Edição de Sábado: Como o PT reinventou seu eleitorado

Na manhã de 6 de junho de 2005, uma segunda-feira, a Folha de S. Paulo chegou às bancas brasileiras com uma manchete de grande impacto. “PT dava mesada de R$ 30 mil a parlamentares, diz Jefferson.” Na foto da capa, com camisa de manga comprida verde e as mãos ajeitando o cabelo revolto ainda com poucos fios de grisalho, o presidente nacional do PTB se impunha no cenário. Roberto Jefferson partia para o ataque contra o PT. Figura obscura da política que havia se tornado célebre como líder da tropa de resistência ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor, Jefferson estava no centro de um escândalo de corrupção nos Correios, que seu partido controlava. Um vídeo circulando havia flagrado um de seus aliados pedindo propina e o petebista havia se convencido de que os vazamentos eram feitos pelo PT, mais especificamente pelo então ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, que desejava se livrar do aliado. Seu contra-ataque, denunciando aquilo que seria apelidado de Mensalão, punha o mandato do presidente Lula em risco. Poderia, até, resultar em impeachment. O impeachment não caminhou por uma decisão tática do principal partido de oposição — o PSDB. O cálculo tucano era de que, manchado pela corrupção, Lula não conseguiria se reeleger. Não só ele se reelegeu como o PT ainda tirou das urnas mais duas vitórias presidenciais, com Dilma Rousseff. Estas vitórias só foram possíveis porque houve uma mudança na base eleitoral do Partido dos Trabalhadores. Muitos analistas sugerem que, neste momento, o presidente Jair Bolsonaro tenta repetir o feito. Não custa, então, voltar àqueles anos para compreender o que houve no pleito nacional de 2006.

O principal estudo sobre esta mudança dos eleitores de Lula foi escrito pelo cientista político André Singer (PDF), que chegou a ser porta-voz do presidente. A eleição de 2006 foi muito particular: seu resultado marca uma polarização baseada em faixas de renda que só havia ocorrido uma vez, antes. Na primeira campanha após a ditadura — 1989. E, naquele ano, era invertida. A população de baixíssima renda votou em peso no candidato eleito, Fernando Collor. Em 2006, pela primeira vez, este mesmo conjunto escolheu Lula. É um eleitorado que lhe tem sido fiel desde então.

Esta questão, a de por que os brasileiros mais pobres não votavam na esquerda, movia um debate interno profundo no PT e já estava, desde antes de o partido chegar ao governo, entre os focos dos estudos de Singer (Amazon). E é justamente por isso que calhou de ser ele quem foi trabalhar mais fundo o que houve em 2006. A leitura que ele havia desenvolvido é que, quando as teorias são esquecidas e perguntas sobre valores são feitas diretamente às pessoas, esquerda e direita no Brasil tinham — naquele tempo — por característica serem estatistas. Ambas desejavam a ação de um Estado forte e ambas compreendiam que transformações sociais eram necessárias. A diferença é que enquanto o brasileiro de esquerda queria que o Estado acelerasse transformações, o de direita o via como um garantidor de ordem. Uma força que contivesse os movimentos sociais para que transformações ocorressem de forma segura, sem grandes abalos das estruturas.

Em 1989, quando Lula saiu candidato pela primeira vez, ele mantinha ainda a barba negra desgrenhada do líder operário que havia sido em finais dos anos 1970. Sua imagem de líder grevista era muito forte, e não à toa. Os movimentos que organizou no ABC paulista foram marcantes do processo de abertura nos anos finais da Ditadura Militar. Mas o que ele e boa parte dos analistas ainda não compreendiam é que o respeito, e mesmo a admiração por esta forma de luta por direitos trabalhistas, era mais fácil de ser encontrado nas classes médias urbanas do que entre os mais pobres. Para quem tocava uma vida de muitos riscos e medo, sem qualquer estrutura, o desejo de ordem e segurança era imperativo. Collor simbolizava isso. Lula era símbolo da desordem. Esta forma de enxergar impunha à esquerda brasileira um teto: não conseguia ultrapassar a barreira dos 30% do eleitorado.

