Edição de Sábado: A tradição eugenista no mundo e no Brasil

No ano de 1912, chegou às livrarias americanas um pequeno livro que causou grande impacto: A Família Kalikak. Seu autor era um psicólogo ainda desconhecido que em pouco tempo e por algumas décadas se tornaria um dos mais respeitados intelectuais americanos. Henry Goddard tinha 46 anos, dirigia uma escola voltada para a educação daqueles que, no tempo, eram chamados ‘débeis mentais’. Deborah Kalikak, um pseudônimo, era aluna na instituição. Investigando sua genealogia, Goddard chegou ao tataravô da moça e, nele, acreditou ter encontrado uma prova contundente de que políticas sociais estavam causando dano à humanidade, interferindo no processo de Seleção Natural de nossa espécie e, assim, ampliando o número de pessoas com deficiências de toda ordem. Não foram poucos que saíram da leitura do estudo convencidos. Goddard foi um dos principais líderes do Movimento Eugenista Americano, que em nome de purificar o banco genético da sociedade promoveu programas de concursos de melhores bebês a leis para proibição de casamentos interétnicos e, até, programas de esterilização em massa.

Esta semana, comentando no Jornal da Cultura, o professor Arnaldo Lichtenstein acusou o presidente Jair Bolsonaro de estar aplicando um raciocínio eugenista em seu discurso. “Não é um negacionismo da ciência”, disse Lichtenstein, que é diretor-técnico em São Paulo do Hospitais das Clínicas. “É uma linha de raciocínio muito diferente e cruel. Sabe-se que a epidemia vai passar quando 50% a 70% das pessoas estiverem imunizadas, ou com vacina, ou pegando a doença. São 140, 120 milhões de pessoas.” O médico pôs-se, então, a analisar as ideias que sustentam a proposta do presidente. “O que vai acontecer quando as pessoas não defendem o isolamento? Não se fecha comércio, a economia não para, o governo não precisa colocar dinheiro na economia, as pessoas que vão morrer muitas são os idosos ou pessoas que já têm doenças. Aí tem a fala ‘já ia morrer mesmo’. Vão ficar os jovens e atletas. Se a gente pegar pedaços da fala, há uma lógica interna. Se chama eugenia quando você fala que ‘morram os vulneráveis para a gente ter uma geração saudável’. É mais perverso do que simplesmente não acreditar na ciência.”

A eugenia nasceu apenas algumas décadas antes de Goddard lançar seu livrinho. Seu pai, um matemático, sociólogo e psicólogo inglês, vinha de uma família de respeitados intelectuais. Francis Galton tinha por avô o botânico Erasmus Darwin, principal responsável pela classificação das plantas em inglês. Era, assim, primo-irmão do autor de A Origem das Espécies, Charles Darwin.

Embora de aparente simplicidade, a Teoria da Evolução Natural de Darwin foi recebida por seus contemporâneos não apenas com choque mas, também, com imensa incompreensão. Se por um lado muitos a denunciaram como antirreligiosa, um insulto à humanidade por sugerir proximidade com macacos, outros a abraçaram tirando dela conclusões que chocaram o próprio Darwin. Herbert Spencer propôs que o mesmo processo evolutivo se dava entre etnias humanas, produzindo sociedades mais ou menos complexas de acordo com a sofisticação da cultura, baseada numa qualidade maior e menor de cada povo. Seu primo Galton, quinze anos mais jovem, propôs que as mesmas técnicas utilizadas no cruzamento de animais domesticados, de gado a gatos, deviam ser empregadas na humanidade para a produção de uma espécie mais forte. Famílias formadas por casais inteligentes passavam aos filhos e netos aquele traço. Ele reconhecia a característica em sua própria família. Os filhos e netos de alcóolatras, ‘débeis’, criminosos e outros indesejáveis sociais também herdavam de seus pais e avós estas características marcantes. Galton batizou de eugenia sua hipótese. Ele via Darwin com admiração e respeito. Seu primo recebeu seu estudo com horror.

A eugenia foi batizada assim em 1883, e lançou ao estudo pensadores em todo o Ocidente. Com seu pequeno livro, Goddard acreditou ter provado a tese de Galton. O tataravô da família Kalikak foi um oficial que lutou na Guerra de Independência americana e, fruto do encontro de uma noite com a moça que servia cervejas numa taverna, teve seu filho mais velho — que abandonou. O mesmo homem se casou, então, com uma moça respeitável da comunidade. Os descendentes de seu casamento foram pessoas prósperas, bem-ajustadas socialmente, de sólido comportamento moral. Os que vieram daquela uma noite com a garçonete, porém, incluíam criminosos, bêbados e inúmeros foram os casos de deficiências.

