Edição de Sábado: Quando Stonewall transformou o movimento gay

As batidas em bares gays costumavam acontecer no início da noite. Eram frequentes na Nova York dos anos 1960. Não era ilegal ser gay no estado, mas chegava perto. Beijar em público, ou mesmo dar as mãos, constituía ato obsceno. Era obrigatório vestir no mínimo três peças de roupa que confirmassem seu gênero. E estabelecimentos comerciais só conseguiam licenças para fornecer bebida alcoólica sob determinadas condições e uma delas era não vender para desordeiros. Gays eram considerados por natureza desordeiros. Então todos os bares voltados para a comunidade eram ilegais e pertenciam à máfia. Pois as batidas eram frequentes e sempre iguais. Policiais vestidos em roupas civis entravam como clientes, mapeavam o lugar e enviavam um sinal para fora. Os fardados então chegavam, sempre antes das 22h, mandavam embora a maioria dos clientes, mas detinham homens e mulheres que violassem os códigos de vestimenta, os suspeitos da venda de drogas, garçons e gerentes. Aí destruíam o local. Mesas, cadeiras, o equipamento. Tudo para dificultar ao máximo a reabertura. Em geral, postos para fora, os clientes rapidamente se dispersavam pelas ruas, com medo de serem vistos ali, reconhecidos, e assim identificados como homossexuais. Viver no armário era a norma. Mas aquela noite desde o início já se mostrava diferente. Porque sentados no pequeno Cristopher Park, atravessando a rua daquele bar, o inspetor Seymour Pine e o detetive Charles Smythe esperavam o sinal para entrar no Stonewall Inn e o sinal não vinha. Àquela altura, a meia-noite já passara. 28 de junho, 1969.

Quem passasse em frente ao Stonewall não perceberia nada. 51, Rua Christopher, quase esquina da 7a Avenida. No meio do Greenwich Village, o bairro nova-iorquino já naquele tempo um tanto mais tolerante para qualquer um que fosse um pouco fora de ordem. Naqueles anos 1960, um jeito não tão raro de ser — hippies, artistas, boêmios em geral. E gays. Mas o Stonewall não era um bom lugar. A cozinha não tinha encanamento, então lavavam os copos num balde d’água que ia ficando cada vez mais suja. Os vasos sanitários estavam sempre entupidos. As janelas eram cobertas com tábuas de compensado e, no interior, mesas e cadeiras baratas, tudo pintado de negro. Vendia-se chope aguado ou cerveja em lata, desviada pela máfia. Os garçons circulavam não só para anotar pedidos mas também para conferir se estavam todos consumindo. Quem não estivesse era posto para fora. Então muitos dos rapazes, por serem bastante pobres, enchiam as latas com água para fazer parecer que gastavam mais do que de fato conseguiriam. O segundo modelo de negócio era chantagem. Os clientes com cargos importantes, os casados com mulheres, os poucos ricos, em um determinado momento recebiam uma visita e tinham de fazer a escolha entre pagar ou serem expostos.

Havia bares gays melhores, mas eram caros. Stonewall recebia a todos. Uma batida na porta, o leão de chácara olhava pelo buraco, abria. Ou mandava embora. Se Stonewall tinha uma qualidade, além dessa possibilidade de receber a todos, era o espaço amplo e a pista de dança. Sempre com rock tocando alto e um ambiente no qual todos pudessem dançar, mesmo que com os corpos colados.

Para alguns grupos em particular, apesar de suas parcas qualidades, Stonewall era precioso. Um local onde a manifestação de afeto e desejo era livre. Refúgio de um mundo no qual sua identidade tinha de ser lacrada. Ou mesmo local para encontrar onde passar aquela noite. É onde transexuais frequentavam, pois não eram bem-vistos nos outros bares gays. Onde os street kids encontravam refúgio. Garotos de rua, entre a adolescência e início da idade adulta, expulsos de casa. Passavam os dias no Parque Cristopher e, nas noites que abria, dentro do Stonewall. Alguns roubavam, outros faziam biscates. Havia quem se prostituísse, mas muitos entravam naquele tipo de relação mais complexa, por vezes profunda, noutras tantas fugazes, com homens mais velhos em que afeto e sustento se misturavam. Stonewall era democrático. Limusines paravam à sua porta nas noites de sábado, todo mundo o frequentava. E é justamente porque o hábito dos clientes ricos era ir sábado que a polícia escolheu aparecer lá na sexta-feira. Melhor evitar constrangimentos. Só que já era madrugada, e as duas policiais infiltradas, passando-se por lésbicas, não davam qualquer sinal. Haviam esquecido de que estavam a trabalho? Será que encontraram problemas?