Isto não havia mudado completamente quando Lula se elegeu, enfim, no quarto pleito presidencial que disputou — 2002. A barba já estava grisalha e bem aparada, transitava de ternos bem cortados entre gente de poder, havia se aliado com um partido de direita e seu vice era um empresário. Mas sua mudança pessoal havia atraído mais votos nas classes médias, não entre os brasileiros no extremo inferior da renda.

A maneira simplista de observar a virada em 2006 é afirmar que o Bolsa Família foi um projeto clientelista que, em essência, comprou os votos deste grupo. Foi bem mais complexo.

À primeira vista, é isto que os números parecem sugerir. Um pedaço muito grande de eleitores de Lula em 2002 que estava nas faixas de renda alta — de cinco a dez salários mínimos — e muito alta — mais do que dez — o abandonaram. Se dividiram entre o tucano Geraldo Alckmin e o PSOL de Heloísa Helena. Durante aquele primeiro mandato, um grupo importante de parlamentares petistas deixaram o partido. De certa forma, foram postos para fora — entre a ideologia e as concessões pragmáticas que governantes são obrigados a fazer, escolheram a ideologia. Já o PT tinha de governar. Mas, por outro lado, o Mensalão foi um estrago de imagem grande num partido que na década e meia anterior havia se colocado como um firme combatente das práticas de corrupção típicas de governos brasileiros. Aqueles políticos que fizeram nascer o PSOL não queriam compromisso com aquilo que viam o PT se transformar. Uma parte do eleitorado cativo do PT se moveu da mesma forma. Os mais moderados retornaram ao PSDB, os de esquerda migraram para o PSOL.

Foi por perceber este movimento que os tucanos decidiram que o Mensalão seria desgaste o suficiente para que Lula não se reelegesse. O que não viram foi o impacto que as políticas sociais do governo teriam sobre aquela parte do eleitorado que sempre rejeitara a esquerda.

O Programa Bolsa Família foi lançado antes do Mensalão, em 2003, unificando uma série de políticas de redistribuição de renda criadas durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso. Este tipo de programa fazia parte da palheta de ferramentas de governo tanto do grupo que formou o PSDB quanto dos petistas. Ainda na década de 1980, o governo paulista de Franco Montoro e a prefeitura em Campinas de Antônio da Costa Santos, o Toninho, já tinham políticas similares. Um tucano, um petista.

Conforme a economia mundial acelerava e mais dólares passavam a entrar no Brasil, marca daqueles primeiros anos do século, foi possível ampliar o programa. Em 2004, a verba do PBF foi 64% maior do que no ano de sua criação. Em 2005, quando explodiu o Mensalão, teve novo aumento — 26%. Nos quatro anos do mandato, a verba orçamentária dedicada a redistribuição de renda foi multiplicada por 13. De R$ 570 milhões para R$ 7,5 bilhões. No início, 3,6 milhões de famílias eram atendidas. No final de 2006, 11,4 milhões.

Que há relação entre a migração destes votos para Lula é claro. Em 2006, no primeiro turno, Lula levou 60% dos votos do Nordeste e 33% do Sul, respectivamente as regiões mais e menos impactadas pelo programa. Entre os que votaram em Lula pela primeira vez naquela eleição, a vasta maioria eram mulheres de baixa renda. Justamente as beneficiárias primárias do programa.

Há alguns pontos, porém, que devem ser considerados. Para classificar uma política como clientelista, os especialistas usam alguns critérios (PDF). Um deles é o da relação direta — aquele benefício, quem o recebe tem ciência, vem em troca de voto. Uma política que tem por critério uma faixa de renda, e não um bolsão eleitoral, dificilmente se adequaria. Além disto, não há o típico monitoramento para garantir que os votos foram entregues.