Seu estudo despertou uma avalanche de trabalhos semelhantes, determinados a provar por meio de estatísticas que ao promover políticas públicas de apoio a pessoas consideradas indesejáveis, a sociedade punha freios no processo de Seleção Natural e ampliava a proporção de más características na população.

Não foi apenas nos Estados Unidos ou Europa — o movimento eugenista foi particularmente forte no Brasil. A semente já havia sido plantada pelo escritor e diplomata francês Arthur de Gobineau, um conde que serviu no Brasil uns tantos anos tornando-se amigo pessoal de dom Pedro II. Intelectual cosmopolita, amigo de gente como o compositor Richard Wagner e o também diplomata Alexis de Tocqueville, Gobineau escreveu um longo e no tempo influente tratado sobre a ‘desigualdade das raças’. Para ele, que dividia a humanidade em três grupos, negros eram fisicamente fortes mas incapazes de inteligência, amarelos eram frágeis tanto física quanto intelectualmente e, os brancos, além de portadores de atributos físicos ideais, muito capazes intelectualmente.

O início da República foi marcado por um desafio que perdurou por algumas décadas: o que faltava para o Brasil dar um salto de desenvolvimento? Muitos encontraram, no povo, o maior problema. Não bastava uma elite ilustrada e cosmopolita se o povo era pouco propenso ao trabalho e incapacitado intelectualmente. O pai do rádio brasileiro, Edgard Roquette-Pinto, foi um dedicado eugenista. Assim como o foi o escritor Monteiro Lobato, que em seu Jeca Tatu descreveu quem considerava ser o brasileiro médio. O doutor Miguel Couto, um dos pais da medicina no país, como político defendeu nos anos 1930 uma política de imigração que escolhesse que povos vinham, querendo conter a chegada de novos japoneses. O objetivo tinha de ser melhorar geneticamente o povo. O urbanista Lúcio Costa defendia, ainda nos anos 1920, que a arquitetura brasileira só seria melhor quando a ‘raça brasileira’ melhorasse. Assim como Couto, defendia uma política migratória que tivesse este objetivo.

Após o Holocausto, fruto desta longa linhagem de pensamento, a ideia de eugenia foi sendo lentamente abandonada. Apesar de todo o discurso construído para ter aparência de ciência, ciência nunca foi. A Família Kalikak era uma fraude. Nem todos os descendentes do casamento daquele velho oficial da Guerra Revolucionária se deram bem. Tampouco é verdade que os descendentes da pobre garçonete eram todos pobres ou com problemas — havia gente de todo tipo.

Outro aspecto obviamente ignorado é aquilo que deixou de ser dilema faz já muitas décadas, conforme genética passou a ser mais compreendida. Não são apenas os genes que levam alguém a ser quem é. As condições da mãe durante a gravidez, subnutrição na infância, acesso facilitado ou não a uma família estável ou a uma educação sólida. Diferentemente do que propunham os eugenistas, políticas sociais melhoram um povo ao invés de piorá-lo. E, claro, para o próprio Darwin o conceito de ‘raças’ humanas já não fazia muito sentido. Éramos, somos, uma só espécie, dotados todos das mesmas possibilidades. E, enfim, até provocar mudanças profundas em espécies complexas como nós mamíferos, o processo de Evolução Natural se dá no prazo de centenas de milênios, não no de gerações.

E ainda assim, amarrado como foi ao positivismo que fez nascer a República, seus princípios ainda pairam. A ideia de um mundo ideal no qual os fortes sobrevivem e que os fracos sejam eliminados a muitos segue parecendo tentadora.

Em vídeo: o médico Arnaldo Lichtenstein, professor da USP, descreve como eugenista a política de Bolsonaro.

Para entender Charles Darwin

Charles Darwin foi, provavelmente, o mais humano dos grandes nomes da Ciência. E sua contribuição possui algo marcante: são acessíveis aos leitores leigos. Mas para entrar no pensamento de Darwin é fundamental compreender a importância da relação entre a geologia terrestre e a vida. Para ele, era impossível separar a história da vida na Terra da história da Terra. E um exemplo disso está na sua visita aos Andes, onde avistou conchas marinhas a altitudes de milhares de metros e uma floresta petrificada com areia do mar a 2100 metros. Percebeu também a diferença entre as plantas e os animais dos dois lados da cordilheira. Era como se uma barreira houvesse sido erguida, restringindo os movimentos de algumas espécies de animais e plantas. Isoladas, as conchas aos poucos foram se transformando até adquirirem características marcadamente diferentes. O trecho está no livro Entendendo Darwin que reúne sua autobiografia e partes do famoso relato de suas viagens a bordo do navio H.M.S Beagle.

“Meu amor pela ciência natural foi contínuo e intenso. Desde a minha juventude, senti um forte desejo de compreender e explicar a tudo que observava - isto é, classificar todos os fatos de acordo com leis gerais”.