Não era raro que, a qualquer noite, sempre houvesse alguém que aparecesse com um olho roxo ou outras marcas de surra. Um mexer com o corpo em falso, uma troca de olhares com o homem errado, o flagrante num beco à noite. Policiais de rua eram conhecidos por dar surras em homens gays. Não só policiais — grupos vigilantes se formavam para aparecer nos pontos da cidade conhecidos por atrair homossexuais. Batiam feio. E às vezes matavam. Jogavam os corpos no rio Hudson, à moda da máfia. Naquele tempo, gays desapareciam por serem gays. Apenas uns dias antes, as árvores de um parque nas redondezas haviam aparecido cortadas na base do tronco, com serra elétrica. Feito de um grupo vigilante para impedir os encontros furtivos e escondidos, que aconteciam sob os riscos da madrugada. Stonewall, o lugar que permitia dançar colado e beijar no meio de todo mundo, que recebia a qualquer um apesar de muito sujo, era precioso. E é por isso que até as limusines continuavam vindo. Mesmo sob o risco de chantagem.

A demora era tanta que Pine decidiu agir mesmo sem o sinal. Ele e o detetive Smythe atravessaram a rua, bateram à porta, entraram. “Polícia”, falou bem alto o inspetor, número dois na área de Vícios do Departamento de Polícia de Nova York. “Estamos tomando o lugar.” A atuação seguiu como de praxe. Os funcionários foram isolados num canto. À porta, um policial ia colocando para fora um a um todos que estivessem vestidos de acordo com seu gênero. Ficaram as mulheres de calça e os homens de vestido. Não necessariamente trans, embora alguns o fossem. O vocabulário sobre gênero não existia ainda. O que havia, aos olhos dos policiais, eram transvestites e dykes — travestis e sapatões.

O levante não começou logo, mas desde cedo havia já algo de diferente. Porque desta vez os clientes não foram embora. Pelo menos uma centena — o bar tinha lotação 350 e estava cheio — foi ficando. Se aglomerando por ali, olhando para as janelas cobertas por placas de compensado. A cada um que era liberado o grupo aplaudia. Faziam brincadeiras. Mas os rumores foram circulando de que os policiais estavam batendo em quem ficara dentro. Não era verdade, mas motivos para desconfiar não faltavam. A noite estava quente e a Lua cheia ajudava a iluminar. Camburão e uns carros chegaram para levar os detidos e o clima começava a ficar carregado. Pine destacou alguns de seus homens, uma equipe de oito no total, para manter o perímetro aberto. Afastar as pessoas para os veículos passarem, para os detidos poderem sair pela porta e encaminhados para dentro dos transportes. E as pessoas continuavam não indo embora. Pareciam agitadas. Murmúrios circulando.

Foi uma mulher quem começou tudo. Ainda dentro do bar, não se conformava em ser presa. Resistia. Foi algemada, mas persistia rejeitando a ação. Posta no banco de trás de um carro, saiu uma vez. Foi posta de novo. Chutava. Assistir àquela resistência ativa só fazia a pequena multidão se agitar mais. “Porcos”, alguém gritou, a ofensa padrão em inglês para policiais. A mulher saltou novamente do carro, se desvencilhou dos policiais e saiu correndo contra a multidão, onde se perdeu. Eles tentaram segurá-la, não conseguiram. E aquilo fez tudo explodir. “Brutalidade policial!”, outro grito. Mais “porcos”. Daí veio a chuva de pennies, a moeda de um centavo que, lançada com força, machuca. Então veio a primeira garrafa. “Vamos pra dentro”, gritou Pine. “Vamos nos trancar dentro e pedir reforços.”

Anos depois, Seymour Pine, que havia escrito o manual de confronto corpo a corpo para o Exército americano, diria que aquela foi a noite mais assustadora de sua vida. “Ninguém atira sem ordem minha”, ele ainda disse para sua equipe.