(Bem depois, durante a campanha eleitoral de 2014, uma rede de boatos foi estabelecida primeiro contra a candidata do PSB, Marina Silva, e depois contra o tucano Aécio Neves. O foco era alertar que ambos extinguiriam o Bolsa Família. A principal ferramenta desta máquina de desinformação foi uma rede de telemarketing que pode ter usado o cadastro do PBF, o que nunca foi comprovado, e era grande o suficiente para atuar em várias regiões do país.)

É um erro afirmar que esta mudança de eleitorado se deu apenas por conta do Bolsa Família. O eleitorado que recebia até 2 salários mínimos formava 47% da população. Durante o mandato, houve aumento real de 24,25% do salário mínimo, que atingiu um número muito maior de pessoas do que o PBF. A melhora da economia, muito devida a um ciclo mundial positivo, fez com que a cesta básica sofresse queda de preço real — principalmente no Nordeste. (No Sul, teve aumento.)

Políticas sociais não eram artificiais para o PT. Faziam parte de sua cartilha, de seu discurso. E não foi apenas o Bolsa Família que atingiu os brasileiros mais pobres. Seu aumento real de poder de consumo se deu também por outros caminhos. E o resultado eleitoral veio. Se o horror à corrupção afastou um grupo tradicional de eleitores, o aumento de renda por políticas públicas trouxe outro.

Há diferenças importantes em relação ao que faz o presidente Jair Bolsonaro. Começa pelo fato de que o Auxílio Emergencial é provisório e não agrada ao ministro da Economia, Paulo Guedes. O Brasil enfrenta uma desaceleração econômica importante — e mundial. O dinheiro mensal não está incluído numa teia mais vasta de programas voltados para a população mais pobre. Então é difícil afirmar que a migração de popularidade, que ocorreu novamente de acordo com pesquisas, possa durar.

Mas o Brasil, assim como o mundo, não tem se mostrado um ambiente propício a previsões de longo prazo.

Uso do plástico cresce durante pandemia

Nos últimos anos, o plástico se tornou um dos principais inimigos do meio ambiente. Até 2018, pelo menos mais de 125 países tinham algum tipo de proibição de plástico. Empresas começaram a incentivar reutilização de materiais e embalagens. Mas com a pandemia, essa tendência tem mudado.

O plástico é indispensável em uma pandemia. O uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) cresceu nos últimos meses. Só no final de junho, quase 28 bilhões de itens foram encomendados no geral. Máscaras cirúrgicas, luvas, capas protetoras são itens essenciais para a proteção de quem está na linha de frente. O receio das pessoas de reutilizarem materiais também aumentaram o uso de sacolas plásticas, embalagens para produtos e encomendas. Em maio, a projeção era de que o mercado global de embalagens cresceria 5,5%.

Porém muitos desses plásticos também são os mais difíceis de reciclar. Enquanto o papel quebra facilmente, o plástico requer produtos químicos caros para se degradar. E muitos tipos, incluindo o filme fino usado em sacolas de compras, não podem nem ser reciclados. Essa nova alta na demanda pode durar a médio ou longo prazo a depender do mercado de petróleo. As restrições nas viagens levaram os preços do petróleo a mínimos históricos, tornando o plástico virgem mais barato do que o plástico reciclado.

As empresas de plástico têm se aproveitado. Citando cuidados contra a disseminação do vírus, têm pressionado negócios a voltarem a proibir materiais reutilizáveis. O Reino Unido já adiou sua proibição de canudos e muitos estados dos EUA, como Califórnia e Nova York, adiaram ou reverteram as proibições de sacos de plástico. Os produtores ainda têm feito lobby na comissão da UE para adiar ou repensar sua proibição de plásticos de uso único até 2021.

Mas o plástico não necessariamente é mais seguro. Um estudo descobriu que o vírus pode viver até 24 horas em papel, papelão e tecidos. Enquanto em plásticos e outras superfícies duras e brilhantes, sobrevive até 72 horas. Em 22 de junho, mais de 100 cientistas publicaram uma carta aberta insistindo que recipientes reutilizáveis são seguros desde que bem limpos.

