética. Com a ministra Rosa Weber, houve uma situação difícil, porque as plataformas foram bastante reativas. Por exemplo, o WhatsApp não tinha escritório de representação no Brasil. Me lembro que a ministra Rosa pediu uma reunião com o WhatsApp, tiveram de fazer uma teleconferência com o pessoal nos Estados Unidos e chegou uma hora em que os caras falaram que tinham outra reunião. Imagina uma ministra do Supremo ouvindo isso. O WhatsApp mudou bastante, instituiu uma representação no Brasil, começou a gerar políticas e criar modulações na sua plataforma para coibir o espalhamento de fake news. Vieram Barroso, Fachin e agora Alexandre de Moraes. E ele está extremamente atento. Acertou em chamar o Telegram para a mesa, ameaçando, que é o que os europeus basicamente fizeram também. O ministro Barroso fez muita coisa, organizou bem as eleições municipais, que serviram de um laboratório interessante. O tribunal avançou. Isso posto, por mais que a gente tenha melhorado, não foi o suficiente para o que vai acontecer esse ano. O próprio tribunal tem que criar uma área inteira não só de controle tecnológico das urnas, mas de acompanhamento permanente da discussão política nas redes.

Qual o maior risco para as eleições?

É a fidúcia do processo eleitoral. Por exemplo: há uma profusão de institutos de pesquisa que surgiram e que não são renomados. Não estou dizendo que todos são desonestos, mas uma parte usa dados sobre os quais não se tem tanta certeza. E há todo um ecossistema baseado em imagens que talvez seja o pior de todos. O sujeito não viu o debate, não viu uma discussão, e é induzido ao erro por meio de cortes ou manipulações pelas redes. Isso acontece bastante no YouTube. A quebra de confiança é o grande problema dessa eleição. Quando se diz que não se confia nas urnas depois de décadas de urnas eletrônicas, imagine um ataque hacker ao site do TSE? Não às urnas, não com acesso de banco de dados. Só ao site. Abre-se espaço para qualquer tipo de contestação. Misture isso com as narrativas de antes. Está criado um caldo de se dizer “bom, essa eleição está toda marcada para entregar o Brasil”. Cria-se uma junção de elementos que pode levar a uma crise institucional seríssima. Os partidos deveriam não só se preocupar em fazer propaganda, mas também observar a desinformação. Não sei o quanto os partidos estão se preparando pra isso, eles delegam ao TSE essa responsabilidade. Não tenho dúvida de que o processo de contagem eleitoral é muito seguro. A questão é o quanto você acredita que ele é seguro. E voltamos ao começo. É muito emocional. As redes não são o ponto central, mas a estrutura de comunicação é o elemento central hoje que move em tempo real a política.


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‘Mapa de apoios está desfavorável ao Irã e sua visão de futuro’, diz Abbas Milani

17/04/24 • 11:00

O professor Abbas Milani nasceu no Irã. Foi preso pelo regime do xá Reza Pahlavi. Depois, perseguido pelo regime islâmico do aiatolá Khomeini. Buscou abrigo nos Estados Unidos na década de 1980, de onde nunca deixou de lutar por uma democracia em seu país de origem. Chegou a prestar consultoria a George W. Bush e Barack Obama, numa louvável disposição de colaboração bipartidária. Seu conselho sempre foi o mesmo: o Irã deve se reencontrar com um regime democrático, secular, por sua própria conta. Sem interferências externas.

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