Já haviam começado a tirar pedras do calçamento para lançar contra as paredes quando alguém arrancou do chão um parquímetro e um grupo se juntou, usando-o como aríete para abrir a porta. “Alguém consegue gasolina”, veio o grito. Uma das peças de compensado caiu, expondo a janela, e fluido de isqueiro foi lançado dentro. O fogo se iniciou. “Gay power”, veio o grito de guerra, citando os Panteras Negras do tempo e seu grito de “Black power”. “Gay power”, repetiam. Lá dentro, o fogo havia sido controlado mas o medo se mantinha.

De alguma forma, os street kids sentiram aquela noite que não tinham o que perder. Trans, igualmente. Quem era vítima de preconceito mesmo dentro de uma comunidade vítima de preconceito generalizado, naquela noite, vendo aquela mulher anônima resistir à prisão com toda energia que tinha, de alguma forma se sentiu com força. Uma força coletiva que explodiu. O que não podia era perderem o único lugar que sentiam ter onde eram livres.

A madrugada daquele 28 acabou sem vítimas. Nas noites seguintes, porém, mais e mais homens, mulheres e trans vieram se reunir à porta do Stonewall para gritar em público “gay power” enquanto a polícia tentava conter a insurreição com bombas de gás lacrimogênio. Na noite de domingo, o poeta Allen Ginsberg visitou o local. “Era hora mesmo que fizéssemos alguma coisa”, comentou.

Em 28 de junho de 1970, para celebrar o aniversário do levante, Nova York assistiu à primeira Parada do Orgulho Gay. Naquela década, os primeiros políticos declaradamente homossexuais foram eleitos e as leis que de alguma forma atacavam a comunidade foram lentamente caindo. A pandemia da Aids, na década de 1980, reforçou ainda mais a mobilização civil. E, na primeira década do século 21, o casamento homoafetivo começou a ser legalizado. Um movimento que se espalhou pelo Ocidente democrático.

Em 2004, um evento reuniu no palco alguns dos veteranos do levante de Stonewall com um já bem idoso Seymour Pine. “Tínhamos uma cota de prisões”, ele contou. “Gays eram prisões fáceis, nunca davam trabalho até aquele dia.” Numa conversa franca, contou muito sobre aquela noite. “Éramos preconceituosos, claro, mas nosso alvo era a máfia, não os gays.” A noite terminou sem mortes, mas a tensão não foi pequena. “Sinto muito pelo que fiz”, ele afirmou. Numa entrevista ao historiador David Carter, foi além. “Se o que fiz ajudou de alguma forma, então fico feliz.”

Tommy Lanigan-Schmidt, hoje um célebre artista conhecido na cidade, não tinha ainda completado 21 naquela noite e vivia nas ruas desde os 17. Era um dos street kids e um dos raros que dizem ter estado lá e que de fato aparecem em inúmeras fotografias. “A polícia vinha de vez em quando e era humilhante”, ele lembra. “Era dado que eles podiam abordar você, apertar sua bunda, ou só rir da sua cara. Eles sentiam ter o direito de constranger.” Mas aquela noite foi diferente. “Eles falaram para a gente parar de dançar. Dançar junto é uma afirmação de quem somos. Estamos nos segurando um ao outro. Vem de dentro, do coração, da alma. E o levante veio de dentro, do coração, da alma. A gente só sentiu que eles não podiam mais tratar a gente daquele jeito.”

O artvismo nos EUA

Artistas americanos e seus pincéis estão colorindo as ruas com as palavras "Black Lives Matter" em tons de arco-íris. Embora pareça novo, o termo que muitos usam para esse tipo de trabalho, artivismo, tem uma história profundamente enraizada. “Os artistas sempre estiveram à frente de protestos em comunidades negras e outras comunidades marginalizadas em todo o país”, diz Aaron Bryant, curador de fotografia e cultura visual do Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana. Como um coletivo, os artistas ilustram e impactam a história. Como indivíduos, eles têm suas próprias histórias por trás de sua arte. E aqui estão imagens e nove dessas histórias.