[...]

“não sou capaz de seguir cegamente o comando de outros homens. Sempre fiz o possível para manter a minha mente livre de modo que, caso seja necessário, possa abandonar uma hipótese que me é cara se os fatos mostrarem que é insustentável”.

Em outro trecho do livro, Darwin se mostrou chocado com a escravidão no Brasil. Ele estava no Rio de Janeiro, numa propriedade em Macaé, quando testemunhou uma das atrocidades “que só podem acontecer num país escravocrata”. Um relato extremamente forte.

“Devido a um desentendimento, o proprietário estava disposto a tirar todas as mulheres e filhos dos negros e vendê-los, separadamente, num leilão no Rio. Lucros, e não qualquer sentimento de compaixão, evitaram que ele perpetrasse esse ato. De fato, eu não acredito que a desumanidade de separar trinta famílias, que haviam vivido juntas muitos anos, sequer tenha passado pela cabeça do fazendeiro”

[...]

“Vou mencionar um acontecimento que me tocou mais que qualquer história de crueldade. Eu estava cruzando o rio de balsa com um negro, que era tremendamente limitado. Na tentativa de fazê-lo entender, falei alto, fiz sinais e, ao fazer isso, minha mão quase roçou a sua face. Ele, supus, pensou que eu estivesse com raiva e que iria bater nele; por um instante, com uma expressão apavorada e olhos saltados, ele baixou a mão. Jamais esquecerei meus sentimentos de surpresa, desgosto e vergonha, ao ver um homem tão grande e forte com medo até de desviar o rosto do golpe que, pensava, seria desferido diretamente. Aquele homem havia sido treinado em um nível de degradação pior do que o impingido ao animal mais indefeso”.

23 anos depois, após retornar da sua viagem, Darwin finalmente publicou A Origem das Espécies. Hoje sabemos que as mutações genéticas estão por trás das variações. Elas são aleatórias. E quase sempre nocivas à sobrevivência do mutante. A expressão seleção natural, muitas vezes, é erroneamente interpretada. Porque seleção implica a existência de algum processo de escolha. Processo que não existe.

Outro livro fundamental para entender Darwin é a biografia A vida de um evolucionista atormentado. É um livro que celebra o melhor de Darwin: a sua imensa paciência, a dedicação à pesquisa e sua personalidade extremamente afável.

Crise expõe ainda mais as mulheres

Mais da metade dos homens dizem estar ajudando os seus filhos com o ensino à distância. Mas apenas 3% das mulheres concordam, segundo pesquisa do New York Times. Essa diferença ressalta as desigualdades que já existiam, mas estão sendo exacerbadas com as quarentenas. Com a pandemia, as mulheres ganharam ainda mais tarefas domésticas. Uma pesquisa do LeanIn.org, grupo de defesa das mulheres no trabalho, criado pela COO do Facebook, Sheryl Sandberg, aponta que as mulheres gastam em média 71,2 horas por semana em tarefas domésticas e cuidados com os outros desde o início da pandemia. Enquanto os homens relatam 51,5 horas.

As mulheres estão mais expostas nessa crise. Elas representam globalmente 70% dos profissionais de saúde, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mas as mulheres não estão apenas na linha de frente, como também compõem a maioria dos setores que foram mais afetados pelo isolamento, como lazer, hospitalidade e varejo. Ainda são mais propensas a ocupar cargos temporários e de meio período — os tipos de empregos mais suscetíveis a serem cortados em uma recessão.

Nos EUA, o país que tem mais casos registrados no mundo e dados sobre emprego, as mulheres representavam 55% dos pedidos de seguro-desemprego em abril. A taxa de desemprego entre as mulheres chegou pela primeira vez, desde 1948, na casa de dois dígitos. Aumentou de 3,1% para cerca de 15% — frente aos 13% entre os homens. As taxas são ainda piores para outros grupos: o desemprego de mulheres negras é de 16,4% e latinas, 20,2%. “Acho que devemos chamar essa crise de ‘shecession’ (algo como recessão das mulheres)”, diz C. Nicole Mason, presidente e diretora executiva do Instituto de Pesquisa de Políticas para Mulheres dos EUA, em referência à recessão de 2008 que passou a ser conhecida como ‘mancession’, porque mais homens foram afetados.

Normalmente, surtos de doenças ampliam as desigualdade de gênero. Durante o Ebola, na África Ocidental, mais meninas abandonaram os estudos com a quarentena, também teve um aumento nas taxas de gravidez na adolescência, mais mulheres morreram no parto porque os recursos foram desviados para outros setores e a violência doméstica e sexual aumentou. Esta última já tem ocorrido. O número de casos de violência cresceu em 25% pelo mundo, segundo a ONU. Dos EUA à Itália, os números só aumentam. No Brasil, as denúncias subiram 14% nos quatro primeiros meses do ano.