Não é a toa que a comunidade científica está preocupada. Oito milhões de toneladas de plásticos entram no oceano anualmente, segundo a WWF. Até 2050, teremos mais plásticos que peixes nos oceanos. E estamos longe de sair dessa trajetória: a produção global de plásticos quadruplicou nas últimas quatro décadas. Se essa tendência continuar, a fabricação de plásticos representará 15% das emissões de gases de efeito estufa até 2050 — o mesmo nível atual da emissão de todo o setor de transporte.

Em fotos, o plástico em tempos de pandemia.

O despertar de Nova York: fotos

Fotos e vídeos de Sam Youkilis mostram Nova York voltando à vida, lenta e cautelosamente.

Edward Hopper atemporal, pandemia ou não

A solidão do mundo moderno retratada em quadros. Nascido em 1882, Edward Hopper, artista norte-americano, fez retratos realistas e únicos de pessoas em estado de solidão. Seus personagens - pessoas reduzidas à dimensão mínima em lugares auspiciosos - são específicos para o seu tempo. Mas sua arte madura, que levou duas décadas para ser digerida antes de consolidada na década de 1920, é atemporal. Sem tempo. A solidão é o seu tema: a insegurança de indivíduos num país que é, somente no abstrato, uma nação. Pandemia ou não.

Embora chamado de realista, Hopper é mais apropriadamente um simbolista que investiu na aparência objetiva, subordinando aos seus sentimentos o prazer estético sem expô-los. As obras causam um impacto enorme, pois não só nos vemos inseridos naqueles cenários, como também entramos em contato com a solidão do outro.

Hopper nasceu em Upper Nyack, Nova York, e morreu em seu estúdio perto da Washington Square, em 15 de maio de 1967. Apesar de uma vida interessante, sua história pessoal não caberia aqui. Sobre sua biografia, recomendamos Edward Hopper: An Intimate Biography, de Gail Levin.

Aliás...a história de Gail merece ser celebrada. Professora de História da Arte, Estudos Americanos, Estudos Femininos e Estudos Liberais no The Graduate Center e Baruch College da City University of New York, ela é reconhecida como a principal especialista sobre a obra do pintor realista americano. Sem Gail, muito do que sabemos e vimos sobre Edward não existiria. Em The Preacher Collects, um dos capítulos de In Sunlight or In Shadow: Stories Inspired by the Paintings of Edward Hopper, ela conta como "encontrou as obras de Edward". Tudo ficção, mas com pitadas de realidade. A história real é bem mais confusa. A velha casa da sua infância, agora, funciona como uma galeria - a Edward Hopper House Art Center

É comum que suas pinturas, nos Estados Unidos e no mundo, tenham um apelo maior entre escritores. “É profundamente forte com aqueles que se preocupam com histórias. Se gostamos de ser contados aos outros ou a nós mesmos, tendemos a ser fãs de Edward Hopper. E não é por causa das histórias que suas pinturas contam”, destaca Lawrence Block, editor do livro.

Tanto é que Hopper ficou consternado quando seu trabalho foi descartado como ilustração. Não menos que qualquer expressionista abstrato, sua preocupação era com forma, cor e luz, não com significado ou narrativa. Hopper não era ilustrador nem pintor de narrativas. Suas pinturas não contam histórias. O que elas fazem é sugerir. Ele nos mostra um momento no tempo. Há claramente um passado e um futuro.

Por falar em passado, certa vez, exasperado com as perguntas sobre o que seus trabalhos significavam, Hooper respondeu em 1933: “Estou atrás de mim”. Com um grande repertório, ele leu e releu a poesia alemã e francesa do século XIX. Suas liberdades poéticas, em um modo realista , remontam a um de seus predecessores favoritos, Gustave Courbet. E Hopper nunca deixou de influenciar o pensamento, no mínimo, de artistas que vieram depois. De Kooning notou um efeito da floresta sumariamente escovada no fundo de Cape Cod Morning (1950), na qual uma mulher é vista do lado inclinado, para frente, em uma janela de sacada e olhando para algo além da borda direita da imagem.