Lições de Vila Sésamo em diversos momentos

No mês do orgulho LGBTQ, os conteúdos das redes sociais de Vila Sésamo chamaram a atenção. Posicionamentos são mais esperados de marcas que não carregam o nome da sua principal criação. A Disney, por exemplo, não é só o Mickey. Já Vila Sésamo é o programa, e também a empresa. Com uma mensagem forte ilustrando fantoches de mãos dadas, ressaltaram que "na nossa rua, nós aceitamos todos, amamos todos e respeitamos todos". Sutis, mas sem fugir do assunto, e diretos ao mesmo tempo.

On our street, we accept all, we love all, and we respect all. Happy #PrideMonth!.

Não é de hoje. Nos últimos 50 anos, as lições ensinadas pelos fantoches de Vila Sésamo foram muito além de cantar sobre dias ensolarados. Do racismo à morte, a série icônica não se esquivou de abordar tópicos polêmicos e difíceis. A morte de Mr. Hooper, em 1983, é um desses episódios. Veja.

Em 2002, a Vila Sésamo apresentou Kami - um Muppet soropositivo cujo nome vem de kamogelo, que significa aceitação em Setswana. Embora tenha sido criada para Takalani Sesame, a versão da Vila Sésamo na África do Sul, ela se tornou um símbolo global da importância da educação sobre a Aids. Neste vídeo, Kami conversa com o ex-presidente Bill Clinton.

Em Racismo na Vila Sésamo,1993, Gina (que é branca) recebe um telefonema perturbador de um estranho com raiva da sua amizade com Savion (que é negro). Confusa, Telly Monster testemunha o incidente e questiona: “O que a cor tem a ver com ser amigo”? E Gina responde: “Nada. É essa a questão”. Assista.

E há duas semanas, os fantoches explicaram o que era o Black Lives Matter e falaram sobre os protestos contra o racismo. Veja a reação de celebridades.

Em 2019 a Vila Sésamo abordou temas como lares adotivos e abuso de substâncias químicas. E, no começo do ano, seu novo programa no Oriente Médio abordou as consequências da guerra civil na Síria. Chamado Ahlan Simsin, que significa "Bem-vindo Sésamo" na língua árabe, o show mostra personagens como Elmo, Cookie Monster e Grover, assim como dois novos Muppets: o jovem Jad, que teve que deixar seu lar, e Basma, uma garota que se torna sua amiga. O alívio cômico fica por conta de uma cabra chamada Ma’zooza.

Os ataques terroristas de 11 de setembro também foram abordados com muito cuidado. Eles usaram um incêndio na Hooper's Store como metáfora. Para entender seus medos, Elmo visita o corpo de bombeiros e descobre o quão perigoso - e importante - é o trabalho desse profissional. E assim Elmo se sente seguro novamente. O produtor fala aqui sobre o episódio.

Ativismo do K-pop

O ativismo social e político ganhou um novo ator: os fãs de k-pop. Eles foram responsáveis por esvaziar o comício de Donald Trump nesta semana em Tulsa. Os grupos organizaram um cadastramento falso para o evento, o que resultou a ocupação de apenas metade dos 19 mil lugares. Semanas antes também esvaziaram a hashtag racista de #whitelivesmatter (vidas brancas importam), linkando com conteúdo de jovens cantando e dançando música pop sul-coreana. Depois travaram o aplicativo da polícia de Dallas, quando ela pediu que cidadãos enviassem vídeos de “atividades ilegais de manifestantes” nos protestos contra a violência policial.

A organização em massa não é novidade para esses fãs. Eles se diferenciam de outros fã-clubes pela própria indústria, que foi projetada nos anos 90 para mantê-los altamente envolvidos e responsáveis pelo sucesso das bandas de k-pop. Aqueles artistas com mais apoio, ganhavam mais espaço na mídia. Assim, eles se acostumaram a organizar ações coordenadas para apoiar suas estrelas: solicitam em massa as músicas nas estações de rádio ou mais recentemente fazem streaming em um determinado momento para alavancar a posição nas paradas musicais.

As atividades são organizadas pelas redes, sem liderança ou hierarquia. Em maio deste ano, o BTS, o maior grupo de k-pop, ficou de fora dos assuntos mais comentados no Twitter apenas por dois dias.

O engajamento dos fãs com pautas políticas também ocorre num momento em que a própria política copia o comportamento dos fã-clubes na internet, com a adoção de comportamentos mais passionais e técnicas de mobilização.