Para a ONU, os pequenos avanços vistos nos últimos anos para a igualdade de gênero podem retroceder com a pandemia. Todos tiveram suas rendas impactadas durante o Ebola, mas os homens se recuperaram economicamente mais rápido do que as mulheres, segundo Julia Smith, pesquisadora de políticas de saúde da Universidade Simon Fraser. Com um mercado de trabalho esgotado, homens que estavam em outras indústrias mais lucrativas podem começar a competir por cargos tradicionalmente ocupados por mulheres, de acordo com Toni Van Pelt, presidente da Organização Nacional para Mulheres dos EUA. Enquanto isso, as mulheres, que no geral sofrem com a jornada dupla (mais encarregadas de atividades domésticas e cuidados) terão que esperar para procurar trabalho até que seus filhos se estabeleçam na escola e qualquer membro da família doente fique melhor.

Música feita com computadores e música feita por espiões

Mês passado faleceu Florian Schneider, um dos fundadores do Kraftwerk, banda essencial na disseminação de uso de computadores na produção musical. Mas a história do uso de tecnologia para sintetizar sons começou quase que junto da invenção dos computadores. Entre as décadas de 40 e 50, diversos pioneiros, como Raymond Scott, usavam salas inteiras de equipamentos para produzir sons. Mas foi em 1963 que o primeiro hit produzido com um sintetizador, por Delia Derbyshire e Ron Grainer, ganhou o mundo: a música tema do seriado inglês Doctor Who (curta na abertura original). Mas foi a partir de meados dos anos 70 que esse estilo de música se consolidou e explodiu nas paradas. Acabou conhecido como Synthpop. É essa história que o zine Treble conta através de uma seleção de 50 música essenciais do estilo. De Jean Michel Jarre à artistas atuais como Sharon Van Etten e Grimes, namorada de Elon Musk. Pelo caminho, Madonna, Prince, New Order, The Cure e até mesmo o jazzista Herbie Hancock. Leia no site, ou ouça a playlist no Spotify.

E se a música Winds of Change, da Scorpion, banda alemã de rock pesado, tivesse sido na verdade escrita pela CIA como parte de um sofisticado plano para derrotar o comunismo na Europa? Pois é essa a premissa da série de oito episódios do podcast Winds of Change, produzido pelo jornalista da New Yorker Patrick Radden Keefe. Ele investigou o assunto depois de receber a pista de uma antiga fonte com muitos contatos no mundo da espionagem. Durante a investigação, Keefe entrevistou ex-espiões, velhos membros do mundo da música e fãs de Scorpion da antiga União Soviêtica. Ouça a série ou leia uma resenha no Vulture.

Para curtir com calma

O Studio Ghibli é cultuado por uma legião de fãs por conta de animações como, entre outros, A Viagem de Chihiro, Meu amigo Totoro e Princesa Mononoke. Com o sucesso dos filmes, seu criador Hayao Miyazaki abriu um museu em Mitaka, cidade nos arredores de Tóquio. O Museu Studio Ghibli proíbe os frequentadores de tirar fotos no interior. Mas recentemente divulgaram 3 vídeos com um tour virtual pelo museu.

Por falar... Diversos filmes do Studio Ghibli entraram nas últimas semanas na Netflix.

40 mil anos de história de Londres, toda feita em papel, num curto vídeo de menos de 3 minutos.

E os mais clicados de mais uma semana de quarentena:

1. UOL: O momento em que o então ministro da saúde, Teich, se surpreende ao saber que Bolsonaro incluiu salões de cabelo como atividade essencial.

2. Época: Hackers invadem sistema de hospital do exército e vazam supostos exames de Bolsonaro.

3. G1: Modelo mais preciso até hoje do coronavírus em 3D é criado.

4. Atlantic: Galeria – Coronavírus no Brasil.

5. Antagonista: Até Augusto Aras ficou surpreso com o vídeo da reunião de Bolsonaro com os ministros.

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‘Mapa de apoios está desfavorável ao Irã e sua visão de futuro’, diz Abbas Milani

17/04/24 • 11:00

O professor Abbas Milani nasceu no Irã. Foi preso pelo regime do xá Reza Pahlavi. Depois, perseguido pelo regime islâmico do aiatolá Khomeini. Buscou abrigo nos Estados Unidos na década de 1980, de onde nunca deixou de lutar por uma democracia em seu país de origem. Chegou a prestar consultoria a George W. Bush e Barack Obama, numa louvável disposição de colaboração bipartidária. Seu conselho sempre foi o mesmo: o Irã deve se reencontrar com um regime democrático, secular, por sua própria conta. Sem interferências externas.

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