Já David M. Lubin, um dos maiores estudiosos da história da arte, faz uma conexão sobre Hopper e Alfred Hitchcock, ambos como contadores visuais de histórias.

Politicamente, observou seu amigo, o romancista John Dos Passos, Hopper foi "uma espécie de conservador de McKinley". O artista desprezou os programas de arte do New Deal da década de 1930. Em 1940, ele retornou a Nova York para votar contra Franklin Roosevelt. Goste ou não, é impossível ignorá-lo.

Peter Schjeldahl, crítico da New Yorker, disserta sobre como as pinturas do artista exploram a solidão, solidão solitude. Atemporal.

“Quase todas as casas que ele pintou me parecem um auto-retrato, com janelas reflexivas, quase nunca uma porta visível ou, no máximo, uma porta convidativa. Se às vezes parecem desajeitadamente forçadas, isso não é uma falha; é uma garantia de que ele levou as capacidades comunicativas da pintura ao seu limite, e um pouco além. Ele nos deixa sozinhos com nossa própria solidão, tirando o fôlego e não o devolvendo. Poderíamos surtar se tivéssemos que ser essas pessoas, mas - veja! - eles estão indo bem, por mais desagradáveis que sejam. Pense na famosa etiqueta de Samuel Beckett: ‘Não posso continuar. Eu vou continuar’ Agora exclua a primeira frase. Com Hopper, o continuar não é uma escolha.

A solidão em dez pinturas.

Fortnite vai transmitir talkshow sobre racismo

Não são só shows de música que a turma do Fortnite quer levar para dentro do jogo. Hoje vai acontecer um outro tipo de transmissão na famosa ilha. We the People é um talk show que discutirá questões relacionadas ao racismo estrutural que existe nas indústrias da mídia, cultura e entretenimento. Apresentado por Van Jones, âncora da CNN, e com participações das também jornalistas Elaine Welteroth, ex-editora chefe da Teen Vogue, e Jemele Hill, da Atlantic. Além dos músicos Killer Mike e Lil Baby.

A transmissão começa às 10h46, horário de Brasília, e será reprisada a cada duas horas ao longo do dia. Para assistir, basta entrar no modo Battle Royale do jogo, escolher a lista Festa Royalle e se dirigir ao cinema da ilha. Pode ser uma boa opção para quem está com saudade de pegar aquele cineminha.

E por falar... Estreou a terceira temporada do Fortnite. Entre as novidades, um novo modo Splashdown (veja o trailer) em que as batalhas passam para dento d'água e uma nova roupa de Capitão America. A CNet dá os detalhes e conta como vencer os principais desafios.

E o coronavírus continua dominando os mais clicados da semana:

1. BBC: Coronavírus no mundo: onde os casos estão subindo e onde estão caindo.

2. Instagram: O perfil do designer Milton Glaser, que faleceu semana passada.

3. Tilt: Uma galeria da greve dos entregadores da última quarta feira.

4. Folha: Os casos em que brasileiros podem entrar na União Europeia.

5. O Globo: Bares do Rio reabrem lotados na noite da última quinta-feira.

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‘Mapa de apoios está desfavorável ao Irã e sua visão de futuro’, diz Abbas Milani

17/04/24 • 11:00

O professor Abbas Milani nasceu no Irã. Foi preso pelo regime do xá Reza Pahlavi. Depois, perseguido pelo regime islâmico do aiatolá Khomeini. Buscou abrigo nos Estados Unidos na década de 1980, de onde nunca deixou de lutar por uma democracia em seu país de origem. Chegou a prestar consultoria a George W. Bush e Barack Obama, numa louvável disposição de colaboração bipartidária. Seu conselho sempre foi o mesmo: o Irã deve se reencontrar com um regime democrático, secular, por sua própria conta. Sem interferências externas.

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