Mas o maior aliado para a escala atual desse ativismo é o TikTok. O aplicativo, com alto poder de viralização, ainda é imune à ação de robôs e tem se espalhado pelo mundo — acompanhado o próprio sucesso do k-pop. Segundo a Korea Foundation, há 99 milhões de fãs do gênero musical espalhados por 98 países. Assim, o modelo de apoio criado por jovens sul-coreanos, hoje, é replicado por outras faixas etárias de fãs, que se estende para até mais de 30 anos e reúnem minorias, como negros e membros da comunidade LGBT+.

Parte dessa nova geração, os próprios artistas, incentivados pelos fãs, têm feito músicas e se engajado em pautas como feminismo e LGBT+. As agências, responsáveis pela carreira dos artistas, estão lentamente adotando e permitindo esse tipo de conversa.

Isso tem contribuído para retomar o caráter político de um dos gêneros musicais de maior sucesso atualmente. Em seus primeiros anos, o k-pop foi um movimento de oposição à censura no país. Mas, com o tempo, o mercado falou mais alto e o posicionamento político dos grupos, que nunca foi forte a ponto de ser uma marca distintiva, foi desaparecendo. Assim, os ídolos se tornaram modelos de comportamentos exemplares e só se engajam em causas não-partidárias. O resultado são músicas que, na sua maioria, não incentivam posturas combativas. Mas, aos poucos, pode começar a mudar.

Galeria: fotos da semana

As celebrações do mês do orgulho LGBTQ se uniram aos protestos por justiça racial. Fotos.

O nascer do sol em Glastonbury Tor, um incêndio durante o solstício na Lituânia, um bebê hipopótamo na França, uma gaivota sorrateira na Dinamarca, estátuas derrubadas nos Estados Unidos, um concerto na Espanha. E outras imagens que marcaram a semana.

E os links que nossos leitores mais clicaram nessa semana:

1. Twitter: Claudia Costin recusa sondagem para assumir ministério da educação.

2. Último Segundo: Wassef planejou sequestrar o jornalista Lauro Jardim.

3. Bula: 12 séries fundamentais para assistir na Amazon Prime.

4. NYT: Como a epidemia de Covid saiu do controle nos EUA.

5. Youtube: Panelinha – Como deixar a carne moída mais saborosa.

Encontrou algum problema no site? Entre em contato.

Se você já é assinante faça o login aqui.

Fake news são um problema

O Meio é a solução.

R$15

Mensal

R$150

Anual(economize dois meses)

Mas espere, tem mais!

Edições exclusivas para assinantes

Todo sábado você recebe uma newsletter com artigos apurados cuidadosamente durante a semana. Política, tecnologia, cultura, comportamento, entre outros temas importantes do momento.


R$15

Mensal

R$150

Anual
(economize 2 meses)
Edição de Sábado: A política da vingança
Edição de Sábado: A ideologia de Elon Musk
Edição de Sábado: Eu, tu, eles
Edição de Sábado: Condenados a repetir
Edição de Sábado: Nísia na mira

Meio Político

Toda quarta, um artigo que tenta explicar o inexplicável: a política brasileira e mundial.


R$15

Mensal

R$150

Anual
(economize 2 meses)

A rede social perfeita para democracias

24/04/24 • 11:00

Em seu café da manhã com jornalistas, na terça-feira desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que a extrema direita nasceu, no Brasil, em 2013. Ele vê nas Jornadas de Junho daquele ano a explosão do caos em que o país foi mergulhado a partir dali. Mais de dez anos passados, Lula ainda não compreendeu que não era o bolsonarismo que estava nas ruas brasileiras naquele momento. E, no entanto, seu diagnóstico não está de todo errado. Porque algo aconteceu, sim, em 2013. O que aconteceu está diretamente ligado ao caos em que o Brasil mergulhou e explica muito do desacerto político que vivemos não só em Brasília mas em toda a sociedade. Em 2013, Twitter e Facebook instalaram algoritmos para determinar o que vemos ao entrar nas duas redes sociais.

Sala secreta do #MesaDoMeio

Participe via chat dos nossos debates ao vivo.


R$15

Mensal

R$150

Anual
(economize 2 meses)

Outras vantagens!

  • Entrega prioritária – sua newsletter chega nos primeiros minutos da manhã.
  • Descontos nos cursos e na Loja do Meio

R$15

Mensal

R$150

Anual
(economize 2 meses)